06/07/2019
09:18

Para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não é crime a utilização dos dados envolvendo o ministro da Justiça Sergio Moro, pela imprensa, mas sim a invasão dos celulares dos procuradores.

“É claro que a entrada num telefone de uma pessoa e você pegar informações privadas é crime e certamente o Ministério Público e a Polícia Federal vão investigar. Agora, a utilização dos dados eu acho que é o que nós chamamos de liberdade da imprensa. Todos nós cobramos uma democracia com liberdade de imprensa. Em outros episódios com utilização de dados sigilosos todos utilizaram como no caso do próprio Wikileaks. Então tem que ser o mesmo peso para os mesmos fatos”, disse Maia.

Ele fez questão de dizer que não quer dizer com isso que o fato de alguém ter entrado no computador de uma pessoa não seja crime. “Mas um jornalista está com essas informações como em muitas outras vezes jornalistas tiveram com informações sigilosas de delações e foram vazadas. Certamente se o servidor tivesse sido descoberto teria cometido um crime de vazar um dado sigiloso, mas a imprensa não cometeu nenhum crime de usar esse documento”, defendeu o presidente da Câmara.

Maia disse achar que Moro não está desgastado com essa série de reportagens envolvendo suposta troca de mensagens com procuradores do Ministério Público. “Acho que o ministro Moro tem muita força, tem muito prestígio numa parte importante da sociedade brasileira”, disse.

Bolsonaro

Após ter sido questionado por uma jornalista se os filhos do presidente Jair Bolsonaro atrapalham o governo federal, Maia disse que “só de estar perdendo três minutos sobre eles já atrapalha”.

Maia participou de debate em evento da XP Investimentos e, em determinado momento, foi iniciada uma discussão sobre o papel dos filhos do presidente no governo federal, em razão dos ministros que teriam sido demitidos por pressão deles.

O líder do governo do Senado, Fernando Bezerra (PSB-PE), foi o primeiro a falar sobre o tema e disse que é preciso deixar o Twitter de lado e, ao final, afirmou que, na sua opinião, “cada filho tem que ficar cuidando das suas responsabilidades”.

Também presente, o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que seus filhos não têm influência sobre suas decisões.

Estadão Conteúdo

Publicado por: Chico Gregorio


06/07/2019
09:15

O Gabinete do Segurança Institucional (GSI), comandado pelo ministro Augusto Heleno, está implementando ajustes nos procedimentos de viagens após a prisão do militar da Aeronáutica que integrava a equipe de apoio à comitiva presidencial, na semana passada. De agora em diante, além de toda a tripulação e equipe, até mesmo o presidente Jair Bolsonaro terá de passar pelo detector de metais e raio-x antes de embarcar no avião da Presidência.

O novo método de segurança foi utilizado pela primeira vez na última quarta-feira, antes da ida de Bolsonaro a São Paulo, onde ele participou de uma evento no Comando Militar do Sudeste. Anteriormente, somente as bagagens despachadas passavam pelo raio-x e pelo critério de amostragem(técnica em que a checagem é feita em apenas algumas pessoas, aleatoriamente). Agora, a fiscalização ampla de malas e passageiros será realizada sem exceção.

O aumento do rigor no procedimento foi confirmado ao GLOBO por três fontes do Palácio do Planalto. Os ajustes ocorreram uma semana depois de o segundo-sargento Manoel Silva Rodrigues, de 38 anos, ter sido preso com 39 quilos de cocaína na bagagem de mão em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), em Sevilha, na Espanha. Ele participava de uma missão precursora para a viagem de Jair Bolsonaro ao Japão, onde ocorreu a reunião do G-20, o grupo de países mais ricos do mundo.

De acordo com uma integrante da comitiva presidencial, todos os cerca de 30 passageiros tiveram de passar pelos novos procedimentos de segurança na última quarta-feira. Bolsonaro, segundo relataram duas fontes, teria pedido para também ser submetido à checagem.

O GSI prepara para o final da próxima semana uma apresentação detalhada de como são realizados os procedimentos de segurança do presidente. A demonstração será feita para jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto.

Os ajustes na segurança ocorrem ainda depois de um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro, ter criticado publicamente o GSI. Apesar de incomodada, a ala militar do governo evita fazer comentários e não relaciona a mudança dos procedimentos às manifestações do parlamentar.

No Twitter, na segunda-feira, Carlos afirmou que os homens do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) estão subordinados a algo “em que ele não acredita”. Três dias depois, voltou a se pronunciar quando um empresário se matou na frente do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e do governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, durante um evento em Aracaju (SE). “Mais uma falha de segurança. Seria bom a segurança do Presidente ficar mais atenta”, escreveu o vereador.

Prisão de militar foi alerta, diz Heleno

Em entrevista ao vivo nesta sexta-feira para o programa Estúdio I, da GloboNews, o ministro Augusto Heleno afirmou que a prisão do segundo-sargento da Aeronáutica serviu como um alerta.

— Isso aí foi um alerta: olha, não dá pra confiar. Tem que realmente fiscalizar tudo — declarou o ministro.

Heleno ressaltou que a própria Força Aérea e o Ministério da Defesa já anunciaram que irão aperfeiçoar a checagem. Ele afirmou, no entanto, que não sabe e não tem meios para dizer se a mala com os 39 quilos de cocaína passou pelo raio-x, repetindo que o ministério que chefia não era responsável no episódio.

O ministro afirmou que o segundo-sargento cometeu um ato muito grave, classificado por ele como um “crime de lesa-pátria”. Heleno ainda disse que um comissário como Silva Rodrigues “chega muito antes até da tripulação, porque eles recebem a comissaria, que é a comida que vai para o avião, água, tudo que entra no avião fora bagagem de passageiro”.

— Então é natural que no momento que eles chegam à Base Aérea, ainda não esteja acionado o dispositivo do raio-x. E como são muito antigos — e podem pegar que todas as referências a esse sargento é que ele tinha um comportamento exemplar —, nós já conversamos que isto não pode mais acontecer. Não pode haver esse tipo de confiança — disse Heleno.

O responsável pelo GSI salientou novamente acreditar que Silva Rodrigues contou com a antecedência a seu favor:

— Mas eu acredito que, no caso, isso tenha acontecido pelo tempo que ele tinha e pelo fato de eles normalmente chegarem muito antes de o dispositivo estar instalado. Eles tinham acesso à aeronave sem esse rigor de passar tudo que chegava na aeronave nesse raio-x — acrescentou.

O Globo

Publicado por: Chico Gregorio


06/07/2019
09:13

Resultado de imagem para fotos de bolsonaro vestido de rainha da inglaterraO fracasso do presidente Jair Bolsonaro na articulação para contemplar agentes federais da segurança pública com regras de aposentadoria mais amenas tem um único motivo na opinião do presidente da ADPF (Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal), Edvandir Paiva: a equipe do governo não cumpre as ordens do mandatário.

“Há uma divisão entre a Economia, a Casa Civil e o próprio presidente da República e ele não consegue fazer uma ordem dele ser cumprida”, disse Paiva em entrevista na quinta-feira (4).

“Em outras épocas, a gente falava com o presidente da República, ele dava uma ordem e ela era cumprida. Agora não é assim. Sinto que ele [Bolsonaro] gostaria de resolver o problema, mas ele não consegue impor a vontade dele ao Ministério da Economia, e nós ficamos na mão”, afirmou.

Paiva diz que a proposta apresentada na quarta-feira (3) como acordo com a categoria não foi discutida com os agentes federais. “Pedimos Z e nos ofereceram A. É uma proposta estapafúrdia, que nunca pedimos. Nunca discutimos idade mínima. Não temos problema em contribuir com a idade mínima”, afirmou.

A proposta negociada na quarta com o relator da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), previa idade mínima de 53 anos para homens e de 52 para mulheres das carreiras de policiais federais, rodoviários federais e legislativos (com atuação no Congresso).

A PEC (Proposta de Emenda à Constituição), enviada pelo governo em fevereiro, criava uma idade mínima de 55 anos para homens e mulheres. Hoje, não há idade mínima para as categorias se aposentarem, mas apenas a exigência de 30 anos de contribuição, se homem, e de 25, se mulher. “Sabe o que essa proposta gera de economia para o governo nos próximos dez anos? R$ 3 bilhões, só que eles queriam ter economia de R$ 5 bilhões. O governo está comprando uma briga por causa de R$ 2 bilhões, que não é nem 0,2% frente ao total de R$ 1 trilhão. O problema não é econômico, é político.”

Folhapress

Publicado por: Chico Gregorio


06/07/2019
09:10

A excelente jornalista Mônica Bergamo escreve hoje (6) na Folha que o ministro Sérgio Moro será candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) em 2022.

Peço vênia para discordar da nobre colega. A vice na chapa é almejada pela líder do governo no Congresso Nacional, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).

Noutros tempos, este blogueiro perguntou a Joice se ela entraria numa campanha presidencial de Moro. “A candidata a presidente sou eu”, respondeu de pronto a hoje líder governista

O ex-juiz da Lava Jato, mais enrolado que fumo de corda nos vazamentos do Intercept, jurou ontem (5) em São Paulo que não é candidato a presidente da República.

Para Bolsonaro, porém, é importante que Moro permaneça fritando –ou “cozinhando”, como prefere o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR)– no cargo e com a série de reportagens de Glenn Greenwald. Seria um a menos na corrida eleitoral vindoura.

“Estou no governo do presidente Jair Bolsonaro. O candidato do governo… Acho que é absolutamente prematuro falar nesse assunto, mas como já houve uma referência nesse sentido pelo próprio presidente, o candidato do governo vai ser o presidente à reeleição”, despistou o ministro-candidato durante evento da XP Investimentos (banco Itaú) –a Expert XP 2019, maior evento de investimentos do mundo.

Portanto, a Folha errou. Moro é o candidato do sistema financeiro. É o primeiro com apoio popular na história deste país.

Via Esmael Morais.

Publicado por: Chico Gregorio


06/07/2019
09:05

Nos primeiros seis meses de 2019, o custo da cesta básica em Natal registrou variação de 16,36%. O percentual corresponde ao segundo maior aumento entre as capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A maior variação foi em Vitória (20,20%) e a terceira com Recife (16,34%). A menor taxa foi registrada em Campo Grande (1,29%).

Restringindo a base comparativa para junho, os preços dos produtos básicos da alimentação tiveram queda de 2,17% em Natal. O conjunto dos alimentos custou, no mês passado, R$ 397,24. Entre as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, Natal ocupou a quarta posição entres as cestas mais baratas no mês em referência. Em 12 meses, a variação acumulada foi de 13,14%.
Oito produtos apresentaram queda, entre maio e junho de 2019: feijão carioquinha (-14,76%), banana (-6,17%), tomate (-3,41%), óleo de soja (-1,30%), manteiga (-0,64%), farinha de mandioca (-0,47%), açúcar refinado (-0,42%) e pão francês (-0,21%). As altas foram registradas nos demais produtos: leite integral longa vida (3,85%), café em pó (0,36%), arroz agulhinha (0,27%) e carne bovina de primeira (0,08%).

Em 12 meses, oito produtos acumularam alta: tomate (66,75%), feijão carioquinha (55,68%), arroz agulhinha (13,43%), açúcar refinado (12,98%), pão francês (11,63%), manteiga (4,48%), carne bovina de primeira (3,48%) e óleo de soja (1,33%). As taxas acumuladas foram negativas para os demais produtos farinha de mandioca (-18,41%), banana (-13,30%), leite integral longa vida (-4,30%) e café em pó (-3,11%).

O trabalhador natalense cuja remuneração equivale ao salário mínimo necessitou cumprir jornada de trabalho de 87 horas e 34 minutos, em junho de 2019, para comprar a cesta. Em maio, o tempo necessário foi de 89 horas e 31 minutos. Já em junho de 2018, a jornada média era de 80 horas e 58 minutos.

Em junho de 2019, o custo da cesta em Natal comprometeu 43,26% do salário mínimo líquido (após os descontos previdenciários), percentual menor que o de maio (44,23%). Em junho de 2018, equivalia a 40,00%.

Via Tribuna do Norte

Publicado por: Chico Gregorio


06/07/2019
09:03

O jornalista Ricardo Noblat, da Veja, sugere que o distinto público prepare a pipoca para os próximos dias. Segundo ele apurou, são cerca de 2 mil áudios que o site The Intercept tem sobre a #VazaJato.

“Só áudios são cerca de 2 mil. Essa informação acabo de apurar”, escreveu o jornalista, referindo-se aos diálogos entre o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato.

“Assim como a Folha de S.Paulo, também parceira do site, analisamos dezenas de mensagens trocadas ao longo dos anos entre membros do nosso time e os procuradores. Todas as comunicações são verdadeiras — palavra por palavra”, tuitou Noblat, citando como fonte a revista Veja.

Blog do Noblat

@BlogdoNoblat

Só áudios são cerca de 2 mil. Essa informação acabo de apurar.

A revista Veja sustenta que “Moro cometeu, sim, irregularidades” após analisar 649 551 mensagens atribuídas do ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato.

Via Esmael Morais.

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05/07/2019
11:34

247 – A reportagem Intercept-Veja que veio à luz nesta sexta revela chega às bancas nesta sexta-feira revela que o apresentador Fausto Silva orientou a comunicação de Moro e dos procuradores da Lava Jato; numa mensagem, Moro diz a Dallagnol, que Fausto Silva havia aconselhado os integrantes da operação a usarem “linguagem mais simples”, “para o povão”

No diálogo transcrito das mensagens do aplicativo Telegram, datado do dia 7 de maio de 2016, Moro, diz ter sido procurado por Faustão que queria cumprimentá-lo pelo trabalho da Lava Jato. Na ocasião, Moro destaca que o apresentador aconselhou que os integrantes da operação mudassem a linguagem “para todo mundo entender”.

“Ele [Fausto Silva] disse que vcs nas entrevistas ou nas coletivas precisam usar uma linguagem mais simples. Para todo mundo entender. Para o povão. Disse que transmitiria o recado. Conselho de quem está a (sic) 28/anos na TV. Pensem nisso”, escreveu Moro.

Segundo a reportagem, o apresentador Fausto Silva confirmou o encontro e o teor da conversa mantida com Moro.

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05/07/2019
11:29

Por Brasil de Fato

O Congresso Nacional promulgou nesta quarta-feira (3), em sessão solene, uma emenda constitucional que abre a porteira para que as salas de aula das escolas públicas em todo Brasil sejam tomadas por policiais militares travestidos de professores.

A emenda resume-se ao acréscimo de um parágrafo ao artigo 42 da Constituição (sobre as forças militares dos Estados, Territórios e Distrito Federal), permitindo a dupla função sem impor qualquer limite ou regulamentação ao uso destes profissionais no ensino público.

A partir de agora, membros das polícias militares, dos corpos de bombeiros e demais instituições organizadas militarmente poderão acumular cargos e salários de professores nas escolas, com a única condição de que haja compatibilidade de horários.

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05/07/2019
11:23

Foto: Reprodução

A relação próxima desenvolvida pelo juiz Sergio Moro e pelo procurador Deltan Dallagnol durante as investigações da Operação Lava-Jato abriu espaço para um companheirismo digno de colegas de trabalho.

O diálogo inédito faz parte do material analisado por VEJA em parceria com o site The Intercept Brasil.  Só uma pequena parte havia sido divulgada até agora — e ela foi suficiente para causar uma enorme polêmica. A reportagem realizou o mais completo mergulho já feito nesse conteúdo. Foram analisadas pela 649.551 mensagens. Palavra por palavra, as comunicações examinadas pela equipe são verdadeiras e a apuração mostra que o caso é ainda mais grave. Moro cometeu, sim, irregularidades. Fora dos autos (e dentro do Telegram), o atual ministro pediu à acusação que incluísse provas nos processos que chegariam depois às suas mãos, mandou acelerar ou retardar operações e fez pressão para que determinadas delações não andassem. Além disso, revelam os diálogos, comportou-se como chefe do Ministério Público Federal, posição incompatível com a neutralidade exigida de um magistrado. Na privacidade dos chats, Moro revisou peças dos procuradores e até dava broncas neles.

São vários os exemplos. Em 14 de dezembro de 2016, Dallagnol escreve ao parceiro para contar que a denúncia de Lula seria protocolada em breve, enquanto a de Sérgio Cabral já seria registrada no dia seguinte (o que de fato ocorreu). Moro responde com um emoticon de felicidade , ao lado da frase: “um bom dia afinal”.

Via Revista VEJA

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05/07/2019
11:17

Senadora Zenaide se reúne com reitor do IFRN no Ministério da Ciência e Tecnologia

Ontem a senadora Zenaide Maia recebeu o Reitor do IFRN, Wyllys Abel Farkatt Tabosa, o assessor especial do Ministro da Educação, Marco Antonio Juliatto e o coordenador-geral de Desenvolvimento e Inovação em Tecnologia Setoriais, Eduardo Soriano Lousada, para uma reunião cujo tema abordado recaiu sobre as perspectivas de investimento em energia eólica offshore no Rio Grande do Norte. Um ponto que vale destacar é a…

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05/07/2019
11:05

O ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol estabeleceram uma relação de forte parceria enquanto conduziam a Lava Jato em Curitiba. A proximidade entre os dois fica clara em uma conversa ocorrida em 17 de dezembro de 2015.

 (./.)

Via Revista Veja.

O diálogo inédito faz parte do material analisado por VEJA em parceria com o site The Intercept Brasil. Clique para ler a reportagem completa. Só uma pequena parte do material havia sido divulgada até agora — e ela foi suficiente para causar uma enorme polêmica. A reportagem realizou o mais completo mergulho já feito nesse conteúdo.

Foram analisadas pela 64.9551 mensagens. Palavra por palavra, as comunicações examinadas pela equipe são verdadeiras e a apuração mostra que o caso é ainda mais grave. Moro cometeu, sim, irregularidades. Fora dos autos (e dentro do Telegram), o atual ministro pediu à acusação que incluísse provas nos processos que chegariam depois às suas mãos, mandou acelerar ou retardar operações e fez pressão para que determinadas delações não andassem. Além disso, revelam os diálogos, comportou-se como chefe do Ministério Público Federal, posição incompatível com a neutralidade exigida de um magistrado. Na privacidade dos chats, Moro revisou peças dos procuradores e até dava broncas neles.

O diálogo começa quando Moro informa Dallagnol que precisa da manifestação do MPF sobre o pedido de revogação da prisão preventiva de José Carlos Bumlai, pecuarista e amigo de Lula. “Ate amanhã meio dia”, escreve o então juiz. Dallagnol garante que a ação será feita e acrescenta: “Seguem algumas decisões boas para mencionar quando precisar prender alguém…”. À luz do direito, é tão constrangedor quanto se Cristiano Zanin Martins fosse flagrado passando a Moro argumentos para embasar um habeas-corpus a favor de Lula. A proximidade chegou ao ponto de Dallagnol dar dicas ao então magistrado sobre argumentos para garantir uma prisão.

Publicado por: Chico Gregorio


05/07/2019
10:44

Na Veja

Uma das obsessões de Moro envolvia manter os casos da Lava-Jato em seu poder em Curitiba, a exemplo dos processos de Lula do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia.

Nesse esforço, o magistrado mentiu a um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ou, na hipótese mais benigna, ocultou dele uma prova importante, conforme mostra um dos diálogos.

A conversa em questão se refere ao caso de Flávio David Barra, preso em 28 de julho de 2015, quando presidia a AG Energia, do grupo Andrade Gutierrez. Sua detenção ocorreu na Operação Radioatividade, relacionada a pagamentos de propina feitos por empreiteiras, entre elas a Andrade Gutierrez, a Othon Luiz Pinheiro da Silva, da Eletronuclear, responsável pela construção da usina nuclear Angra 3.

Em 25 de agosto, a defesa de Barra pede ao ministro do STF Teori Zavascki a suspensão do processo tocado pela 13ª Vara de Curitiba, alegando que Moro não tinha competência para julgar o caso por haver indício de envolvimento de parlamentares, entre eles o então senador Edison Lobão (MDB-MA).

Diante da reclamação, Zavascki cobra explicações de Moro, que diz não saber nada sobre o envolvimento de parlamentares. Mesmo assim, com base nas informações da defesa, o ministro do STF suspende em 2 de outubro as investigações, o que força o então juiz a remeter o caso de Curitiba para Brasília três dias depois.

Seu comportamento perante Zavascki foi impróprio, como evidencia um diálogo registrado no Telegram dezoito dias depois entre o procurador Athayde Ribeiro Costa e a delegada Erika Marena, da Polícia Federal. Costa diz precisar com urgência de uma “planilha/agenda” apreendida com Barra que descreve pagamentos a diversos políticos.

Marena responde que, por orientação de “russo” (Moro), não tinha tido pressa em “eprocar” a planilha (tradução: protocolar o documento no sistema eletrônico da Justiça). “Acabei esquecendo de eprocar”, disse. “Vou fazer isso logo”, completa.

Na pior das hipóteses, Moro já sabia da existência da planilha quando foi inquirido por Zavascki e mentiu ao ministro. Em um segundo possível cenário, igualmente comprometedor, Moro teria tomado conhecimento da planilha depois da inquirição de Zavascki e pediu à delegada para “não ter pressa” em protocolar o documento. Tudo indica que a manobra tinha como objetivo manter o caso em Curitiba.

Publicado por: Chico Gregorio


05/07/2019
10:35

As novas revelações do site Intercept Brasil, desta vez em parceria com a Revista Veja, apontam novos crimes de Sérgio Moro, quando julgava os processos da Lava Jato; a partidarização do Judiciário reforça uma condenação de Lula sem provas e que fere o Estado Democrático de Direito; Justiça brasileira se desmoraliza cada vez mais

(Foto: Lula Marques | Reuters)

 As novas revelações do site Intercept Brasil, desta vez em parceria com a Revista Veja, apontam novos crimes do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, quando julgava os processos da Operação Lava Jato em primeira instância. A partidarização do Judiciário reforça uma condenação sem provas, questionada por vários juristas, e que fere o Estado Democrático de Direito. Justiça dentro da própria magistratura e punição a juristas dentro da lei, com as devidas garantias constitucionais, passa a ser mais que um imperativo com os escândalos que vêm sendo revelados pela Vaza Jato.

Um diálogo demonstra uma relação no mínimo estranha entre a força-tarefa e o Supremo Tribunal Federal em um diálogo de Sérgio Moro com o procurador Deltan Dallagnol faz uma referência ao ministro Edson Fachin, do Supremo: “Em 13 de julho de 2015, Dallagnol sai exultante de um encontro com o ministro Edson Fachin e comenta com os colegas de MPF: ‘Caros, conversei 45 m com o Fachin. Aha uhu o Fachin é nosso'”, disse o procurador.

reportagem aponta novamente para um conluio entre Sérgio Moro e procuradores no intuito de orientar as investigações, o que fere o princípio da equidistância entre magistrado e a parte acusatória. Ou seja, Moro extrapolou as duas funções de juiz.

Vale ressaltar que outra matéria já havia apontado que procurador Deltan Dallagnol duvidava da existência de provas contra Lula, acusado de ter recebido um apartamento da OAS como propina.

Outro detalhe é que o empresário Léo Pinheiro, da OAS, só passou a ter credibilidade para a Lava Jato depois que mudou sua versão e passou a acusar o ex-presidente Lula de ter recebido o triplex em Guarujá (SP) como propina.

O ex-presidente, no entanto, nunca dormiu, nem tinha a chave do apartamento. E o procurador Henrique Pozzobon admitiu que não havia “prova cabal” de que Lula era o proprietário do apartamento que estava em nome da construtora. Com a violação do Estado Democrático de Direito para tirar a maior liderança popular do País da eleição de 2018, a sua liberdade seria um sinônimo do que se chama de democracia. Por enquanto, o Judiciário brasileiro se desmoraliza no mundo.

Via 247-Brasil.

Publicado por: Chico Gregorio


05/07/2019
10:17

Em conversa com seus colegas do Ministério Público Federal, o procurador Deltan Dallagnol saiu exultante de um encontro com o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, em 13 de julho de 2015. “Caros, conversei 45 m com o Fachin. Aha uhu o Fachin é nosso”, vibrou.

A reportagem realizou o mais completo mergulho já feito nesse conteúdo. Foram analisadas 649.551 mensagens. Palavra por palavra, as comunicações examinadas pela equipe são verdadeiras e a apuração mostra que o caso é ainda mais grave. Moro cometeu, sim, irregularidades. Fora dos autos (e dentro do Telegram), o atual ministro pediu à acusação que incluísse provas nos processos que chegariam depois às suas mãos, mandou acelerar ou retardar operações e fez pressão para que determinadas delações não andassem. Além disso, revelam os diálogos, comportou-se como chefe do Ministério Público Federal, posição incompatível com a neutralidade exigida de um magistrado. Na privacidade dos chats, Moro revisou peças dos procuradores e até dava broncas neles.

A relação entre Moro e Dalla­gnol era tão próxima que abre espaço para que eles comemorem nas conversas o sucesso de algumas etapas da Lava­-Jato, como se fossem companheiros de trabalho festejando metas alcançadas. Em 14 de dezembro de 2016, Dallagnol escreve ao parceiro para contar que a denúncia de Lula seria protocolada em breve, enquanto a de Sérgio Cabral já seria registrada no dia seguinte (o que de fato ocorreu). Moro responde com um emoticon de felicidade, ao lado da frase: “ um bom dia afinal”.

VEJA

Publicado por: Chico Gregorio


05/07/2019
10:16

O ex-juiz Sergio Moro combinou com o Ministério Público Federal (MPF) as datas em que deveriam ser marcadas operações realizadas no âmbito da Operação Lava-Jato.

 (./.)

A revelação consta em diálogos inéditos que fazem parte do material analisado por VEJA em parceria com o site The Intercept Brasil. Só uma pequena parte do material havia sido divulgada até agora — e ela foi suficiente para causar uma enorme polêmica. A reportagem realizou o mais completo mergulho já feito nesse conteúdo.

Foram analisadas 649.551 mensagens. Palavra por palavra, as comunicações examinadas pela equipe são verdadeiras e a apuração mostra que o caso é ainda mais grave. Moro cometeu, sim, irregularidades. Fora dos autos (e dentro do Telegram), o atual ministro pediu à acusação que incluísse provas nos processos que chegariam depois às suas mãos, mandou acelerar ou retardar operações e fez pressão para que determinadas delações não andassem. Além disso, revelam os diálogos, comportou-se como chefe do Ministério Público Federal, posição incompatível com a neutralidade exigida de um magistrado. Na privacidade dos chats, Moro revisou peças dos procuradores e até dava broncas neles.

Uma conversa no grupo “PF-MPF Lava Jato 2”, datada de 7 de julho de 2015, mostra um interlocutor não identificado, e que a reportagem concluiu ser o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, avisando outro interlocutor não identificado, que VEJA apurou ser o delegado da Polícia Federal Igor Romário, sobre uma sugestão dada por Moro, apelidado nas conversas de Russo. “Igor. O Russo sugeriu a operação do professor para a semana do dia 20.”, diz o texto literal da mensagem enviada por Santos Lima. “Opa… beleza… Vou começar a me organizar”, responde o delegado. Segundo a apuração da revista, o “professor” era o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, da Eletronuclear. Ele acabou sendo preso no dia 28.

VEJA

Publicado por: Chico Gregorio