“A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) pode estar prevaricando, da mesma maneira que o médico que nega socorro ao paciente em estado grave, ao negar ao cidadão Lula o direito de ter julgado um pedido de HC. Pelo regimento do STF, HC tem preferência nos julgamentos”, diz o jornalista Luis Nassif, no jornal GGN; “Estivéssemos em um estado de direito, Cármen Lúcia seria irremediavelmente denunciada pela suspeita de crime de prevaricação”
As reações abertamente fascistas ao assassinato de Marielle Franco, aliadas a manutenção de Jair Bolsonaro como líder isolado nas pesquisas de intenção de voto, sempre que Lula é tirado do páreo, confirmam a análise de Fernando Brito, editor do Tijolaço.
Bolsonaro, claro está, é apenas um derivado do fascismo. Não é a causa, e sim o efeito de uma opinião pública bestializada por anos de campanhas judiciais e midiáticas contra a esquerda organizada.
No período que antecedeu a ascensão do nazismo ao poder, as instâncias judiciais não precisaram se engajar nas campanhas de Hitler: coube-lhes a tarefa de criminalizar as forças de esquerda, as únicas com capacidade e organização de barrar o avanço do autoritarismo fascista.
Ao afastar Lula, através de um processo explicitamente antidemocrático e implicitamente fascista, o partido judicial (ou seria mais preciso dizer partido lavajateiro), prepara o Brasil para o que seja talvez o período mais sombrio da nossa história.