07/06/2017
07:27

Por FOLHAPRESS

As 82 perguntas enviadas pela Polícia Federal ao presidente Michel Temer mostram que uma das estratégias dos investigadores é tentar comprovar, pela palavra do próprio presidente, trechos da gravação da conversa com um dos donos da JBS, Joesley Batista, que está sendo colocada em dúvida pela defesa do peemedebista.

Caso a gravação, que passa por perícia na PF, seja descartada como prova, os investigadores poderiam usar as declarações de Temer.

Nesta terça-feira (6), o ministro do STF Edson Fachin estendeu o prazo para as respostas até as 17h de sexta (9).

A Folha apurou que o presidente responderá parcialmente às perguntas e deve ignorar aquelas referentes ao áudio gravado pelo empresário, uma vez que o argumento central da defesa do presidente é de que o conteúdo foi “manipulado” e “fraudado”.

Temer também não deve se posicionar sobre questões de caráter pessoal e referentes a período anterior ao atual mandato, entre elas, em relação à última campanha presidencial e à sua opinião sobre episódios citados na delação premiada da JBS.

Para assessores e auxiliares presidenciais, o teor das questões é uma tentativa de desgastar a imagem de Temer e mostraria que o processo deixou de ser jurídico para se transformar em político.

NOVAS INFORMAÇÕES

As perguntas da PF indicam que os investigadores podem ter informações que ainda não vieram a público. Uma delas sugere a existência de dados sobre a eventual relação de Temer com um preso pela Operação Lava Jato.

A PF quer saber se Temer já realizou “algum negócio jurídico” com o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro ou com empresas controladas por ele. A PF também indagou se Funaro atuou na arrecadação para campanhas eleitorais de Temer ou do PMDB quando o presidente estava à frente da sigla.

Funaro está preso em Brasília há quase um ano, em uma das fases da Lava Jato ligadas ao ex-deputado federal Eduardo Cunha. Ele é acusado de manter um esquema de arrecadação de propinas de empresários que buscavam obter empréstimos do fundo FI-FGTS.

O corretor estaria interessado em fazer um acordo de delação em que poderá citar Temer. Seu advogado, Bruno Espiñeira, disse à Folha nesta terça: “Sob a luz da Bíblia, Lúcio está convencido de que só a verdade o libertará”.

As perguntas da PF sobre Funaro se justificam pelas menções ao nome do corretor feitas por Joesley durante a conversa com Temer. Na delação, Joesley disse que havia contado a Temer as providências que tomava para controlar dois possíveis delatores, Funaro e Cunha, ao pagar R$ 400 mil por mês ao corretor.

Há ainda perguntas sobre a relação do presidente com empresários do Porto de Santos (SP) e com outras pessoas próximas, como o coronel aposentado da Polícia Militar de SP João Baptista Lima Filho, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o ex-deputado Rodrigo da Rocha Loures, que está preso e deverá depor à PF nesta quarta (7)

Publicado por: Chico Gregorio


07/06/2017
07:23

prjbs

O Jornal Nacional, reproduzindo o site predileto de vazamentos da Procuradoria Geral da Republica, o da turma do Diogo Mainardi, afirmou que Joesley Batista cedeu seu avião particular, o Learjet 45, prefixo PR-JBS, para que Michel e Marcel Temer voassem ao Forum de Comandatuba, na Bahia.

O Forum era promovido por João Doria Júnior e há fato material provando a presença de Michel Temer por lá.

O Palácio do Planalto diz que Temer não usou o avião da JBS, mas o da FAB.

A matéria do Jornal Nacional tem um erro de checagem. Diz que o voo foi em janeiro de 2011.

O voo de ida, segundo o diário de bordo, aconteceu em 12 de janeiro de 2011. O avião saiu do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e foi para Comandatuba, na Bahia. A volta foi no dia 14 de janeiro de 2011. O avião buscou o grupo no hotel Transamerica Comandatuba, um resort que tem pista particular para jatinhos. O avião saiu de lá para Congonhas e levou, entre os sete passageiros, Temer e a família.

 agendacomandatubaO Fórum, na verdade, foi entre os dias 21 e 24 de abril no Hotel Transamerica, na Ilha de Comandatuba (BA), como mostra a agenda do então vice presidente, que reproduzo ao lado.

Isso está documentado em dezenas de fotos que uma rápida busca no Google fazem aparecer.

Teria havido outro voo, para Porto Alegre, em data não determinada.

O dado é objetivo. Ou é janeiro, ou é abril. Um dos dois está mentindo.

Via Fernando Brito

Publicado por: Chico Gregorio


06/06/2017
13:21

Via Thalita Moema.

Publicado por: Chico Gregorio


06/06/2017
13:19

Empresário Fred Queiroz e sua esposa Erika Nesi foram presos coercitivamente para prestar esclarecimentos sobre desvios de R$77 milhões das obras da Arenas das Dunas. Em entrevista a InterTV Cabugi, o advogado Diógenes da Cunha Lima, afirmou que acreditava na inocência de Fred Queiroz e de sua esposa Erika Nesi.
A empresa Pratika Locações é de Fred e Erika, que são acusados de participar de um esquema de lavagem de dinheiro na campanha de 2014 de Henrique Alves, foram contratados para prestar serviços de militância ele rua, ou seja, de acordo com a PF, compravam votos. De acordo com a PF, a empresa recebeu R$9 milhões e sacou R$ 4 milhões em espécie durante a campanha.
O ex-deputado Henrique Alves, o empresário Fred Queiroz e a blogueira Erika Nesi, ficarão presos no CDP da Ribeira.

Via Thalita Moema.

Publicado por: Chico Gregorio


06/06/2017
13:10

alckminbarco

O governador Geraldo Alckmin vai mostrando que tucano profissional sabe o poder do muro.

Ontem, mandou o prefeito João Doria de menino de recados acalmar a rebelião das bases do tucanato, que queria abandonar o governo Temer, marcando o prefeito como “temerista”.

Hoje, à imprensa, saiu pelo outro lado:

“Quem disse que eu sou contra o desembarque? Se você pegar as minhas declarações lá atrás eu disse que o partido deveria apoiar o governo, as medidas de interesse para o país, sem necessariamente participar com ministro”.

Portanto, deixa aberta a porta para pedir a saída dos ministros tucanos do governo e, com isso, puxar o tapete de temer e chamar a si o comando do PSDB.

A vingança de Alckmin não é um prato frio, é uma refeição que ele pôs no freezer há anos.

Via Fernando Brito

Publicado por: Chico Gregorio


06/06/2017
12:28

 por Folhapress
temer
Em conversas reservadas, Temer tem demonstrado indignação com a postura de Janot ( Foto: Marcos Corrêa/PR )

A prisão de Henrique Eduardo Alves, na manhã desta terça (6), reforçou a crítica entre auxiliares e assessores do presidente Michel Temer sobre a tentativa do Ministério Público de pressionar a Justiça Eleitoral.

Também nesta terça-feira (6), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) retomará o julgamento que poderá cassar o mandato do presidente.

Para o entorno do peemedebista, a prisão ocorre “com um timing estranho”, já que o ex-ministro do Turismo estava afastado da pasta há um ano e, de acordo com ele, as suspeitas sobre a construção da Arena das Dunas “não são novas”.

Nas palavras de um aliado do presidente, a iniciativa se soma ao pedido feito na segunda-feira (5) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pede a suspensão imediata de medida provisória que garante foro privilegiado ao ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco.

A expectativa no Palácio do Planalto, no entanto, é de que a pressão que estaria sendo feita pelo Ministério Público tenha efeito contrário sobre os ministros da Corte Eleitoral, estimulando uma postura de independência.

No domingo (4), o advogado Gustavo Guedes, responsável pela defesa do presidente no TSE, disse que o procurador-geral “está tentando constranger” o tribunal eleitoral a condenar o peemedebista.

Em conversas reservadas, Temer tem demonstrado indignação com a postura de Janot e dito que ele tem se comportado como um adversário.

A operação desta terça-feira (6) foi batizada como Manus e apura supostos crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.

A investigação se baseia em provas da Operação Lava Jato que apontam que Henrique Alves e o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) receberam suborno na construção da Arena das Dunas, estádio construído em Natal para a Copa do Mundo.

De acordo com a apuração da Polícia Federal e do Ministério Público, houve sobrepreço de R$ 77 milhões no valor da obras, com favorecimento de duas grandes construtoras.

Os pagamentos ocorreram como doação eleitoral oficial, entre 2012 e 2014. Os valores, segundo os investigadores, omitiam subornos e, em um dos casos, eram desviados em benefícios pessoais.

Publicado por: Chico Gregorio


06/06/2017
12:15

O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal deflagraram na manhã desta terça-feira (6) mais uma etapa das Operações Sepsis e Cui Bono. Desta vez, foi determinada a prisão preventiva de quatro pessoas, entre elas o ex-presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves. Há ainda, um quinto mandado de prisão que tem como alvo o também ex-presidente da Casa Legislativa, Eduardo Cunha, que já está detido em Curitiba. A operação está sendo executada em parceria com a Procuradoria da República no Rio Grande do Norte, onde também são cumpridas medidas cautelares com o objetivo de reunir provas para investigações em andamento.

Logo no início da manhã, em uma outra operação, essa sobre corrupção e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal, policiais federais foram à casa de Henrique Alves, na capital potiguar, para prendê-lo preventivamente. Cunha também é alvo no caso do estádio.

No caso dos pedidos apresentados à 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, as solicitações da Força-Tarefa são decorrentes, principalmente, de informações fornecidas em depoimento de executivos da Construtora Odebrecht, no âmbito do acordo de colaboração premiada. Remetidos à primeira instância há pouco mais de um mês, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin, os relatos foram juntados às investigações que têm o objetivo de apurar irregularidades cometidas pelo grupo liderado por Eduardo Cunha nas vice-presidências de Fundos e Loterias e Pessoas Jurídicas da Caixa Econômica Federal (CEF).

Além dos dois ex-parlamentares, também foram expedidas ordens de prisão preventiva contra outras três pessoas que, conforme indícios já reunidos pelos investigadores, também integram a organização criminosa. A solicitação tem como fundamentos, a garantia da ordem pública e o propósito de assegurar a continuidade das investigações bem como de impedir a ocultação de provas. Na petição, o MPF relata a existência de elementos, segundo os quais, os envolvidos praticaram, de forma continuada, os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e que, mesmo com as investigações em curso, continuam agindo para ocultar ativos no valor de mais de R$ 20 milhões que teriam sido recebidos por Eduardo Cunha. As prisões são mencionadas como uma forma de suspender a chamada atuação delitiva habitual e impedir a ocultação do produto dos crimes, “já que este ainda não foi recuperado”.

No documento, MPF cita ainda o fato de os investigados manterem contas bancárias no exterior com o objetivo de viabilizar o recebimento de propina, bem como a prática de outros crimes como a lavagem de dinheiro. No caso de Henrique Eduardo Alves, por exemplo, há relatos da existência de movimentação financeira externa entre os anos de 2011 e 2015, período em que teriam ocorrido os desvios de recursos do FI-FGTS por parte da organização criminosa.Para os investigadores, os indícios apontam para o risco de, em liberdade, os quatro estarem agindo para destruir provas do esquema criminal

Publicado por: Chico Gregorio


06/06/2017
11:59

Nome da operação que prendeu ex-deputado foi batizada de “Manus”. Ela foi deflagrada para apurar atos de corrupção na construção da Arena das Dunas

 

 

Novo Jornal

Ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves

Preso preventivamente na manhã desta terça-feira 6 pela Polícia Federal em novo desdobramento da operação Lava Jato, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB) deixou o condomínio onde mora em Natal sob vaias e xingamentos.

Em vídeo que circula nas redes sociais, populares acusam o ex-deputado federal de “ladrão” e “safado”.

O nome da operação que prendeu o candidato ao Governo do Estado em 2014 foi batizada de “Manus”. Ela foi deflagrada para apurar atos de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro envolvendo a construção da Arena das Dunas, em Natal. O superfaturamento identificado chega a R$ 77 milhões. Na mesma operação, houve também a expedição de um novo mandado de prisão contra o ex-deputado Eduardo Cunha.

Publicado por: Chico Gregorio


06/06/2017
11:51

O senador Garibaldi Alves, primo e parceiro político do ex-deputado Henrique Alves que está preso na Polícia federal, não está atendendo telefone da imprensa.

O senador tem sido procurado para falar sobre a prisão de Henrique.

Segundo sua assessoria ele está reunido e vai participar da reunião de comissões do Senado.

Toda classe política sabe que o então candidato a governador Henrique Alves fez grandes doações financeira para campanha do filho de Garibaldi, o deputado federal Walter Alves.

Publicado por: Chico Gregorio


06/06/2017
11:47

Como é a operação Manus deflagrada hoje no Rio Grande do Norte:

O secretário de Obras da Prefeitura de Natal, Fred Queiroz, também foi preso preventivamente, assim como o ex-deputado Henrique Alves (PMDB).

Um terceiro mandado de prisão foi expedido contra o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), que já está preso em Curitiba.

Mas segundo dados da operação, são 5 os mandados de prisão.

Foram conduzidos coercitivamente para depor, o publicitário Arturo Arruda, que estava em Mossoró, Eurico Alecrim e o ex-auxiliar do Ministério da Previdência, Jaime Mariz.

A produtora de vídeo Peron Filmes, em Natal, foi alvo de busca e apreensão, assim como a agência Art&C.

Mas a operação tem mais coisas a revelar:

São 5 mandados de prisão preventiva, 6 de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão nas cidades de Natal, Mossoró e Parnamirim, no Rio Grande do Norte, e Curitiba, no Paraná.

Em Curitiba é o mandado de prisão contra o já preso Eduardo Cunha.

A PF já cumpriu os 5 mandados de prisão.

Via Thaisa Galvão.

Publicado por: Chico Gregorio


06/06/2017
11:43

Do Blog de Andréia Sadi, no G1

Alves tinha livre acesso ao Planalto em agendas com Temer

Preso pela Polícia Federal nesta terça-feira (6), o ex-ministro Henrique Eduardo Alves tinha livre acesso ao Palácio do Planalto mesmo fora da equipe ministerial.

Alves se reúne com Temer, fora da agenda oficial, assim como outros ex-auxiliares e peemedebistas de confiança do presidente.

Ele foi ministro do Turismo de Michel Temer e caiu na esteira de denúncias em 2016. Alves é presença constante no terceiro andar do Palácio do Planalto, com acesso livre, inclusive, à sala da chefia de gabinete do presidente, comandada por Nara de Deus.

Há cerca de um mês, por exemplo, Alves esteve no Planalto para se encontrar com Temer.

O terceiro andar tem acesso restrito e só pode ser frequentado com autorização por se tratar do andar de onde despacha o presidente da República.

Alves era um dos principais aliados de Eduardo Cunha, também preso pela Polícia Federal.

Quando deputados, Alves e Cunha eram dos peemedebistas que frequentavam juntos os jantares no Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer.

Alves e Cunha foram presidentes da Câmara.

Publicado por: Chico Gregorio


06/06/2017
11:40

Polícia Federal fala sobre operação que prendeu o ex-deputado Henrique Alves.

Veja transmissão ao vivo:

 

Publicado por: Chico Gregorio


06/06/2017
11:36

Alvos de mandados de prisão na Operação Manus, os dois permanecerão no Estado, mas não tiveram destino revelado pela Polícia Federal

Divulgação

Henrique Alves e Fred Queiroz, presos nesta manhã

O ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB) e o secretário municipal de Obras Públicas de Natal, Fred Queiroz, alvos de mandados de prisão preventiva na manhã desta terça-feira 06 através da Operação Manus, deflagrada pela Polícia Federal no Rio Grande do Norte, permanecerão encarcerados em penitenciárias potiguares.

A informação foi confirmada pela própria Polícia Federal em coletiva de imprensa realizada nesta manhã na Superintendência da PF no Estado, em Lagoa Nova.

Segundo a corporação, o ex-deputado e o atual secretário municipal não serão encaminhados para a carceragem de Curitiba, sede das investigações da Operação Lava Jato e onde se encontra o deputado cassado Eduardo Cunha, que também foi alvo de mandado de prisão nesta terça, muito embora já esteja preso desde o ano passado.

Apesar de ter confirmado que os dois permanecerão no RN, a Polícia Federal não quis revelar para qual penitenciária eles serão realocados. Neste momento, ambos prestam depoimento na Superintendência da PF.

Agora RN

Publicado por: Chico Gregorio


06/06/2017
11:34

Ex-presidente da Câmara dos Deputados foi alvo de nova fase da Operação Lava Jato, que cumpriu diversos mandados na manhã desta terça-feira 06 em Natal, capital do Estado

henrique alves

Henrique Alves, político do RN

O ex-deputado e ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, foi preso na manhã desta terça-feira 06 em Natal pela Polícia Federal. O peemedebista foi alvo de mais uma fase da Operação Lava Jato ao lado do ex-deputado Eduardo Cunha, que já está preso em Curitiba desde o ano passado por participações no esquema de corrupção. O secretário municipal de Obras Públicas de Natal, Fred Queiroz, também foi preso nesta manhã.

O nome da operação que prendeu o candidato ao Governo do Estado em 2014 foi batizada de ‘Manus’. Ela foi deflagrada para apurar atos de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro envolvendo a construção da Arena das Dunas, em Natal. O sobrepreço identificado chega a R$ 77 milhões.

Viatura da PF em frente ao condomínio onde Henrique mora, em Natal. (Foto: Reprodução)

A investigação realizada se iniciou após a análise das provas coletadas em várias das etapas da Operação Lava Jato que apontavam solicitação e o efetivo recebimento de vantagens indevidas por dois ex-parlamentares cujas atuações políticas favoreceriam duas grandes construtoras envolvidas na construção do estádio.

A partir das delações premiadas em inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal, e por meio de afastamento de sigilos fiscal, bancário e telefônico dos envolvidos, foram identificados diversos valores recebidos como doação eleitoral oficial, entre os anos de 2012 e 2014, que na verdade consistiram em pagamento de propina. Identificou-se também que os valores supostamente doados para a campanha eleitoral em 2014 de um dos investigados foram desviados em benefício pessoal.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro. Ao todo, a Operação Manus, que é referência ao provérbio latino “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat”, cujo significado é: uma mão esfrega a outra; uma mão lava a outra, mobilizou cerca de 80 policiais federais que cumpriram 33 mandados, sendo cinco de prisão preventiva, seis de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão no RN e no Paraná.

Em 2015, o apartamento do ex-deputado peemedebista já havia sido alvo de um mandado de busca e apreensão na Operação Catalinárias. Naquela oportunidade, os investigadores iniciavam a apuração das práticas dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro em benefício de duas empreiteiras responsáveis pela construção da Arena.

Pelo fato de que o mandado contra Henrique é de prisão preventiva, não há prazo para que ele seja liberado da prisão. Sua detenção acontece para que a PF fique assegurada de que ele não irá tentar utilizar de artimanhas para obstruir as investigações que seguem sendo realizadas pelos órgãos competentes.

Um dos alvos dos mandados de busca e apreensão foi a agência de publicidade Art & C, que teve o publicitário Arturo Arruda, proprietário da agência, levado em condução coercitiva para prestar esclarecimentos à Justiça. No momento da operação, o comunicador estava na cidade de Mossoró, segunda maior do Estado, e foi localizado pelos oficiais da PF. A sede do PDMB em Natal também recebeu os agentes da Polícia Federal.

Fraudes na Caixa

Além do mandado de prisão cumprido na Operação Manus, o ex-deputado potiguar foi alvo de outro mandado horas depois, decorrente de uma investigação que apura irregularidades nas vices-presidências de Fundos e Loterias e de Pessoas Jurídicas da Caixa Econômica Federal. O colega de Henrique, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também foi alvo de mandado de prisão preventiva neste caso. A operação sobre fraudes na Caixa é mais uma etapa da Sepsis e Cui Bono. Além de Cunha e Alves, há mandado de prisão para outras três pessoas.

De acordo com o Ministério Público Federal, um dos órgãos que deflagraram a operação que apura estas fraudes no banco estatal, os investigados praticaram, de forma continuada, os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e, mesmo com as investigações em curso, continuaram agindo para ocultar mais de R$ 20 milhões que teriam sido recebidos por Eduardo Cunha. O deputado carioca está preso desde o ano passado através de outros desdobramentos da Lava Jato.

Conta na Suíça

Segundo informações divulgadas pela PF, Henrique emprestou a conta em seu nome criada na Suíça para o ex-deputado Eduardo Cunha. O mistério da conta do parlamentar no país europeu persistia desde março, quando as investigações descobriram que o potiguar havia recebido mais de R$ 2 milhões relativos a propina. Na época, Henrique disse não saber como os valores tinham ido parar na conta em seu nome.

Agora, os investigadores da Polícia Federal descobriram que o destinatário da verba, em verdade, era o deputado cassado do PMDB-RJ. A propina, ainda segundo a PF, era proveniente de desvios realizados em obras públicas da capital carioca. Desde sempre, Henrique e Cunha sempre se mostraram muito amigos e formavam uma parceria forte na Câmara dos Deputados ao lado dos demais componentes da bancada peemedebista.

Publicado por: Chico Gregorio


06/06/2017
05:53

Uma ação de reversão de bem público contra a empresa Gás Motores e o ex-prefeito e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Poti Júnior, foi ajuizada na 1ª Vara Cível da Comarca de São Gonçalo do Amarante/RN.

O motivo é um terreno de alto valor na cidade, localizado na Avenida Tomaz Landim, que foi dado pelo então prefeito Poti Júnior à empresa com a justificativa de que a Gás Motores iria gerar 45 empregos diretos na cidade, com a construção de um posto de combustível no local.

Segundo a ação ajuizada pela Procuradoria Geral do Município, além de não gerar os empregos prometidos, o posto construído no referido terreno – vale lembrar que é o metro quadrado mais caro da região, onde é a porta de entrada da cidade – foi dado ao Banco do Nordeste como garantia de dívidas da empresa Gás Motores.

Ou seja, houve um desvio de finalidade da área pública, o que acarretou um dano patrimonial ao município, que, hoje, não dispõe mais de áreas tão estratégicas para novas intervenções urbanas.

Ainda de acordo com a petição, o objetivo da reversão de doação de bem é para construção de equipamentos comunitários que venham beneficiar o povo de São Gonçalo do Amarante, em especial a comunidade de Jardim Lola.

O Ministério Público também deverá apresentar parecer sobre o caso, conforme pedido na ação judicial.

Via Anderson Souza

Publicado por: Chico Gregorio