Segundo informações do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru) foram 850 demissões em São Paulo. O número foi confirmado pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), que informa ainda outras 350 baixas no aeroporto no Rio de Janeiro. Procurada, a Latam não divulgou o número exato de demitidos, justificando que alguns colaboradores serão realocados. Em nota à imprensa, a companhia aérea diz que chegou a um entendimento com os sindicatos da categoria em Guarulhos e no Rio de Janeiro para que a empresa ofereça um pacote adicional às verbas rescisórias regulares aos funcionários que não tenham sido realocados em outras posições internas na Latam ou posições externas de empresas com as quais a Latam está trabalhando. Entre as compensações oferecidas, a empresa cita seis meses de extensão dos benefícios: plano médico, odontológico e vale-alimentação e cinco bilhetes aéreos gratuitos para o funcionário e cada um dos seus beneficiários. A empresa informa que a contratação do parceiro para realizar estas operações em Guarulhos e no Galeão é uma medida pontual, que se mostrou como a melhor alternativa para as necessidades da Latam Airlines Brasil neste momento. A decisão está em linha com o mercado nacional e faz parte de uma tendência mundial de contratação de serviços especializados. “A Latam estabeleceu um sistema de gestão integrado com a Orbital – WFS para assegurar a eficiência e a manutenção da qualidade dos serviços prestados, que incluem carregamento de bagagens, traslado de aeronaves dentro do aeroporto, limpeza de cabines, entre outros”, diz a empresa em nota. ESTADÃO CONTEÚDO
Com a escalada de aumentos do dólar nas últimas semanas, a subvenção de R$ 0,30 por litro concedida pelo governo para encerrar a paralisação dos caminhoneiros em maio já não é suficiente para ressarcir refinarias e importadores pela venda do combustível a preços congelados.
Os efeitos do câmbio devem ser repassados ao consumidor nesta sexta-feira (31), quando o preço do diesel será revisto.
Uma nova fórmula para o cálculo do preço foi apresentada nesta segunda (27) pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), que atendeu a pleitos do mercado pela inclusão de custos adicionais de armazenagem e transporte do combustível em território brasileiro.
“O preço do dia 31 vai ser pressionado duas vezes: uma, pela fórmula nova, e outra, pelo fato de o preço atual estar bem abaixo do internacional”, diz o consultor Adriano Pires, do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura).
O preço de venda do diesel por refinarias e importadoras está congelado desde maio, após acordo para encerrar a paralisação dos caminhoneiros.
O governo separou R$ 9,5 bilhões para ressarcir, até o fim deste ano, as empresas que se comprometerem a vender o produto pelo valor estabelecido.
As regras do programa, porém, limitam o desconto a R$ 0,30 por litro, valor hoje insuficiente para cobrir a diferença entre o preço definido em maio —chamado de preço de comercialização— e o valor que as empresas poderiam praticar caso o mercado não estivesse sob intervenção.
Desde o dia 18 de agosto, o preço de referência usado pela ANP para calcular a subvenção não para de subir, pressionado pelo câmbio.
Com alta de 8% em apenas uma semana, atingiu na sexta (24) os maiores valores desde o início do programa de subvenção do governo.
No Sudeste e no Centro-Oeste, por exemplo, é de R$ 2,5503 por litro desde sexta, R$ 0,444 a mais do que o preço tabelado pelo governo, de R$ 2,1055.
Isso significa que o subsídio do programa de subvenção cobre apenas dois terços do desconto que as empresas têm praticado na venda do combustível.