20/06/2019
07:49

Bancadas de diferentes partidos e diferentes posições políticas pressionam o relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), por um alívio nas novas regras de aposentadoria de quem ocupa cargos eletivos —um lobby em causa própria.

A proposta atualmente em tramitação no Congresso prevê o fim da aposentadoria especial para quem ainda vai ocupar um mandato eletivo e também torna o requisito para os atuais políticos bem mais rígido.

Para ter direito à aposentadoria especial, os políticos teriam de completar 65 anos de idade, se homem, e 62 anos, se mulher, e trabalhar 30% a mais do que o tempo restante para completar o período mínimo de contribuição.

equipe econômica quer preservar esse trecho da reforma da Previdência. Afrouxar as regras de aposentadoria dos políticos seria uma contradição ao discurso do governo de que todos serão afetados pela proposta.

No entanto, parlamentares voltaram a discutir uma tentativa de suavizar as regras para quem ocupa cargo eletivo, às vésperas da votação do texto na comissão especial da Câmara.

Em debate no Senado nesta quarta-feira (19), o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, reconheceu que a mudança sugerida para ocupantes de cargos eletivos “é a mais dura de todas”.

“Eu não tenho dúvidas que ele [Moreira] deve, de alguma forma, ou manter isso ou… Ele está debruçado sobre esse tema. Vai depender muito da pressão e da sensibilidade junto aos demais parlamentares”, disse Marinho.

Líderes e deputados não querem a paternidade de uma alteração no texto que beneficiaria os atuais ocupantes de cargos eletivos.

Por isso, a estratégia seria que o relator pudesse prever o alívio nas regras para político no novo voto a ser apresentado na próxima semana.

Assim, nenhum partido precisaria apresentar um destaque —votação específica para analisar a questão dos congressistas.

Moreira resiste à ideia de ceder no trecho da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma da Previdência que afeta políticos.

Hoje, ainda está em vigor o PSSC (Plano de Seguridade Social dos Congressistas), que exige 35 anos de contribuição previdenciária e 60 anos de idade.

Por esse modelo, é possível receber uma aposentadoria no valor total do salário de um deputado federal ou senador, que supera R$ 33 mil. Isso depende de quantos anos ele permanece no mandato.
Se o parlamentar ficar 35 anos no cargo, receberá o valor integral.

Se for metade desse tempo, a aposentadoria será de 50% do salário (hoje de aproximadamente R$ 16,5 mil), o que ainda é muito acima do teto do INSS (R$ 5,8 mil).

A proposta de reforma da Previdência acaba com o PSSC e prevê uma transição dura para quem já entrou nessa aposentadoria especial.

Às vésperas do novo relatório de Moreira, representantes de instituições financeiras também intensificaram o lobby contra a proposta de elevar, de 15% para 20%, a alíquota da CSLL (contribuição social sobre o lucro líquido) para bancos.

Uma proposta apresentada ao relator pouparia startups, bancos menores e cooperativas de crédito. A ideia é aumentar a tributação para instituições financeiras com lucro líquido anual acima de R$ 1 bilhão.
Cerca de R$ 50 bilhões seriam arrecadados em dez anos com a taxa extra sobre todas as instituições financeiras. Ao poupar algumas empresas do setor, essa receita poderia cair aproximadamente 10%.

O primeiro relatório do tucano, divulgado na semana passada, foi resultado de um acordo com líderes de partidos independentes ao presidente Jair Bolsonaro e reduziu as resistências em relação à reforma.

FOLHAPRESS

Publicado por: Chico Gregorio


20/06/2019
07:44

A AJD (Associação Juízes para a Democracia), entidade não governamental, de âmbito nacional, sem fins corporativos, que tem como um de seus objetivos estatutários a defesa dos direitos e garantias fundamentais e a manutenção do Estado Democrático de Direito, vem a público externar seu mais veemente repúdio às declarações do Ministro da Justiça e Segurança Pública, que, em repetidos pronunciamentos públicos, tem classificado como “absolutamente normal” e “muito comum” o contato privado de juízes com procuradores para tratar de questões e estratégias processuais em feitos sob sua responsabilidade, ampliando- se para atuações fora do próprio âmbito do processo, conforme se verifica no conteúdo das mensagens recentemente divulgadas pelo site The Intercept Brasil (https://theintercept.com/2019/06/18/lava-jato-fingiu- investigar-fhc-apenas-para-criar-percepcao-publica-de-imparcialidade- mas-moro-repreendeu-melindra-alguem-cujo-apoio-e-importante/).

Tais práticas não refletem, em absoluto, a conduta das magistradas e dos magistrados brasileiros que cumprem o seu dever funcional. Ao defendê- las, o Ministro promove uma inaceitável banalização do exercício distorcido da atividade judicante, ofensiva à sua dignidade, seriedade e respeitabilidade, que é também incompatível com a dignidade, a honra, o decoro e a transparência exigidos pelo Código de Ética da Magistratura, cujo artigo 8o é claro ao estabelecer que “o magistrado imparcial é aquele que busca nas provas a verdade dos fatos, com objetividade e fundamento, mantendo ao longo de todo o processo uma distância equivalente das partes, e evita todo o tipo de comportamento que possa refletir favoritismo, predisposição ou preconceito”.

É inaceitável que o Ministro confunda a urbanidade na interação entre juízes e membros do Ministério Público, com a fusão de seus distints papéis processuais, bem delineados em nossa Constituição.

É ainda mais deplorável que o Ministro tenha a pretensão de subordinar a perene dignidade institucional da Magistratura ao sabor de estratégias ligadas a meros interesses individuais conjunturais.

Não aceitaremos, pois, que, para justificar sua conduta inapropriada, o Ministro tente imputar a toda a magistratura nacional a prática das mesmas ilicitudes.

Brasil, 19 de junho de 2019.

Publicado por: Chico Gregorio


19/06/2019
11:08

A Secretaria Municipal do Trabalho, Habitação e Assistência Social (SEMTHAS), concluiu um estudo sobre a geração de emprego e renda no município de São José do Seridó. O setor de Vigilância Socioassistencial da SEMTHAS, foi responsável em trazer os números reais dos empregos que são gerados no município de São José do Seridó.

Segundo o Secretário Francisco Touché, o interesse era sair da área do achismo e trazer detalhado estes números, que são apresentados abaixo:

FÁBRICAS TÊXTEIS: 481 EMPREGADOS

COMÉRCIO VAREJISTA: 95 EMPREGOS

SERVIÇOS: 57 EMPREGOS

BARES, RESTAURANTES E LANCHONETES: 18 EMPREGOS

MOTOTAXISTAS E TAXISTAS: 28 EMPREGOS

OUTROS: 14 EMPREGOS

PREFEITURA MUNICIPAL: 290 EMPREGOS

Ao todo 983 empregos diretos foram catalogados pela Vigilância Socioassistencial, e segundo os estudos, o montante de recursos gerados por estes, supera Hum Milhão e Meio de Reais.

Agora a SEMTHAS através do setor de vigilância, que tem como responsável a Técnica Simone Santiago, fará um levantamento quanto ao número de trabalhadores do mercado informal, como pedreiros, ajudante de pedreiro, pintores, manicures, ambulantes, entre outras profissões.

“Com estes dados é mais fácil monitorar a economia local quanto a oportunidades, retração de algum setor, crescimento de outros, como também, que cursos ofertarmos para os beneficiários das políticas de inclusão, através do Programa Porta de Saída por exemplo”, disse o Secretário Francisco Touché.

Segundo a Técnica da Vigilância Socioassistencial Simone Santiago, o novo estudo deverá ser apresentado dentro de 60 (sessenta) dias.

Vale reforçar que não estão inclusos no estudo, empregos formais do Governo do Estado, Governo Federal, nem aposentados, sem falar nos benefícios como o BPC e Programa Bolsa Família, ou seja, o montante de dinheiro que gira em São José do Seridó é mesmo diferente!

ASSECOM

Publicado por: Chico Gregorio


19/06/2019
10:41

Foto: Juan Mabromata/AFP

Com gritos contra de ‘olé’ e vaias, a seleção brasileira ficou no empate sem gols diante da Venezuela na noite desta terça-feira, na Arena Fonte Nova, pela segunda rodada da Copa América. O Brasil teve três gols anulados, em dois com Roberto Firmino em posição irregular e um depois de cometer falta.

O resultado só ressalta a deficiência da seleção de Tite, principalmente na criação. O Brasil fez o segundo jogo seguido abaixo da crítica e vai para o duelo contra o Peru totalmente pressionado. Melhor para a Venezuela, que tem superado sua crise política e vem realizando uma Copa América de igual para igual com todos os adversários.

Nesta terça-feira, a Arena Fonte Nova acabou não sendo um talismã para a seleção brasileira. O Brasil nunca perdeu no estádio. Foram: oito vitórias e seis empates. O tabu contra o time venezuelano, no entanto, aumentou. Em 25 jogos, só uma vez o adversário sul-americano venceu, feito conquistado em 2008.

Do frio do Morumbi, a seleção foi ao calor da Bahia em busca do bom futebol. O que se viu foi novamente uma partida sem brilho. Com exceção do gol anulado de Firmino, o Brasil pouco envolveu a Venezuela. O atacante do Liverpool recebeu de Daniel Alves, girou e bateu para o gol. Julio Bascuñan anulou o lance, marcando falta.

O Brasil não teve o mesmo volume de jogo da partida contra Bolívia, mas foi a Venezuela que impediu tal domínio. A equipe se arriscou e poderia ter inaugurado o marcador em cabeçada de Rondón. Ele ganhou de Marquinhos e mandou rente à trave de Alisson. O goleiro só torceu para a bola não entrar.

Mesmo com o apoio da torcida, o ataque brasileiro novamente não funcionou nos 45 minutos iniciais. Richarlison até tentou uma infiltração, mas o chute parou na defesa de Fariñez. Já a tentativa de David Neres saiu pela linha de fundo. A sensação é que falta um camisa 10 e esse não seria Philipe Coutinho, que poderia atuar pelo lado de campo.

Apesar dos pedidos por Everton, Tite voltou para o segundo tempo com Jesus no lugar de Richarlison. O ex-atacante do Palmeiras entrou com fome de bola e chegou a marcar, mas novamente o lance acabou anulado pela arbitragem. Ele fez boa jogada pela esquerda e tocou para Coutinho. A bola espirrou e foi para com Richarlison, em posição irregular. O atleta do Liverpool voltou para o camisa 9 marcar, nada valeu.

O clima ficou tenso quando Tite chamou Fernandinho: começaram as vaias. A resposta do treinador foi a entrada de Everton. Assim, inflamou a torcida. O Brasil jogou a Venezuela para o seu campo defesa, mas esbarrou na falta de criatividade, marca evidente desde a Copa do Mundo, na Rússia

AFI

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19/06/2019
10:21

Frio no Sertão e o Pico do Jabre tomado pela neblina nesta manhã

Pico do Jabre na manhã desta quarta, 19. (Foto: Gustavo Wanderley)

Neste dias tem feito frio no Sertão. Patos, cidade conhecida pelo calor, tem registrado temperaturas de até 22 graus.

O Pico do Jabre, ponto culminante da Paraíba, em Matureia, amanheceu totalmente coberto pela neblina nesta quarta-feira, 19. Muito frio tem sido registrado na cidade serrana.

Nos dias 22, 23 e 24 deste mês acontece em Matureia o 6º Festival de Voo Livre, que reúne profissionais e amantes do esporte, e um serviço de limpeza está sendo realizado no Pico do Jabre para a realização do evento.

Via Folha Patoense 

 

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19/06/2019
08:13

Resultado de imagem para fotos da dr, fatima prefeita da da cidade de ouro branco-rn

O grupo politico da atual prefeita da cidade de Ouro Branco, doutora  Fátima Silva (PT) que que foi eleita e reeleita, não podendo portanto disputar a reeleição,  trabalha alguns nomes que deverão formar uma chapa em condições de vencer a terceira eleição seguida no município, o nome do empresário  Evilácio Freire é um dos nomes citados para ser o pré-candidato a prefeito,  tendo boa aceitação do grupo vitorioso comandado por Drª Fátima e seus aliados, mas ainda não existe um definição. Vários nomes também desejam disputar a vaga de vice prefeito ou até mesmo prefeito, entre eles, o atual tesoureiro Samuel Souto, que faz parte de uma tradicional família da cidade, secretário de Infraestrutura, Deda de Damião Moreira, o vereador Dedé do PT, Celso Garofa, o líder da prefeita, vereador Amariudo Santos (PCdoB) são vários nomes no grupo da situação que mostram o fortalecimento do grupo. Caberá a maior líder politico do município, a Drª Fátima definir a chapa que terá seu apoio,  tendo grande chances de vitória no pleito de 2020.

O funcionário da Universidade Federal do RN, Campus de Caicó, do curso de medicina, Zé Cunha, vai colocar seu nome a disposição do partido dos Trabalhadores, para participar da disputa por uma das vagas na Câmara Municipal,  nome novo, com uma larga experiência na área de educação federal, sendo  também agropecuarista  no zona  rual do  município seridoense.

Publicado por: Chico Gregorio


19/06/2019
07:43

O advogado Rodrigo Tacla Duran, hoje residente na Espanha, declarou ao UOL que pagou quase 900 mil dólares a um advogado Marlus Arns, conectado à panelinha da Lava Jato, para que não fosse preso.

Tacla Duran já fez denúncias graves de que procuradores da Lava Jato tentaram lhe extorquir.

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19/06/2019
07:29

Resultado de imagem para fotosSão Miguel do Gostoso recebe candidatos do MISTER RN 2019 para ensaio fotográfico

São Miguel do Gostoso foi mais uma vez escolhida para receber, durante o fim de semana passado, a delegação dos candidatos a Mister RN 2019. Todos os concorrentes fizeram um ensaio fotográfico em meio às belezas naturais de Gostoso, além de provarem da gastronomia local.

O Diretor da Trafego Models (agência referência no Nordeste) George Azevedo e seu irmão Georgiano Azevedo promoverão dia 02 de Julho, em Natal, o concurso que irá eleger o modelo de maior beleza potiguar.

“O objetivo dessa missão é divulgar o destino de São Miguel do Gostoso. O representante do município, Max Marcolino, é candidato a MISTER RN 2019 e foi o anfitrião das 40 pessoas que formam a delegação”, garante a empresária e também responsável pelo evento em Gostoso, Andreza Bouzas.

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19/06/2019
07:24

The Intercept Brasil

Um trecho do chat privado entre Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol revela que o ex-juiz discordou de investigações sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Lava Jato porque, nas palavras dele, não queria “melindrar alguém cujo apoio é importante”. O diálogo ocorreu em 13 de abril de 2017, um dia depois do Jornal Nacional ter veiculado uma reportagema respeito de suspeitas contra o tucano.

Naquele dia, Moro chamou Deltan Dallagnol em um chat privado no Telegram para falar sobre o assunto. O juiz dos processos da Lava Jato em Curitiba queria saber se as suspeitas contra o ex-presidente eram “sérias”. O procurador respondeu acreditar que a força-tarefa – por meio de seu braço em Brasília – propositalmente não considerou a prescrição do caso de FHC e o enviou ao Ministério Público Federal de São Paulo, segundo ele, “talvez para [o MPF] passar recado de imparcialidade”.

À época, a Lava Jato vinha sofrendo uma série de ataques, sobretudo de petistas e outros grupos de esquerda, que a acusavam de ser seletiva e de poupar políticos do PSDB. As discussões haviam sido inflamadas meses antes, quando o então juiz Moro aparecera sorrindo em um evento público ao lado de Aécio Neves e Michel Temer, apesar das acusações pendentes de corrupção contra ambos.

Moro – 09:07:39 – Tem alguma coisa mesmo seria do FHC? O que vi na TV pareceu muito fraco?
Moro – 09:08:18 – Caixa 2 de 96?
Dallagnol – 10:50:42 – Em pp sim, o que tem é mto fraco
Moro – 11:35:19 – Não estaria mais do que prescrito?
Dallagnol – 13:26:42 – Foi enviado pra SP sem se analisar prescrição
Dallagnol – 13:27:27 – Suponho que de propósito. Talvez para passar recado de imparcialidade
Moro – 13:52:51 – Ah, não sei. Acho questionável pois melindra alguém cujo apoio é importante

Publicado por: Chico Gregorio


19/06/2019
07:20

O deputado estadual Francisco do PT destacou em seu pronunciamento, na sessão ordinária desta terça-feira (18), na Assembleia Legislativa, a reunião com o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Jaime Calado, onde tratou da criação de câmaras setoriais que provem o desenvolvimento do Rio Grande do Norte. O parlamentar contou que sugeriu que acelerasse a implantação da câmara setorial de…

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19/06/2019
07:11

Resultado de imagem para fotos da assembleia do rn
Mas, nem todos …

A Assembleia Legislativa do RN pagou hoje (18), o depósito da primeira parcela do décimo terceiro salário para os deputados estaduais.

Não precisa nem dizer qual a situação dos funcionários públicos do Rio Grande do Norte. O atraso do décimo terceiro são “favas contadas”.
Os deputados do RN não recebiam esses benefícios desde 2015, quando houve questionamento quanto à legalidade desse tipo de pagamento. Porém, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do ano passado sobre o tema, que passa a considerar esses pagamentos constitucionais, a Mesa Diretora da Assembleia apresentou o projeto de lei para garantir o direito aos parlamentares.
Dessa forma, caros, nossos representantes estão com o dinheiro no bolso.
 
Mas, nem todos. 
O deputado Sandro Pimentel (PSOL), como já havia anunciado, declinou do valor.  “Considero esse pagamento imprudente diante da grave crise econômica pela qual passa o nosso estado. Não receberei nenhum centavo até que a situação dos salários atrasados dos servidores estaduais esteja totalmente regularizada. “, afirmou Sandro.
Salvo melhor juízo, o deputado tucano  José Dias também revelou que não iria  receber até o funcionalismo permanecer em dia.
Via Rosalie Arruda.

Publicado por: Chico Gregorio


19/06/2019
06:56

‘Porra bomba isso’

Para os procuradores, era importante incluir o PSDB no rol de investigados para acalmar o ânimo dos críticos. Eles já falavam sobre isso muito antes de Moro alertar Dallagnol sobre evitar “melindrar” FHC.

Em uma conversa no dia 17 de novembro de 2015, o procurador Roberson Pozzobon mandou uma sugestão em um grupo do Telegram chamado FT MPF Curitiba 2: investigar, num mesmo procedimento, pagamentos da Odebrecht aos institutos de Lula e FHC. “Assim ninguém poderia indevidamente criticar nossa atuação como se tivesse vies partidário”, justificou Pozzobon. “A da LILS [empresa que agencia as palestras de Lula] vocês já sabem os indícios para a investigação, mas vejam essa fratura expostas da Fundação iFHC”, disse ao grupo. Nesse caso – diferentemente daquele que virou notícia na imprensa sobre caixa 2 nos anos 1990 –, os pagamentos ao iFHC aos quais Pozzobon se referia não estariam prescritos, caso fossem propina.

Depois de comentar sobre o instituto de FHC, Pozzobon postou duas imagens no grupo.

A primeira é uma troca de e-mails de 2014 entre a secretária de FHC e dois interlocutores: um representante da Associação Petroquímica e Química da Argentina, a Apla, identificado como Manuel Diaz, e um empresário do ramo cultural, Pedro Longhi. A secretária fala para verificarem com a Braskem – empresa do ramo petroquímico controlada pela Odebrecht – qual a “melhor maneira para [a empresa] fazer a doação [para o iFHC]”.

A secretária dá duas opções para o que ela chama de “doação”. Uma delas seria fazer uma doação direta, ou seja, depositar dinheiro na conta bancária do instituto. A outra seria a contratação de um serviço não especificado. “Não podemos citar que a prestação de serviço será uma palestra do presidente”, afirmou. Manuel respondeu que poderia fazerser doação direta. Poucos dias depois, Helena Gasparian, então assessora de FHC, enviou outro e-mail à Braskem dizendo que o ex-presidente não iria comparecer ao evento.

A segunda imagem encaminhada por Pozzobon era de um laudo da Polícia Federal daquele mesmo ano, que mostrava que a Odebrecht havia feito pagamentos mensais que somaram R$ 975 mil ao iFHC entre dezembro de 2011 e de 2012.

Os policiais federais que fizeram o relatório explicaram que não foram atrás desses pagamentos ao iFHC porque os dados da Braskem não foram colocados à disposição deles. Mas ressaltaram: “É possível que outros pagamentos tenham sido feitos e não tenham sido encontrados” por causa das limitações dos dados ou caso tenham sido feitos por “meio de triangulação entre Grupo Odebrecht, o contratante do serviço (exemplo do evento APLA) e o Instituto Fernando Henrique Cardoso”.

Após enviar as imagens, Pozzobon sugeriu ao grupo aprofundar a investigação sobre as doações. Ao contrário da investigação referente aos recursos recebidos nos anos 90, esses fatos, se investigados, não estariam prescritos e poderiam apontar caixa 2 em campanhas do PSDB. Os procuradores reagiram com empolgação:

A euforia durou pouco, e os procuradores começaram a ponderar que o caso teria chance de ser enquadrado apenas como crime tributário – e que os argumentos de defesa de FHC poderiam também ser usados por Lula. O argumento: Lula também poderia alegar que os pagamentos feitos ao Instituto Lula e à LILS, sua empresa de palestras, não escondiam propinas ou caixa dois.

Publicado por: Chico Gregorio


19/06/2019
06:45

O PT vai pedir ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que investigue a atuação de uma agência de marketing na Espanha durante a campanha eleitoral de 2018.

Reportagem da Folha revelou nesta terça-feira (18) que empresas brasileiras contrataram a Enviawhatsapps para fazer, pelo WhatsApp, disparos em massa de mensagens políticas a favor do então candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL).

O partido vai anexar o pedido a uma ação que tramita no TSE desde outubro para apurar o impulsionamento de mensagens pelo WhatsApp contra a sigla, durante a eleição presidencial.

Em nota, a presidente nacional do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que “o TSE, a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal, acionados pelo PT desde o segundo turno das eleições, devem respostas à sociedade brasileira, para que sejam apuradas e punidas as violações à lei e ao processo democrático”.

Advogado do PT, Eugênio Aragão vai solicitar que a corte eleitoral inclua Novoa no processo e o ouça na condição de investigado. O caso está sob a relatoria do corregedor-geral eleitoral, ministro Jorge Mussi.

O partido acredita que as novas revelações podem destravar a ação que corre há oito meses. Até agora, ninguém foi ouvido no processo.

Gleisi diz que a reportagem da Folha desta terça “confirma a gravidade e a extensão das ações ilegais que interferiram diretamente no resultado das eleições presidenciais de 2018”.

“A difusão massiva de mentiras e notícias falsas contra o PT e o candidato Fernando Haddad foi parte de uma ação orquestrada para impedir que as eleições de 2018 transcorressem no campo limpo da democracia. Ela se soma à farsa judicial armada para condenar e prender injustamente o presidente Lula, que é inocente das acusações armadas contra ele, de forma a impedir sua candidatura que seria vitoriosa segundo todas as pesquisas”, afirma a petista.

A ação, ajuizada pelo PT, foi aberta após uma reportagem da Folha noticiar que empresários apoiadores de Bolsonaro bancaram o disparo de mensagens em massa contra seu adversário na disputa, Fernando Haddad (PT), que acabou derrotado no segundo turno.

Para os advogados do PT, o caso da empresa espanhola reforça os argumentos da sigla à Justiça Eleitoral e, se a prática for comprovada, a campanha de Bolsonaro teria praticado ao menos duas irregularidades: fraude na prestação de contas e abuso de poder econômico.

“Agora está explicado porque Bolsonaro gastou R$ 2,5 milhões em sua campanha. Um grande volume de recursos não foi declarado ao TSE”, disse Aragão à Folha.

Disparos em massa utilizam sistemas automatizados que não são permitidos pela legislação eleitoral. Além disso, pagamentos em benefício de um determinado candidato teriam de ser declarados à Justiça Eleitoral —do contrário, podem configurar caixa dois.

No cenário mais grave, a ação poderá resultar na cassação do mandato do presidente e de seu vice, Hamilton Mourão (PRTB), e até a decretação de inelegibilidade.

Especialistas em direito eleitoral afirmam que os candidatos não precisam demonstrar culpa ou mesmo conhecimento em relação aos fatos para que o TSE casse a chapa.

“Basta que se reconheça que eles foram beneficiados pelos atos considerados ilegais. Se a Justiça Eleitoral entender que não houve conhecimento ou participação direta, cassa-se a chapa, mas deixa-se de aplicar aos candidatos cassados a pena de inelegibilidade”, diz o advogado Fernando Neisser, que atuou na campanha presidencial petista antes de Haddad ser oficializado candidato.

Folhapress

Publicado por: Chico Gregorio


19/06/2019
06:38

Apesar da pressão do presidente Jair Bolsonaro, o Senado derrubou por 47 votos a 28 o decreto que flexibiliza as regras para o porte de armas. Foi a maior derrota imposta pelo Senado ao governo. Antes da votação, Bolsonaro usou redes sociais, eventos públicos e entrevistas para pedir votos. E ligou pessoalmente para senadores. “Não deixe o projeto morrer”,disse ontem,em dois eventos.

A decisão pode ser revertida na Câmara dos Deputados, mas o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já sinalizou que a proposta também não deve prosperar por lá. “O governo tem uma defesa do decreto que acho frágil, mas respeito.” A gestão até já estuda um “plano B”. “Temos de buscar uma alternativa, retirar um ponto ou outro, mas manter a espinha dorsal desse decreto das armas”, afirmou a líder no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP).

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que há duas estratégias em curso no governo: a primeira é de avançar projetos de leis que já estão em tramitação no Parlamento. Um deles seria a proposta do ex-senador Wilder Morais (PP-GO) que permite a posse de arma em toda propriedade rural e não só no imóvel. O texto já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A outra estratégia é questionar no Supremo a decisão do Congresso de derrubar o decreto. Parlamentares governistas alegam que os decretos legislativos que tentam barrar as modificações discutem o mérito da proposta e a possibilidade de o presidente decidir sobre a questão.

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou “ter certeza” de que o Supremo Tribunal Federal vai julgar, na semana que vêm, procedentes os decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro para facilitar a aquisição, registro, posse, porte e comercialização de armas de fogo. Mas o STF já impôs uma derrota ao governo ao impedir que Bolsonaro acabasse com conselhos criados por lei por meio de um decreto.

Mas o próprio Bolsonaro já falou ontem em uma alternativa, sem precisar da aprovação legislativa: vai determinar ao ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) que a Polícia Federal não dificulte quem quiser ter armas em casa. “A Polícia Federal está sob meu comando. No Brasil o grande ‘reclamoʼ do pessoal do passado era que a PF, na questão de efetiva necessidade, tinha dificuldade (em analisar os casos de porte)… Eu, como presidente, isso vai ser atenuado. Vou determinar ao ministro Sergio Moro.”

Ontem, senadores criticaram o modo como as mudanças da regra sobre porte chegaram ao Congresso. “O Senado não se intimida com esse bombardeio de robôs, de maníacos, reacionários, que acham que não é através do diálogo, da lei e da polícia que se resolvem as coisas. Que o senhor Presidente da República arme os policiais, treine os policiais, porque nós não podemos permitir que as pessoas cuidem sozinhas das próprias vidas”, disse a senadora Kátia Abreu (PDT-TO).

Com base em um parecer jurídico da consultoria do Senado, parlamentares contrários à proposta afirmaram que o Planalto extrapolou suas prerrogativas. O texto, segundo a consultoria, tinha nove pontos inconstitucionais e abria brechas para facilitar o acesso a uma arma.

Entre esses está o de permitir que pessoas enquadradas em “atividade profissional de risco” e no parâmetro de “ameaça à integridade física” possam ter uma arma, o que inclui até mesmo advogados e jornalistas.

Antes da votação, dez senadores discursaram a favor e contra o decreto. Entre os defensores estava o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, que passou o dia telefonando para colegas e fez um dos discursos mais enfáticos em defesa das normas assinadas pelo pai. Flávio afirmou que o Congresso não poderia anular o decreto.

Estadão Conteúdo

Publicado por: Chico Gregorio


19/06/2019
06:30

Em vídeo postado no YouTube, o engenheiro boliviano Nicolás Hinojosa, 32, afirma que seu software de envio de mensagens em massa por WhatsApp foi usado por apoiadores do então candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) no ano passado e que, por esse motivo, seu número foi bloqueado pelo aplicativo.

“Lamentavelmente, na semana passada, bloquearam meu número de WhatsApp por causa do que aconteceu no Brasil. As pessoas que fizeram campanha para o candidato Bolsonaro usaram meu software, mas nem sequer compraram as licenças, usaram a versão demo [teste]”, diz Hinojosa no vídeo de 5 minutos e 25 segundos, postado em 31 de outubro de 2018.

No dia 18 de outubro do ano passado, reportagem da Folha revelou que empresas brasileiras estavam comprando de agências de marketing pacotes de mensagens por WhatsApp em massa contra o PT.

A campanha de Bolsonaro negou ter conhecimento sobre as mensagens enviadas. No dia seguinte à publicação da reportagem, o WhatsApp anunciou ter bloqueado contas que estavam fazendo envios maciços de mensagens, entre elas as das agências mencionadas na reportagem.

Nesta terça-feira (18), a Folha mostrou que o dono de uma agência de marketing na Espanha afirmou em gravação que empresas brasileiras contrataram sua firma em 2018 para fazer disparos em massa de mensagens políticas a favor do então presidenciável Jair Bolsonaro.

Em entrevista à Folha, Hinojosa afirmou que 360 usuários lançaram mão de seu software “para enviar campanhas para Bolsonaro”.

“Calculo que tenham sido enviadas mensagens de cerca de 30 mil contas [números] de WhatsApp. Todas as mensagens que vi eram campanha para Bolsonaro. Textos e imagens em português”, disse.

“Imagino que outros [candidatos] também devem ter enviado [com o software dele]. Mas o que eu tenho certeza é de que vi [campanha] para o Bolsonaro.”

Procurado, o WhatsApp confirmou ter bloqueado as contas de Hinojosa por mau uso. “O WhatsApp bloqueou algumas contas dele antes das eleições”, disse a empresa por email.

“Na versão demo, obviamente saía na parte de baixo meu website, e lá dentro tinha meu número. Por causa disso, WhatsApp me identificou como se eu tivesse sido a pessoa responsável por esta onda de spam que essas pessoas fizeram e suspendeu meu número.”

A contratação dos disparos por pessoas físicas, sem declarar às autoridades eleitorais, é vedada por lei.

Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), apenas as campanhas oficiais podem fazer contratação de impulsionamento de conteúdo eleitoral nas redes sociais.

Folhapress

Publicado por: Chico Gregorio