15/01/2019
19:57

 

José Aldenir / Agora RN
Fernando Rocha, procurador do MPF-RN

Após o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), ter assinado o decreto que facilita o acesso à posse de arma de fogo na manhã desta terça-feira, 15, várias opiniões distintas foram externadas em todo país.

No Rio Grande do Norte, o procurador Fernando Rocha, do Ministério Público Federal, utilizou o Twitter para criticar a medida assinada pelo novo chefe do Executivo federal.

“Em suma, a classe média terá posse de arma facilitada. O pobre somente poderá ter acesso a armas de forma clandestina e todas elas, clandestinas ou não, terminarão na mão da bandidagem”, escreveu Rocha.

Durante a tarde, uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU) publicou o decreto editado por Bolsonaro. Dentre as mudanças, está a ampliação do prazo de validade do registro de armas de 5 para 10 anos.

Publicado por: Chico Gregorio


15/01/2019
19:51

Via Esmael Morais.

As ações da Taurus Armas despencaram nesta terça-feira (15) depois que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou o decreto que facilita a comercialização e posse de armas de fogo no país. 

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Publicado por: Chico Gregorio


15/01/2019
19:48

 

Via Esmael Morais

O senador Renan Calheiros (MDB) usou o Twitter nesta terça-feira (15) para afirmar que o procurador da República e coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, profere palavras como um “ser possuído”. 

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Publicado por: Chico Gregorio


15/01/2019
19:46

Para muitas famílias, a viagem de férias é um momento de recarregar as baterias antes de pôr em práticas os projetos que traçou para o ano novo. Alguns programam para 2019 os estudos, viagens e até a aquisição de um novo veículo ou da cada própria.  Os especialistas, porém, alertam para a necessidade de programar o investimento em proteção, seja com seguro de vida, de veículos ou de imóveis.

No caso da aquisição de imóveis, muitos brasileiros ainda não se preocupam com a segurança da sua residência. De acordo com estudo realizado pela Comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), em todo o país, há 68 milhões de domicílios, porém, somente 9,8 milhões possuem seguro residencial.  Essa estimativa corresponde a apenas 14,5% das residências brasileiras.

Segundo o diretor da J Jorge Corretora, José Jorge Dantas, as pessoas ainda não tem o costume de contratar seguro para seus imóveis. “Além do seguro com o automóvel, que é o mais comum, é preciso ter cuidado também com nosso imóvel, que durante o período de férias, por exemplo, fica vazio por muitos dias e uma cobertura de seguro adequada pode evitar que uma família fique desamparada na ocorrência de um sinistro”, comenta o diretor da J Jorge Corretora.

A cobertura principal de um seguro residencial garante, além de assistência 24 horas com eletricista e chaveiro, danos causados por quedas de raios, incêndios, reparos hidráulicos, desmoronamentos, entre outros. A corretora caicoense traz canais gratuitos com informações sobre o assunto: www.jjorgecorretora.com.br

Publicado por: Chico Gregorio


15/01/2019
10:24

Esq.: Antonio Cruz - ABR / Dir.: ABR

247- A entidade preparou duas peças; uma delas reforça a ideia de que somente ricos poderão ter armas em casa; “Com o preço de uma pistola”, diz o Sou da Paz, é possível comprar uma geladeira, um fogão, uma máquina de lavar roupas, uma TV de 32 polegadas e um micro-ondas

Publicado por: Chico Gregorio


15/01/2019
10:15

Wilson e Fátima: recuo na política (Foto: cedida)

Está nos planos do empresário mossoroense Wilson Fernandes inaugurar a TV WR (ou Pra Você TV) antes do Carnaval, ou seja, até o final do próximo mês (fevereiro).

A sede da emissora ficará no centro de Mossoró, à Rua Rui Barbosa, onde estrutura física e equipamentos estão sendo montados.

A TV deverá entrar no sistema cabo, mas também existe projeto para implantação de canal aberto.

Fernandes fazia parte do projeto da TV Metropolitano na cidade, mas saiu de sua composição societária.

Ele chegou a ser cotadíssimo para ser o nome a vice da hoje governadora Fátima Bezerra (PT), mas sua família foi refratária à ideia, convencendo-o a não ingressar na política de cabeça.

Mas a paixão pela televisão é irrefreável.

Agora vai.

Via  Blog Carlos Santos

Publicado por: Chico Gregorio


15/01/2019
10:06

Resultado de imagem para fotos de vitimas das enchentes

O jornalista Hyury Potter afirma no Intercept Brasil que, nas semanas seguintes a novembro de 2008, quando o estado Santa Catarina ficou devastado por causa das chuvas, o Instituto Ressoar, fundação de caridade criada pela TV Record em 2005, lançou uma campanha de assistência social e “arrecadou R$ 10,5 milhões – o suficiente para construir, segundo a empresa, cerca de 700 casas”.

“Dez anos depois, no entanto, quase metade dos moradores cadastrados pelas prefeituras das cidades atingidas pela enchente ainda aguarda as casas prometidas. Boa parte dos que foram alojados segue sem o título de propriedade, e mesmo o Ressoar não soube informar que fim levaram as residências – e o dinheiro das doações. A instituição informou, por telefone, que ‘não possui qualquer registro sobre o projeto Reconstruindo Santa Catarina, uma vez que a equipe de trabalho não é mais a mesma da época’. No dia 9 de janeiro, voltamos a entrar em contato com o Instituto, questionando o motivo das construções não terem sido finalizadas e o destino do dinheiro arrecadado não utilizado. Mais uma vez, silêncio”.

Leia a íntegra no Intercept Brasil

Publicado por: Chico Gregorio


15/01/2019
10:02

Grupo de 142 deputados e ex-deputados poderá pedir aposentadoria com direito a um benefício de até R$ 33.763 (Foto: Reprodução)

Em meio à discussões sobre a reforma da Previdência, um grupo de 142 deputados e ex-deputados, entre eles o presidente Jair Bolsonaro, poderá pedir aposentadoria, já a partir do mês que vem, com direito a um benefício de até R$ 33.763 – seis vezes mais que o teto do INSS. No caso de Bolsonaro, ele poderá acumular a aposentadoria com o salário de presidente da República, que é de R$ 30.934,70.

Responsáveis por aprovarem as mudanças na Previdência, os parlamentares podem se aposentar por meio de dois planos, com regras mais generosas do que as aplicadas aos trabalhadores da iniciativa privada. Nenhum dos dois regimes está limitado ao teto do INSS, que é de R$ 5,6 mil mensais.

Se tivessem aprovado a reforma da Previdência proposta por Michel Temer, esses parlamentares já teriam de cumprir agora regras mais duras para se aposentar. Pelo texto que está pronto para ser votado na Câmara, os políticos teriam de cumprir de imediato as idades mínimas de 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens) e trabalhar por um período adicional de 30% sobre o tempo que faltaria para a aposentadoria. A reforma que será proposta pelo ministro da Economia Paulo Guedes também deve incluir mudanças na Previdência de políticos.

Hoje, um dos planos de aposentadoria parlamentar, o IPC, vale para parlamentares que ingressaram até 1997 – caso de Bolsonaro. O IPC dá direito a aposentadoria com 50 anos de idade, com benefício proporcional ao tempo de mandato. Oito anos de contribuição são suficientes para se obter 26% do salário de parlamentar. O benefício integral é concedido àqueles com 30 anos de contribuição.

A outra modalidade para aposentadoria parlamentar, que reúne a maior parte dos habilitados, é o PSSC, com regras um pouco mais duras que o IPC e cujo benefício é sujeito ao teto do funcionalismo (R$ 39,2 mil). São necessários 60 anos de idade e 35 de contribuição. O benefício é proporcional aos anos de contribuição: a cada ano, é acrescido 1/35 do salário de parlamentar, equivalente a R$ 964.

O nome do presidente da República consta na lista de “aposentáveis” pelos planos dos congressistas, obtida pelo Estadão/Broadcast por meio da Lei de Acesso à Informação. A Câmara diz que é possível informar o valor estimado do benefício a que o presidente teria direito porque existem “incertezas” quanto ao montante exato de cada provento dos parlamentares que estão habilitados a pedir a aposentadoria.

Bolsonaro tem 63 anos e assumiu a cadeira de deputado federal pela primeira vez em 1991. Foram quase 28 anos de mandato antes de assumir a Presidência. Caso tenha contribuído sem interrupções, isso lhe dará direito a um benefício muito próximo do integral (mais de 90% da remuneração de parlamentar). Ele tem 12 meses para solicitar o benefício com direito a retroatividade. Depois, ele pode pedir, mas só recebe dali em diante.

O Palácio do Planalto não respondeu aos questionamentos da reportagem.

Dos 142 deputados e ex-deputados que têm direito ao benefício, 58 não foram reeleitos ou nem se candidataram. No Senado, 26 dos não reeleitos estão aptos a requerer o benefício.

Via Terra.

Publicado por: Chico Gregorio


15/01/2019
09:57

Há anos o advogado Nereu Linhares alerta que os saques ao fundo previdenciário gerariam um problema insanável. A dívida do Governo do Rio Grande do Norte ultrapassa R$ 1 bilhão.

Agora na condição de presidente do Instituto de Previdência do RN (IPERN), Nereu avisa é impagável que o rombo aberto na gestão de Rosalba Ciarlini e aprofundada sem dó por Robinson Faria.

O problema tende a piorar nos próximos anos porque entre 60 e 70% do atual quadro funcional do Estado do Rio Grande do Norte reúne condições de se aposentar.

Só uma dura reforma previdenciária resolve o problema. A conta será jogada, como sempre, no lombo do trabalhador.

Análise feita com base em informações do G1RN/Bruno Barreto.

Publicado por: Chico Gregorio


15/01/2019
09:54

 

Programa de índio no governo Bolsonaro.

O ministro Sérgio Moro, que lá atrás, quando aceitou assumir um super-ministério, deixou claro que não admitiria atos de corrupção em qualquer que fosse o ministério, e o presidente Jair Bolsonaro assinou embaixo a exigência, se vê às voltas com sua declaração…e a realidade do Governo.

Moro determinou a exoneração da diretora de Proteção Territorial da Funai, Azelene Inácio.

A Funai não está no organograma do ministério de Moro, e sim do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, da polêmica pastora Damares Alves.

Mas…

Moro entrou no Governo anunciando que não admitiria corrupção, e Azelene é investigada pelo Ministério Público por conflito de interesse por parte dela.

Azelene Inácio disse que não foi exonerada, que continua dando expediente normalmente na Funai e que se sente perseguida.

Em entrevista, disse se sente “dentro do governo do PT”, e não no governo Bolsonaro…

Por enquanto, 1 a zero para Azelene.

Via Thaisa Galvão.

Publicado por: Chico Gregorio


15/01/2019
09:51

Via Esmael Morais.

Nem bem assumiu o cargo de presidente, Jair Bolsonaro (PSL) já tem uma péssima notícia: a maioria dos brasileiros é contra o instituto da reeleição. 

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Publicado por: Chico Gregorio


15/01/2019
09:24

Embora a flexibilização do Estatuto do Desarmamento seja uma unanimidade entre os parlamentares da chamada bancada da bala, a liberação do porte de armas, defendida por integrantes do governo Jair Bolsonaro, ainda sofre resistências. Deputados do próprio PSL e parlamentares cuja origem é a Polícia Militar ou Federal são críticos a facilitar que pessoas circulem livremente com revólveres.

O decreto que facilita a posse de armas de fogo será assinado nesta terça-feira, 15, mas por essa medida os brasileiros ficam restritos a utilizarem armas de fogo apenas para defesa de suas residências ou comércios. A cúpula do governo já discute, no entanto, permitir também o porte. Em entrevista ao SBT, no dia 3 de janeiro, o presidente admitiu que isso está sendo avaliado pelo Palácio do Planalto. “Vamos flexibilizar também o porte. Pode ter certeza disso aí”, enfatizou.

Deputado federal eleito pelo PSL de Amazonas, o delegado Pablo diz que a medida pode transformar o País num “velho oeste”, como são conhecidos os períodos de expansão de fronteira dos Estados Unidos. “O porte de arma é uma coisa mais séria do que a posse. A população já votou para ter arma de fogo em sua residência, isso é ponto pacífico”, disse ao lembrar do referendo de 2005, no qual a população rejeitou a proibição da comercialização de armas e munições.

“O porte é uma coisa que tem de ser trabalhada com mais cuidado, mais serenidade, para que a gente não tenha qualquer pessoa usando arma de fogo pelas ruas. Não é factível, não (liberar o porte) tendo como justificativa apenas a violência urbana. Se não vamos voltar para o velho oeste. Tem de ser uma coisa que tenha justificativa, amparo e razão de ser”, afirmou.

Pablo é um dos deputados do PSL que são provenientes da Polícia Federal, órgão que autoriza ou não o registro de armas para cidadãos comuns. Para conseguir o porte de armas, atualmente, o interessado tem de ter mais de 25 anos e apresentar, entre outros documentos, um atestado negativo de antecedentes criminais, a comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio da arma e, principalmente, a chamada “declaração da efetiva necessidade”, expondo fatos e circunstâncias que justifiquem o pedido.

A efetiva necessidade é analisada por delegados de Polícia Federal que definem se o pedido apresentado tem motivos que justifiquem o porte ou não. É este poder discricionário que deve ser alvo de mudança por parte do governo. Uma das possibilidades é retirar isso como um dos requisitos mínimos. Outro caminho é estabelecer critérios mais objetivos que definam a “necessidade” para quem quiser o porte. Ainda assim, o tema também será discutido no Congresso e pode ser alvo de divergências.

Senador eleito, o delegado Alessandro Vieira (PPS-SE) também será uma voz dissonante na bancada da bala. Ele é crítico da “subjetividade” com que os delegados da PF decidem quem pode e quem não pode ter o porte, mas defende que isso não pode significar acesso às armas para todos. “Não (sou a favor de liberar o porte) por uma vontade, sem nenhum tipo de base objetiva, não (sou a favor). Se você jornalista, que não trabalha em nenhum tipo de risco, mas quer ter uma arma por um desejo seu, eu não vejo razoabilidade ou necessidade nisso”, disse.

Maior do que na última legislatura, a bancada da bala terá ao menos 40 deputados a partir de fevereiro, todos com origem profissional nas Forças Armadas ou segurança. Metade desses nomes, no entanto, pertence ao PSL e pode votar conforme determinação do governo Bolsonaro.

Estadão Conteúdo

Publicado por: Chico Gregorio


15/01/2019
09:22

A defesa do deputado estadual Ricardo Motta emitiu uma nota afirmando desconhecer as informações delatadas Gutson Fernandes, que colebora com as investigações de um suposto caso de desvio de dinheiro no Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), bem como o contexto em que os nomes foram citados.

Na nota, assinada pelo advogado Thiago Cortez, a defesa afirma que as acusações são fantasiosas, que tudo será comprovado em juízo e lembra que há lautos psiquiátricos nos autos que comprovam a “falta de percepção da verdade”.

Confira a nota na íntegra

Por desconhecer os fatos, igualmente não sabendo em que contexto houve citação de nomes, a defesa se limita a afirmar que a acusação é fantasiosa, conforme será comprovado, pois todo o assunto é baseado no delírio mentiroso de um delator, cuja falta de percepção da verdade está atestada em laudos psiquiátricos constante nos autos.

Thiago Cortez
Advogado

Via BG

Publicado por: Chico Gregorio


15/01/2019
09:19

Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz

Se tinham a esperança de que proclamar distância da história, como fizeram nas últimas semanas, bastaria para fazer refluir o caso Queiroz, Jair e Flávio Bolsonaro precisarão rever suas estratégias. Depois de o ex-assessor aparecer dançando em um vídeo filmado por sua filha dentro do hospital, vazado no sábado, a semana começou com fatos novos que dão fôlego à novela.

Pela manhã, o Ministério Público do Rio, responsável pela investigação, falou pela primeira vez sobre o caso (a dancinha do ex-assessor foi tratada como chacota ao órgão nas redes sociais). Chefe do MP-RJ, o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, afirmou que uma denúncia contra Queiroz pode ser ofecerida à Justiça mesmo que ele não se apresente para dar depoimento – ele já foi chamado quatro vezes pelo MP do Rio desde o ano passado, mas faltou a todas. Gussem afirmou que vê provas documentais “consistentes” no caso.

Enquanto isso, a rádio CBN revelou que, nos dois anos em que trabalhou no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara, Nathália, filha de Queiroz, não computou uma falta sequer. No mesmo período, porém, ela trabalhava como personal trainer, inclusive durante horário comercial em algumas ocasiões, o que aproxima o próprio presidente da história.

Também nesta segunda, Lauro Jardim contou que o MP está intimado outros assessores de Flávio Bolsonaro que transferiram dinheiro para Queiroz.

Tanto o ex-assessor quanto Flávio têm evitado prestar depoimento. É um sinal de que ainda não dispõem, ao menos por enquanto, de uma versão consistente para explicar as movimentações financeiras. Quanto mais tempo passa, porém, o caso está ganhando dimensão, e o desgaste do governo recém-iniciado só aumenta.

O GLOBO

Publicado por: Chico Gregorio


15/01/2019
09:14

Nas Forças Armadas e nas forças militares em geral, o bordão “missão dada é missão cumprida” traz bem mais do que o respeito à hierarquia. Remete também à responsabilidade, à eficácia e ao senso de entrega que emana de uma formação baseada na ordem e na disciplina. Há orgulho no cumprimento da missão, mesmo que a elevados custos pessoais, inclusive o maior deles: a vida. Não há como negar, trata-se de uma profissão diferente que deve, portanto, ser tratada de forma distinta. Mas diferente não pode ser sinônimo de intocável, muito menos de garantia de privilégios injustificáveis.

O déficit dos militares é o que mais cresce dentro do nosso grande déficit previdenciário que hoje pressiona as contas públicas e consome recursos que deveriam ajudar a aliviar as nossas mazelas sociais. Foram R$ 36 bilhões em 2017 e, estima-se, mais de R$ 40 bilhões em 2018. A despesa previdenciária anual total com os militares ultrapassa os R$ 42 bilhões. Isso equivale a mais de 50% do orçamento da Defesa Nacional, limitando os necessários e urgentes investimentos em tecnologia da informação, inteligência artificial, dados, e também restringindo o realinhamento da remuneração dos militares ativos.

Como todo o nosso problema previdenciário, aqui também a questão vai além das contas públicas e resvala nos princípios de justiça social. Para um país em que a maior parte da população ganha um salário mínimo ao se aposentar – e depende de um Estado que gasta com a Previdência mais do que gasta com educação, saúde e segurança juntos, não há porque não rever regras que geram benefícios que superam em 10 vezes esse valor, sem o devido equilíbrio nas contribuições.

Muito além do déficit crescente, há ali critérios que fazem multiplicar o problema. Atualmente, mais da metade dos militares se aposenta antes dos 50 anos de idade. Além disso, fazem jus e acumulam pensões com base em regras indefensáveis nos dias de hoje. Não fossem esses argumentos suficientes, há ainda um outro: as regras dos militares vinculam o regime especial de Previdência das policiais e bombeiros militares nos Estados, outra grande fonte de desequilíbrio fiscal dos entes subnacionais.

O problema do déficit da Previdência nos Estados não é diferente do da União – senão mais grave. Ao analisarmos as regras locais, em particular a dos militares, percebe-se que também aqui o desequilíbrio é grande e os privilégios estão extrapolados. A aposentadoria, além de precoce, gera distorções tão graves como a do Rio de Janeiro onde, para cada coronel ativo da Polícia Militar e dos bombeiros, tem-se 5 aposentados de igual patente. Em números de 2016, eram 230 coronéis na ativa e 1.045 aposentados que recebiam o equivalente a 11% do gasto previdenciário de todo o Estado com militares inativos.

Além disso, a prática recorrente de se conceder aposentadorias equivalentes não à patente corrente, mas sim à patente diretamente superior à do militar que se aposenta, gera um ônus adicional. Descola-se ainda mais o benefício recebido das contribuições feitas ao longo da vida. Não é coincidência, portanto, que é a categoria militar a que responde por cerca de 30% do déficit previdenciário nos Estados, conforme mostra o trabalho que Paulo Tafner e Arminio Fraga publicaram recentemente.

Mas estamos às vésperas de conhecer a proposta de reforma do novo governo. Governo que, por meio do voto, o mais poderoso instrumento de legitimidade, recebe a missão de melhorar o Brasil. Missão essa que exige que ele seja capaz de reduzir as enormes injustiças sociais que assolam nosso País e que hoje alijam de oportunidades a grande maioria da população.

Manter o atual regime previdenciário significa, muito além do que quebrar o Brasil, reforçar a condição de pobreza de milhares de brasileiros que dependem do Estado. E isso vale, em particular, para o regime previdenciário dos militares e das forças militares estaduais. O governo recém-eleito, com tantos militares tão bem preparados nos mais altos escalões, é o que poderá, muito mais do que qualquer outro, se valer do seu bordão para cumprir a missão que lhe foi dada pelo povo brasileiro.

  • Ana Carla Abrão é ECONOMISTA E SÓCIA DA CONSULTORIA OLIVER WYMAN

Publicado por: Chico Gregorio