09/03/2019
08:46

Em um procedimento inédito e sigiloso, o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), suspendeu um processo em que quatro empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato haviam sido impedidas de firmar contratos com a União. A justificativa é discutir com as empresas algum tipo de cooperação formal, apesar de o órgão nem sequer poder fechar acordos de leniência, espécie de delação premiada feita por pessoas jurídicas.

Enquanto isso não ocorre, as empreiteiras Queiroz Galvão, UTC Engenharia, Techint Engenharia e Empresa Brasileira de Engenharia e Comércio (Ebec) continuam aptas a participar de licitações com entes públicos.

A Queiroz Galvão, inclusive, venceu no fim de fevereiro uma licitação no valor de R$ 430 milhões para um trecho de obras no Metrô de Salvador. Se as sanções estivessem valendo, a empresa poderia ser impedida de assumir o contrato.

A punição às empreiteiras foi decidida pelo plenário do TCU em março de 2017. O processo está relacionado a fraudes em licitação na usina nuclear de Angra 3, no Rio. O caso também rendeu sanções na esfera criminal.

Ao suspender o processo – e, por consequência, manter a idoneidade das empreiteiras –, Nardes contrariou a posição de auditores do próprio TCU, que se manifestaram em junho do ano passado pela rejeição de recurso e início da punição.

Pela sanção aplicada anteriormente pelo tribunal, as empreiteiras deveriam ficar cinco anos impedidas de contratar com a administração pública.

Em vez de enviar os recursos para julgamento, Nardes consultou a procuradora-geral do Ministério Público no TCU, Cristina Machado, sobre a possibilidade de empresas cooperarem no processo. A procuradora foi favorável. A proposta foi levada pela Queiroz Galvão e pela Techint para o ministro.

Nardes, então, incumbiu Cristina Machado de analisar em que bases esse acordo com as empresas se daria no TCU, além de quais benefícios poderiam ser concedidos. Não há prazo para que a procuradora-geral se manifeste.

Nas regras do tribunal de contas, no entanto, não existe a possibilidade deste tipo de cooperação. Pela legislação, apenas a Controladoria-Geral da União (CGU) pode firmar acordos de leniência. O Ministério Público Federal, por sua vez, também negocia colaborações de empresas com aval da Justiça.

Comparação. A conduta de aguardar uma possível colaboração antes de punir as empresas já foi criticada pelo TCU. Em 2017, o tribunal determinou que a CGU retomasse processos contra empresas implicadas na Lava Jato que negociavam acordos de leniência.

Para ministros do TCU ouvidos reservadamente pelo Estado, a corte de contas acaba de repetir o que reprovou na conduta da controladoria, com o agravante de já ter punido as empresas há dois anos.

Esses ministros argumentam que a decisão não poderia ser tomada individualmente por Nardes. Também afirmam que deveria ter sido fixado prazo para a suspensão da inidoneidade.

Segundo o Estado apurou, já há um parecer da área técnica do tribunal que desaconselha qualquer tipo de acordo sem a confissão prévia de irregularidades pelas empresas. Conforme o documento, a colaboração só poderia existir se contribuir para o ressarcimento dos danos.

Antes de retomar o julgamento sobre a punição às empreiteiras, o plenário do TCU terá de decidir sobre a possibilidade de cooperação, o que ainda depende do parecer da procuradora-geral do Ministério Público na corte de contas.

Alvo. Nardes é investigado na Operação Zelotes, em um inquérito no qual seu sobrinho já foi denunciado na primeira instância. Como tem foro no Supremo Tribunal Federal, cabe à Procuradoria-Geral da República decidir se arquiva ou se apresenta acusação formal.

O ministro do TCU é alvo também de delações em desdobramentos da Lava Jato fluminense, como a do ex-subsecretário de Transportes do Rio Luiz Carlos Velloso e a do ex-presidente da Fecomércio do Rio Orlando Diniz. Nardes nega participação em qualquer tipo de irregularidade.

COM A PALAVRA, A QUEIROZ GALVÃO

A Construtora Queiroz Galvão disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que “exerce o legítimo direito de apresentar os recursos cabíveis” nos processos de inidoneidade. Em relação ao Metrô de Salvador, a companhia disse que atendeu a todos os requisitos estabelecidos no edital de licitação que venceu. Ainda de acordo com a empresa, não há conexão entre a licitação e a sanção de inidoneidade do Tribunal de Contas da União (TCU), porque o tipo de financiamento não atrai a fiscalização da Corte.

COM A PALAVRA, A UTC

Também por meio de sua assessoria, a UTC Engenharia afirmou que “sempre colaborou, colabora e continuará a colaborar com as autoridades responsáveis pelas investigações, processos administrativos e judiciais relacionados às licitações com empresas públicas”. A empresa diz ter sido a primeira empresa do Brasil a celebrar com o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União e Advocacia-Geral da União (AGU), em meados de julho de 2017, um acordo de leniência.

COM A PALAVRA, A TECHINT E A EBEC

As assessorias da Techint e da Empresa Brasileira de Engenharia e Comércio (Ebec) não foram localizadas para comentar.

COM A PALAVRA, CRISTINA MACHADO

À reportagem, a procuradora-geral do TCU Cristina Machado disse que pretende concluir o parecer nas próximas semanas. Ela justificou a análise de uma possibilidade de cooperação como forma de ressarcir todos os danos ao erário.

COM A PALAVRA, AUGUSTO NARDES

O Estado Procurou o ministro Augusto Nardes, do TCU, para falar sobre sua decisão, mas a assessoria de imprensa do tribunal disse que ele não daria entrevista.

Estadão Conteúdo

Publicado por: Chico Gregorio


09/03/2019
08:43

Gilberto Kassab, 58, começou na política em 1989 ao participar da campanha presidencial de Guilherme Afif.

Trinta anos depois, tendo sido prefeito de São Paulo, ministro dos governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), é considerado por aliados e adversários como uma das principais “birutas de aeroporto” da política, dada sua capacidade de identificar a intensidade e a direção dos ventos.

Preocupado com a reforma da Previdência, Kassab, presidente do PSD, afirma que o governo Jair Bolsonaro (PSL) está patinando na articulação política e precisa superar a atual situação de impasse.

“As forças políticas do Congresso querem que o governo entenda que esse seu fortalecimento precisa ser compartilhado”, diz, enfatizando que não se refere ao velho “toma lá, dá cá”. “As reformas só vão acontecer se houver realmente essa integração política, essa ação política competente.”

Nomeado pelo governador João Doria (PSDB) como secretário da Casa Civil, Kassab pediu afastamento no começo do ano para se defender de denúncias pelas quais é investigado pela Polícia Federal —foi alvo de operação sob suspeita de ter recebido valores ilegais da JBS, mas nega irregularidades.

Quais suas impressões sobre o governo Bolsonaro? O governo ainda não terminou sua arrancada, mas tem compromissos que, se não os conseguir quitar rapidamente, vai começar a perder crédito e popularidade. São as famosas reformas. A principal é a da Previdência. Se não for aprovada, as consequências para o país e para o governo serão muito prejudiciais, pois estamos no limite. Mas a avaliação que faço é que o governo, neste primeiro momento, está patinando, principalmente nas articulações políticas.

O sr. teme que a reforma não seja aprovada? A votação da nova Previdência é uma questão acima de partidos e de governos. A nova Previdência vai ser votada de qualquer maneira. Será agora, a fim de evitar que o país quebre. Ou o país vai quebrar e, então, será inevitável que seja votada.

Qual é a dificuldade na articulação política? Há uma avaliação política de que o governo que fizer a reforma da Previdência ficará muito fortalecido. Esse é o desafio, as forças políticas do Congresso querem que o governo entenda que esse seu fortalecimento precisa ser compartilhado. Não na base do “toma lá, dá cá”. O governo felizmente deixou claro que essa não será sua marca, mas é evidente que precisa haver solução.

Hoje existe um impasse. Todos são conscientes da importância da votação e de que existe nova relação entre o Executivo e o Legislativo. Mas o governo tem de dar resposta para essa preocupação de quem não é totalmente alinhado. Qual será o futuro dessa parceria num governo fortalecido pela reforma da Previdência? Esse é meu sentimento. Não tenho informação. Falo mais como analista político do que como político.

A reforma pode sofrer mudanças substanciais no Congresso? Mudanças substanciais de nada adiantarão. Temos de ter reforma que traga economia para o Tesouro, para que seja possível efetivamente recuperar a estabilidade econômica do país e a capacidade de investimento do governo. Hoje essa capacidade é zero por conta do déficit previdenciário. Não é mais possível o Brasil continuar contando com essa situação.

Além dessa questão na articulação política, o sr. enxerga outros problemas? É voz comum na política que, quando existe crise palaciana, o governo tem dificuldades para ter uma boa performance. O governo Bolsonaro tem essa vantagem. Existe muita unidade no Palácio do Planalto em decorrência do fato de ter os seus principais cargos ocupados pelos generais. Com unidade e harmonia grande, o que dá internamente ao governo uma tranquilidade no comando.

Diferentemente de outros presidentes, este tem uma família de políticos, de parlamentares. Isso não gera certa instabilidade? Essa instabilidade foi mais presente no início. Com governo montado e outros pilares consolidados, não acho que a interferência seja tão grande ou tenha grande repercussão. O grande desafio é realmente a ação política.

É necessário mostrar à sociedade que aquilo que foi colocado na campanha, a nova forma de se relacionar com o mundo político, está acontecendo. Mas precisa acontecer dentro de critérios políticos. É a política que vai ditar o andamento dos trabalhos e o encaminhamento dos projetos, como em qualquer democracia. As reformas só vão acontecer se houver realmente essa integração política, essa ação política competente.

O sr. sofreu acusações do Ministério Público, que diz que recebeu mesada do grupo J&F para atender, como ministro, demandas da empresa. Temos de ter humildade para entender que o Ministério Público deve apurar qualquer denúncia e delação. Estou tranquilo em relação à minha conduta. Até o passado recente era legal pedir doação para campanha. Hoje não é mais. Algumas empresas querem confundir um pouco o Judiciário e o Ministério Público. Cabe a eles apurarem tudo.

O sr. tinha algum tipo de contrato de consultoria com essa empresa? Prestei serviços de consultoria. Tudo está muito bem documentado. Os serviços se iniciaram antes mesmo de o atual grupo controlador comprar a empresa. Está fartamente documentado. Tanto que recentemente a própria procuradora-geral sugeriu encaminhar o caso para a Justiça Eleitoral, afastando portanto a questão criminal. Mesmo na Eleitoral tudo será afastado, pois não houve irregularidade.

E os valores (R$ 301 mil) que foram encontrados em sua casa em dinheiro vivo? Essa situação se explica por conta do bloqueio dos meus bens. [Ter dinheiro em casa] era a única alternativa.

Por conta dessas acusações o sr. se licenciou da Casa Civil do governador João Doria. Pretende voltar? O cargo é do governador. Fiquei honrado por ter sido convidado. Continuo como secretário licenciado, mas para mim será uma alegria muito grande esclarecer tudo o mais rápido possível e ter tranquilidade para voltar, se for essa a vontade do governador.

Há alguns meses, Ronilson Bezerra, ex-subsecretário da Receita Municipal de São Paulo, afirmou que seu acordo de delação premiada não foi aceito pela Promotoria por ter se recusado a envolver o sr. num escândalo. Fico muito triste se isso for verdade. Denigre a imagem do Ministério Publico, que tem sido tão importante para o país. Ficou preocupado, triste e desalentado.

Folhapress

Publicado por: Chico Gregorio


09/03/2019
08:40

Foto: Reprodução/TV Globo

Seis policiais militares que respondem ao processo da operação Novos Rumos foram condenados e presos na tarde desta sexta-feira (8), em Natal. A ação foi deflagrada pela em 2015 pelo Ministério Público, no esquema que ficou conhecido como “Viatura do Mal”.

Após a condenação, os mandados de prisão foram expedidos e cumpridos nesta sexta. Os policiais presos foram levados para o Quartel do Comando-Geral da PM, na Zona Leste da capital.

Segundo o MP, os policiais envolvidos no processo recebiam propina, praticavam furtos e até praticaram tortura durante o serviço. O caso foi destaque nacional no programa ‘Fantástico’, da TV Globo.

Ao todo, quinze PMs foram denunciados pelo MP por envolvimento com atividades criminosas durante rondas realizadas na viatura 924 do 9º Batalhão da Polícia Militar, responsável pela Zona Oeste de Natal.

Os policiais militares presos na operação ‘Novos Rumos’ receberam dinheiro, queijos e até galinhas para liberar suspeitos de cometer crimes e permitir o tráfico de drogas na Região Metropolitana da capital potiguar.

As descobertas foram feitas por meio de interceptações telefônicas e escutas instaladas dentro de um carro do 9º Batalhão da PM. Um diálogo travado dentro do carro 924 foi usado pelo MP para ilustrar a série de crimes praticada pelos PMs.

Na conversa, os policiais afirmam que “honestidade não vale nada” e questionam por que eles deveriam ser honestos “se os políticos não são”. O mesmo carro, segundo o Ministério Público, foi usado para cometer os crimes de associação criminosa, tortura, corrupção passiva, receptação, furto, roubo e prevaricação entre 2014 e 2015.

Operação ‘Novos Rumos’

A operação ‘Novos Rumos’ foi deflagrada para combater crimes cometidos por policiais militares. A investigação surgiu a partir de um desmembramento da operação ‘Citronela’, cujas investigações começaram em outubro de 2014 e que foi executada no dia 25 de setembro do ano seguinte, na comunidade do Mosquito, localizada no bairro das Quintas, na Zona Oeste da capital.

A Vara da Auditoria Militar expediu 12 mandados de prisão. As ordens foram cumpridas por policiais do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) e do Batalhão de Choque da PM (BPChoque).

G1

Publicado por: Chico Gregorio


09/03/2019
08:34

 

O Estado de S. Paulo / Reprodução
Senador está na praia de Carmen, em Cancún

O filho primogênito do presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, esticou o feriado de Carnaval em Cancún, no México. Desde segunda-feira, 4, ele e a família estão hospedados no Grand Hotel Riviera Princess, que fica na praia de Carmen. O hotel, de luxo, oferece diárias a partir de R$ 1 mil.

Senador de primeiro mandato, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) não terá descontos no salário de parlamentar pelos dias em que esteve longe do Senado, porque não houve sessões após o período de Carnaval. Procurado em seu gabinete no Senado, Flávio não retornou.

Filho mais velho do presidente, Flávio viu seu nome ganhar as páginas dos principais jornais após o jornal O Estado de S. Paulo revelar movimentações financeiras atípicas de seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Em depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro, Queiroz afirmou que fazia o “gerenciamento financeiro” de valores recebidos pelos demais servidores do gabinete de Flávio. Ele apresentou defesa por escrito negando que tenha se apropriado desses valores e que os mesmos eram usados para ampliar a rede de “colaboradores” que atuavam junto à base eleitoral do parlamentar fluminense.

No depoimento, o ex-assessor afirmou ainda que, como acreditava estar agindo de forma lícita e dispunha da confiança de Flávio, “nunca reputou necessário expor” ao chefe “a arquitetura interna do mecanismo que criou”.

O ex-assessor movimentou R$ 1,2 milhão em conta bancária entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. O Coaf identificou que outros servidores do gabinete de Flávio repassaram parte dos seus salários a Queiroz, na maioria das vezes em datas próximas ao pagamento na Alerj. A suspeita do MP-RJ é de que o ex-assessor recolhia o dinheiro para si próprio ou para entregar ao então deputado estadual, hoje senador.

Publicado por: Chico Gregorio


09/03/2019
08:31

José Aldenir / Agora RN

O procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Norte, Eudo Rodrigues Leite, encaminhou à Assembleia Legislativa dois projetos de lei complementar que alteram a lei orgânica e o estatuto do Ministério Público Estadual (MPRN). As duas propostas foram publicadas na edição desta sexta-feira, 8, do Diário Oficial do Poder Legislativo.

Uma das matérias, o Projeto de Lei Complementar 007/2019, encontra resistência dentro do próprio MPRN. No mês passado, após uma consulta formulada por Eudo Leite, o Colégio de Procuradores recomendou, por dez votos a seis, que a proposta não fosse enviada à Assembleia.

A proposta do procurador-geral de Justiça acaba com a paridade entre Ministério Público e Poder Judiciário no Rio Grande do Norte. O texto determina que, mesmo que haja mudanças na organização da Justiça, a estrutura funcional do MPRN não será afetada.

Isso poderia acontecer em 2019, já que entrou em vigor em fevereiro a nova Lei de Organização Judiciária, que mudou a nomenclatura e rebaixou comarcas e criou novas varas. Como a paridade, promotores também seriam “rebaixados” e haveria diminuição nos salários. Procuradores que criticam a proposta do procurador-geral falam que a manutenção da paridade resultaria em uma economia de recursos superior a R$ 720 mil por ano.

Ao justificar o encaminhamento deste projeto, Eudo Rodrigues Leite afirma que o MPRN “não se encontra atrelado às remodelações propostas pelo Poder Judiciário”, já que tem “independência administrativa” e, por isso, não estaria sujeito às alterações funcionais no poder hoje paritário. O procurador-geral de Justiça pede, ainda, tramitação em regime de urgência e aprovação do projeto no plenário da Assembleia sem que, antes, ele passe pelas comissões legislativas.

Outra matéria enviada à Assembleia, o Projeto de Lei Complementar 006/2019 acrescenta dois artigos à legislação estadual para autorizar permuta entre membros do MPRN e de outros estados do País ou do Distrito Federal.

O principal argumento de Eudo Leite para solicitar permissão para troca de promotores e procuradores é que o caráter de “unidade” do Ministério Público em todo o Brasil seria um entendimento já pacificado, inclusive com previsão constitucional. “O artigo 93 (…) da Carta da República reconhece o direito de permuta (…) sem restrição quanto à possibilidade de movimentação horizontal entre diferentes unidades da federação”, escreveu, em mensagem à Assembleia.

Segundo o procurador-geral de Justiça, os ministérios públicos estaduais pertencem a um “Ministério Público Nacional”. Prova disso, ele explica, seria o teto remuneratório da categoria, que vale para os órgãos de todo o País, sem distinção entre os MPs estaduais. Um benefício da permuta seria, por exemplo, a possibilidade de remover de determinado estado membros do Ministério Público que estejam ameaçados de morte em razão da atividade que exercem.

O PLC 006/2019 estabelece diversas regras para a permuta entre membros do MPRN e outros estados. Entre elas, está a proibição de permuta para aqueles que tenham sido condenados em processo administrativo disciplinar há menos de um ano. É vetada, ainda, a concessão de ajuda de custo para permutantes.

Além disso, o membro do MPRN que quiser mudar para outro estado não poderá fazer nova solicitação antes de completar dez anos de atuação no Rio Grande do Norte, a não ser por grave razão, a ser considerada pelo Gabinete de Segurança Institucional. Por fim, entre outras normas, permutantes só podem se aposentar dois anos após a troca de estados.

Quanto à situação previdenciária, o projeto prevê que é de responsabilidade dos ministérios públicos nos estados fazerem as “comunicações pertinentes” para que haja a compensação previdenciária entre os sistemas de previdência de cada região. No fim das contas, a contribuição previdenciária deve ficar com o órgão onde o membro do Ministério Público atuar por último e por lá se aposentar.

Publicado por: Chico Gregorio


08/03/2019
11:44

Aliado de Bolsonaro na Paraíba diz que presidente deveria esquecer as redes sociais e se voltar para temas de interesse da nação

As postagens polêmicas feitas pelo presidente da República Jair Bolsonaro (PLS), com conteúdo heródico seguido da frase “só existe democracia se as forças armadas assim o quiserem” tem dividido a população, afetado a imagem do “mito” e gerado discórdia entre os próprios aliados.

Aliado de Bolsonaro na Paraíba diz que presidente deveria se ater mais com temas nacionais e evirar polêmica em redes sociais que chama a atenção da imprensa e desvia o foco dos assuntos relevantes de interesse da nação.Aliado do presidente na Paraíba, o deputado estadual Moacir Rodrigues (PSL), evitou entrar na polêmica mas deixou claro que o presidente deveria diminuir o uso das redes sociais, e se voltar mais para temas de interesse na população. Moarcir disse que o Brasil vive um momento novo de expectativa e mudanças de mentalidades, e que é preciso aproveitar o momento para trazer a tona os grandes temas de relevância nacional como a questão da reforma previdenciária que tramita no Congresso Nacional, o pacote de anticrime também, e, principalmente, o Plano Nacional de Recursos Hídricos.

“Eu acho que o Brasil tem assuntos mais sérios para ser discutidos. A mídia está dando importância a uma simples postagem. No carnaval essa depravação é normal no Brasil.. O carnaval é uma festa popular que enaltece a nossa diversidade, mas infelizmente existem muitos excessos. Temos assunto mais importante para se debatido no Brasil. Agora foi criado esse hesterismo desnecessário.

Nas entrelinhas, ele deixou transparecer que o presidente foi infeliz ao fazer a postagem criticando um dos aspectos do carnaval, e que deveria ter aproveitado o momento para propor um debate sobre os temas que realmente interessam a população.

O parlamentar observou que a imprensa fez um super exploração do tema, como forma de desviar o foco dos problemas que realmente afetam os brasileiros e que necessitam da intervenção urgente do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

PB Agora

Publicado por: Chico Gregorio


08/03/2019
11:32

Presidente mostra páginas da cartilha com textos e ilustrações sobre sexo seguro Foto: Reprodução
Presidente mostra páginas da cartilha com textos e ilustrações sobre sexo seguro Foto: Reprodução

RIO — O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem, em transmissão ao vivo em uma rede social, que vai reeditar a “Caderneta de saúde da adolescente”, impressa pelo Ministério da Saúde para meninas de 10 a 19 anos, para retirar informações que considera inadequadas ao público-alvo. Enquanto o novo modelo não chega, Bolsonaro sugere que os pais rasguem as páginas onde estão as ilustrações mais incômodas, dedicadas a explicações sobre educação sexual.

Uma página exibida por Bolsonaro tem seis desenhos sobre como usar a camisinha masculina, desde a abertura de sua embalagem ao modo como deve colocá-la e, depois da relação sexual, retirá-la do pênis e jogá-la no lixo. Outra página explica como as adolescentes devem introduzir a camisinha feminina.

O presidente também mostra para a câmera uma folha onde há o desenho de uma vulva, destacando as suas divisões. O texto também detalha como deve ser feita a higiene íntima da genitália.

Outra página destacada pelo presidente, intitulada “Conversando sobre sexualidade…”, tem a ilustração de três casais de jovens. Segundo o texto, “é na adolescência que também se inicia o interesse pelas relações afetivas e sexuais. Por isso, é normal que os adolescentes manipulem o próprio corpo (masturbação) em busca de sensações prazerosas”.

Folheando a caderneta, Bolsonaro destaca que ela foi feita durante o governo Dilma Rousseff e foi impressa “em grande quantidade”.

— São 40 páginas, tem muitas informações boas, precisas, mas o final dela fica complicado, no meu entendimento. Se você, pai ou mãe, achar que não, é direito teu — ressalta o presidente, ao lado dos generais Otávio Rêgo Barros, porta-voz do governo, e Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional. — Então, é uma sugestão. Quem tiver a cartilha em casa, dá uma olhada porque vai estar na mão dos seus filhos, e, se você achar que é o caso, tira essas páginas que tratam desse tipo de assunto.

Bolsonaro, então, disse que discutiu o assunto com o ministro da Saúde, Luiz Mandetta:

— Expus o problema e então a solução, a decisão que ele tomou: vai fazer uma nova cartilha, com menos páginas, mais barata, sem essas figuras aqui no final, e vamos rapidamente distribuir, recolher essas anteriores.

Prevenção de doenças

Especialista em reprodução humana, Georges Fassolas avalia que rasgar a caderneta ou suprir informações é um “retrocesso” e priva os adolescentes de “informações fundamentais” para seu desenvolvimento sexual.

— Estamos em um mundo onde há muitos problemas relacionados a gravidez na adolescência e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), e isso seria de fácil prevenção caso houvesse uso de preservativos. É difícil explicar esse processo sem ter uma figura — pondera Fassolas, que é diretor da Clínica de Reprodução Humana Vivitá. — Não podemos desprezar um conteúdo tão importante devido a questões moralistas sobre órgãos sexuais.

A opinião é endossada pelo ginecologista Thomaz Gollop, professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí e membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia:

— No momento em que se retira da cartilha um material que fala sobre educação sexual, infringem-se princípios básicos de saúde — argumenta. — O preservativo tem uma função importante para a prevenção às DSTs. Como vamos ser a favor de não prevenir doenças? A educação sexual integra o processo educativo de qualquer indivíduo. Não sabemos o alcance da difusão dessa caderneta, mas ainda que seja limitado, qualquer processo nessa direção é absolutamente benéfico.

Mestre em Psicologia Comportamental pela UnB, Kenia Xaxito também reprova a retirada de informações sobre educação sexual da caderneta:

— O adolescente precisa ter referências embasadas, didáticas, que usem uma abordagem direta mas que não sejam vulgares. Tirar de circulação um conteúdo bem feito, como o disponibilizado pela caderneta, é uma atitude desnecessária.

Via O Globo.

Publicado por: Chico Gregorio


08/03/2019
11:18

Via Esmael Morias.

As mulheres representam mais de 50% da população em idade ativa, mas continuam a ocupar a menor fatia do mercado de trabalho brasileiro. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, nos últimos dois trimestres, mostram que o percentual de mulheres em idade de trabalhar era de 52,4% em todo o país, mas apenas 45,4% estavam entre a população ocupada e 50,7% entre a desocupada. 

Leia mais

Publicado por: Chico Gregorio


08/03/2019
11:13

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Combustíveis 
O natalense levou um susto com o salto nos preços dos combustíveis, dois dias antes da festa de momo começar. A gasolina subiu 10% e o álcool mais que 12% dos valores que vinham sendo praticados.
Os motivos do aumento? Talvez o Ministério Público possa um dia esclarecê-los.
Aliás… 
Ainda sobre o assunto combustíveis, em uma passada rápida por João Pessoa, no fim de semana, pude constatar que o pessoense está bem mais feliz que nós natalenses, com a honestidade nos preços dos combustíveis. Lá são os mesmos praticados por aqui antes dos aumentos.
Via Rosalie Arruda.

Publicado por: Chico Gregorio


08/03/2019
11:04

O segredo de Justiça que guardava a sete chaves os trâmites para a saída do ex-presidente Lula para velar seu neto Arthur caiu nesta quarta-feira (6). O documento que registra a decisão da juíza substituta Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, ao deferir o pedido da defesa de Lula, deixa claro os bastidores do drama e revela o que os Jornalistas Livres já haviam adiantado durante o cobertura do velório: Lula não é um preso comum.

Pressionada entre um parecer assinado por cinco procuradores, entre eles Deltan Dallagnol, coordenador da Lava-jato em Curitiba, que se apressou em reproduzir a decisão do ministro do STF, Dias Toffoli na ocasião da morte do seu irmão Vavá no final de janeiro; o potencial de comoção pública que a morte trágica do menino; e uma carta branca da Polícia Federal que garantia a segurança de Lula e a “ordem” social no local do velório, a Juíza cedeu aos apelos de Lula, seu advogado e o Partido dos Trabalhadores, representado por sua presidenta, a deputada federal Gleisi Hoffmann.

A CHANTAGEM FOI CLARA: PARA QUE O SENHOR DE 73 ANOS, EXERCESSE O DIREITO DE ESTAR PRESENTE AO VELÓRIO DE SEU NETINHO DE 7 ANOS ERA PRECISO GARANTIR QUE LULA E O PT NÃO FARIAM NENHUM APELO POR MANIFESTAÇÕES POPULARES DE CARINHO E APOIO AO PRESIDENTE. A PRÓPRIA JUÍZA SUBSTITUTA NARRA NO DOCUMENTO UMA CONVERSA NESTE SENTIDO.

Diante das garantias dadas por Lula, um avô que “desabava em prantos“ há poucas horas – como registrou a própria mídia empresarial –  de seu advogado e do seu partido, obviamente preocupados com a saúde física e psicológica que a impactante noticia  poderia causar em alguém usurpado de sua liberdade, a juíza cedeu. Contrariou inclusive o parecer de Dallagnol que não previa a chegada do ex-presidente mais popular do Brasil ao Cemitério Jardim das Colinas, em São Bernardo do Campo.

O DOCUMENTO É ESTARRECEDOR E REFORÇA A TESE DE QUE LULA ESTÁ ARBITRARIAMENTE SEQUESTRADO PELO PODER JUDICIÁRIO DO PAÍS POR UMA CONDENAÇÃO SEM CRIME E SEM PROVAS APENAS PARA IMPEDI-LO DE EXERCER SUA LIDERANÇA POLITICA CONTRA O CONDOMÍNIO QUE TOMOU O PODER DESDE O IMPEACHEMENT DA PRESIDENTA DILMA EM 2016.

Se por um lado poderíamos supor  que a Policia Federal tenha sido condolente com o ex-presidente que mais investiu na instituição, garantindo-lhe a devida proteção do Estado e o pleno exercício de seu direito em velar o neto,  quem esteve presente nas exéquias viu o espetáculo pavoroso de violência e humilhação que Lula e seus familiares foram submetidos.

Homens fortemente armados chegaram a violar até a sala em que o corpo do menino estava presente, mesmo muito antes da chegada do avô. Um show deprimente.

O momento só não foi mais triste porque Lula ainda guarda o carinho de milhões de brasileiros. Alguns destes burlaram a falta de informação sobre a movimentação que faria para deixar claro que Lula não esta só.

Para estes Lula desobedeceu o delegado que o acompanhava, a juíza e o MP, e, mesmo cercado de armamento pesado e na mira de homens fardados, subiu no carro e acenou. Disse tudo o que podia dizer.

Aparentemente o  processo aberto hoje não traz nada de novo, além de reforçar a ideia de que Lula é um preso político do Estado brasileiro. Mas revela nas entrelinhas a responsabilidade de iniciativas próprias dos movimentos sociais e dos coletivos e de todos os comprometidos com a democracia, na luta pela liberdade de Lula. Esperar de Lula e unicamente do PT este chamado pode não ser só improdutivo, mas perigoso para a vida do ex-presidente.

Do Jornalistas Livres

Publicado por: Chico Gregorio


08/03/2019
10:56

A imagem pode conter: 2 pessoas, incluindo Rômulo Targino Dos Santos, pessoas sentadas
Faleceu nas primeiras horas desta sexta-feira (08), no Hospital Rio Grande, antigo Hospital Center, em Natal, o caicoense Alvévio Clemente Filho, o Tevi Clemente. Tevi teve problemas de saúde em Caicó, foi encaminhado ao Hospital Regional e após seu quadro se agravar, foi transferido para Natal, há 15 dias. Segundo familiares, ele estava com suspeita de um Câncer no pulmão.
Tevi foi funcionário do Banco do Brasil, agência de Caicó, tinha um grande laço de amizades e pertencente a uma família tradicional na cidade. O velório vai ser na Funerária Santa Clara e o sepultamento ocorrerá neste sábado (09), às 9 horas, após missa de corpo presente.
Na foto, à direita de óculos escuros, ao lado de Rômulo Targino e o deputado estadual Hermano Morais.
Via Luciano Vale.

Publicado por: Chico Gregorio


08/03/2019
10:49

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher comemorado nesta sexta (8), uma Sessão Solene será realizada na Câmara de Vereadores de Parelhas.

Durante a Sessão duas palestras serão realizadas com o Tema: A reforma de Previdência e seus impacto na vida da mulher trabalhadora com Drª. Francimara (Advogada) e Empoderamento feminino com Christiane Dantas (Psicícologa).

A sessão terá início as 19hs.

Via Marcos Silva,

Publicado por: Chico Gregorio


08/03/2019
10:36

Publicado por: Chico Gregorio


08/03/2019
10:28

FOTO: FELIPE ALECRIM/IGARN

O interior do Rio Grande do Norte está entrando na sua quadra invernosa. Os mananciais potiguares, em algumas regiões, já começaram a ter aumento de volume. Entre os 45 reservatórios monitorados pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), que possuem capacidade superior a cinco milhões de metros cúbicos, a estimativa definida pelo setor de monitoramento é que, seguindo a perspectiva de um inverno dentro do normal, as reservas hídricas superficiais possam terminar o período de chuvas com, aproximadamente, 50% do total que conseguem acumular, que é de 4,411 bilhões de metros cúbicos.

O diretor-presidente do Igarn, Caramurú Paiva, ressalta que caso se confirme uma quadra invernosa dentro da normalidade e os reservatórios atinjam os 50% das reservas hídricas superficiais totais, o estado do Rio Grande do Norte atingirá sua melhor situação de abastecimento desde 2013, quando, ao final do inverno no interior, acumulou 45,01% da capacidade total das bacias hidrográficas. “Em 2014, acumulou 39,93%; em 2015, 26,99%; em 2016, 20,18%; em 2017, 17,72%; e 2018, 31,50%”, relembra o diretor.

Com relação aos principais reservatórios estaduais, a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, com capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos, atualmente acumula 495,745 milhões de m³, em termos percentuais, 20,66% de sua capacidade. No início de março de 2018, a ARG acumulava 284,986 milhões de m³, ou apenas 11,87% de máximo que consegue acumular.

Já a barragem Santa Cruz do Apodi, com capacidade para 600 milhões de metros cúbicos, atualmente acumula 133,582 milhões de metros cúbicos. No mesmo período do ano passado estava com 13,84%, o que corresponde a 82,978 milhões de metros cúbicos.

Outro grande reservatório, Umari, que possui capacidade para 292 milhões de metros cúbicos, atualmente acumula 97,899 milhões de metros cúbicos. No mesmo período do ano passado estava com 13% de sua capacidade, 39,230 milhões de m³.

Atualmente, 7 reservatórios estão em volume morto, o que corresponde a 15,55% do total de açudes monitorados. Já os completamente secos são 8, em termos percentuais, 17,77%. No início de março de 2018, 17 mananciais estavam em volume morto e 15 secos.

Situação das lagoas

A lagoa de Extremoz, responsável pelo abastecimento de parte da zona norte da capital, está com 7,350 milhões de metros cúbicos, ou 66,38% do seu volume máximo que é de 11 milhões de metros cúbicos. Já a lagoa do Bonfim, que atende à adutora Monsenhor Expedito, 43,350 milhões de m³, ou 51,44% do seu volume total. A Lagoa do Jiqui permanece com 100% da sua capacidade.

Publicado por: Chico Gregorio


08/03/2019
07:58

Apenas 18% das prefeituras paraibanas são ocupadas por mulheres

A participação da mulher na política ainda é pequena na Paraíba. Dos 223 municípios, apenas 40 (18%) são comandados por prefeitas, das 36 cadeiras no Parlamento Estadual só quatro são ocupadas por mulheres (11%) e das 15 vagas no Congresso Nacional, o Estado conta com apenas duas representantes femininas. Dos 2.560 cargos eletivos, apenas 15% são ocupados por mulheres.

Os dados foram apresentados pela deputada estadual Camila Toscano (PSDB), presidente da Comissão dos Direitos da Mulher na Assembleia Legislativa (ALPB). Ela informa que a discussão desse tema e do aumento dos casos de feminicídio integram a programação de debates em alusão ao Dia Internacional da Mulher dentro do legislativo.

As discussões dentro da Comissão, conforme destacou Camila, terão o objetivo de incentivar a reflexão sobre como a mulher pode contribuir para o fortalecimento da democracia através da participação da política, além de debater soluções para minimizar a violência contra as mulheres e encontrar soluções mais efetivas para punir agressores e feminicidas.

Via PBAgora

Publicado por: Chico Gregorio