Confira o programa:
Thaisa Galvão*
Em Natal, a campanha começou em clima de judicialização para o grupo do candidato Paulinho Freire.
Primeiro o grupo bolsonarista acionou a justiça para retirar do ar, das plataformas da InterTV Cabugi, a pesquisa do instituto Quaest, na qual o resultado repetia outros tantos, apontando uma eleição definida em primeiro turno.
Uma decisão bem atrasada, vez que o eleitor já havia consumido a pesquisa e até reprisado com o resultado quase igual do instituto Agora Sei.
Uma engolida de mosca. Eleitor nenhum vai mudar voto por causa dessa decisão judicial.
Agora a assessoria jurídica da campanha bolsonarista em Natal mira na campanha da candidata Natália Bonavides, preocupada com a participação do presidente Lula na propaganda eleitoral da candidata do PT à Prefeitura de Natal.
Sinal de que Natália não anda tão atrás como mostram as pesquisas encomendadas pelo grupo.
E olhe a justificativa para tirar Lula do ar: que a fala do presidente passou exatamente UM SEGUNDO do tempo limitado a terceiros nos programas eleitorais.
Outra engolida de mosca, vez que a participação de Lula acontece ao lado da candidata Natália, e isso pode, como está bem claro na lei eleitoral.
Na propaganda eleitoral em São Paulo, Lula aparece ao lado do candidato Guilherme Boulos (PSOL) durante quase todo o programa, e ninguém ouviu falar em ação na justiça. Porque não cabe.
Em Natal, a assessoria da campanha de Paulinho Freire já entrou com 3 liminares, bem preocupada com o “segundinho a mais” de Lula, mas todas as 3 liminares foram derrubadas. E se a lei não limita a participação de terceiros quando este aparece com o candidato, outras sobre o mesmo caso deverão ser derrubadas também.
A campanha bolsonarista em Natal não está preocupada só com a candidatura do ex-prefeito Carlos Eduardo, que lidera mais de 50 pesquisas. Anda com medo também da campanha de Natália ao lado de Lula. Talvez porque ficou provado, via resultados de pesquisas, que a passagem de Jair Bolsonaro por Natal não agregou ‘um real’ ao palanque da direita.
O medo de que a presença de Lula na campanha some para Natália o que o almoço de Bolsonaro no Camarões do Midway não somou para Paulinho.
Publicado por: Chico Gregorio