11/09/2019
06:30

Com Orçamento estrangulado e sem recursos para bancar sua parte nos subsídios do Minha Casa Minha Vida, o governo recorreu ao FGTS para que o fundo, formado com os recursos da poupança forçada dos trabalhadores, banque a totalidade das subvenções das faixas 1,5 e 2 (destinadas às famílias com renda de até R$ 4 mil). A medida tem potencial de destravar R$ 26,2 bilhões em investimentos do programa.

Por regra, o FGTS paga 90% da subvenção para a compra do imóvel, enquanto os outros 10% são bancados com recursos da União. O subsídio é concedido por meio de um desconto no valor da residência e por juros mais baixos do que os praticados nas outras linhas. Quando falta recursos no caixa do governo federal, porém, a União não paga a parte dela, o que acaba travando a operação, já que a Caixa não autoriza empréstimos só com a parte do FGTS.

Na terça-feira, o Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), responsável pelo programa, publicou uma portaria, em edição extra do Diário Oficial da União, para deixar explícito que o FGTS pode bancar 100% dos subsídios das faixas 1,5 e 2 quando acabar o dinheiro da União reservado para esse fim. “Vários empreendimentos estão prontos. Isso vai ativar a economia, com a injeção de recursos. O mercado vai voar”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto.

A medida vale até o fim de 2019, mas o ministro disse que há estudos para estender a iniciativa para o ano que vem. Com o aperto no Orçamento de 2020, a avaliação do ministro é que, se o FGTS puder bancar sozinho os subsídios para as faixas superiores do programa, sobram mais recursos para a faixa 1, que atende a famílias com renda até R$ 1,8 mil e depende dos recursos da União. Como o Estado já mostrou há atrasos no pagamento das construtoras, levando à paralisia do programa.

Alerta

O governo limitou a R$ 450 milhões o subsídio para as famílias das faixas 1,5 e 2 neste ano, dinheiro que já acabou. Apesar de a portaria anterior deixar implícita a possibilidade de o FGTS bancar 100% do subsídio, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, alertou o ministro que não poderia liberar as contratações por falta de segurança jurídica para usar o fundo no pagamento de todo o subsídio. Era preciso uma norma para deixar explícita a autorização. As contratações ficaram em compasso de espera até que houvesse uma solução para os 10% da União.

O ministro se reuniu nesta terça-feira, 10, com Guimarães para alinhar o texto da portaria e fechar os últimos detalhes. “Isso destrava. Já aportamos os R$ 450 milhões (do limite), não precisa aportar mais nada. A partir de amanhã (hoje), a Caixa libera as novas contratações. O mercado pode respirar aliviado”, disse Canuto.

Do dinheiro que será liberado, R$ 21,3 bilhões são em financiamentos e R$ 4,9 bilhões são em subsídios às faixas 1,5 e 2. Esses são os limites restantes dentro do orçamento aprovado pelo Conselho Curador do FGTS para 2019.

Segundo o ministro, os financiamentos serão liberados por ordem cronológica. “Quem chegar primeiro vai conseguir os financiamentos. As construtoras e incorporadoras vão trabalhar para conseguir”, disse.

O impacto na economia será significativo, segundo Canuto, porque vai melhorar o fluxo de caixa das empresas do setor da construção. Com o rendimento de um empreendimento, elas poderão construir novas unidades. O MDR estima para cada R$ 1 bilhão liberado, são gerados ou mantidos 20 mil postos de trabalho. Com a injeção de recursos prevista, seriam 524 mil vagas.

Para o FGTS, não haverá impacto adicional. O mesmo orçamento já aprovado para as faixas 1,5 e 2 vai bancar a parcela maior do subsídio. Para isso, haverá ajuste no número de unidades. A faixa 1,5 do programa concede um subsídio de até R$ 47,5 mil na compra da casa própria. Na faixa 2, esse benefício é de até R$ 26 mil.

O ministro admitiu que a maior dificuldade do governo tem sido bancar os gastos com a faixa 1, em que 90% do custo do imóvel é pago pela União.

R$ 2,71 bi para o programa

A proposta orçamentária para 2020 reserva apenas R$ 2,71 bilhões para o Minha Casa Minha Vida, metade da dotação prevista para este ano. O dinheiro deve ser usado apenas para honrar as obras já em andamento, sem novas contratações. O programa habitacional chegou a receber R$ 20 bilhões em 2015.

A restrição existe porque o espaço no Orçamento está menor para as chamadas despesas discricionárias, que incluem custeio da máquina e investimentos. O avanço acelerado de gastos com salários, benefícios previdenciários e sociais tem deixado uma folga menor no teto de gastos.

O Ministério do Desenvolvimento Regional teve para 2020 um dos maiores cortes nas despesas discricionárias, que podem ser alocadas com maior liberdade e contemplar investimentos. A redução foi de 27,1% em relação à previsão para 2019, somando R$ 6,56 bilhões.

ESTADÃO CONTEÚDO

Publicado por: Chico Gregorio


11/09/2019
06:29

Na primeira semana da volta aos trabalhos depois do recesso de verão no Congresso americano, a Amazônia foi tema de duas iniciativas. O deputado democrata Peter DeFazio propôs uma lei para proibir a importação de determinados produtos brasileiros e também a negociação de um acordo de livre comércio com o país. Já em uma audiência na Comissão de Relações Exteriores, os deputados trataram da crise na Amazônia, focando nas relações entre o governo Trump e o governo Bolsonaro e no papel da China no desmatamento .

O projeto de lei de DeFazio fala em barrar a importação de carne, soja, couro, madeira, açúcar, tabaco, papel, milho e petróleo do Brasil. O texto menciona também proibir que o representante de Comércio americano leve adiante negociações de um acordo de livre comércio com o país, devido à “falha do governo do Brasil em combater agressivamente os incêndios na Floresta Amazônia e o desmatamento”.

A proposta, que tem o apoio de outros 14 congressistas, prevê também a suspensão de assistência militar ao país.

— O presidente Jair Bolsonaro acredita que pode agir impunemente e acelerar a destruição da floresta amazônica e ele precisa saber que há consequências no mundo real para suas ações imprudentes — diz DeFazio.

O encarregado de negócios da embaixada do Brasil em Washington, embaixador Nestor Forster Jr., afirma que esse tipo de iniciativa pode se voltar contra o próprio objetivo de combater o desmatamento. Para ele, punir as empresas que conseguem chegar ao mercado americano é punir o setor da economia que tem o maior índice de comprometimento com a legislação ambiental.

— Eles têm mais condição para isso [obedecer a legislação ambiental], eles têm maior escala pra isso, eles têm equipamento, então cada vez que se coloca uma barreira dessas, o protecionismo disfarçado de meio ambiente, acaba se prejudicando o objetivo que se pretendia alcançar. Então, o que que ficou evidente? A gente quer estímulos, a gente quer premiar quem protege.

Audiência mais amena

Na audiência na Câmara dos Representantes, o tom foi mais ameno e menos combativo com relação às ações a serem tomadas pelos Estados Unidos. Os deputados presentes — quatro democratas e três republicanos — questionaram três especialistas convocados sobre temas prioritários da política externa americana que vão além do meio ambiente, como comércio com a China e a aproximação de Trump do governo Bolsonaro de um modo geral.

O deputado democrata Albio Sires, presidente da subcomissão que convocou a audiência, por exemplo, disse que a ideia não é apontar culpados ou legislar sobre o Brasil, e sim “descobrir o que podemos fazer trabalhando juntos para ajudar a parar o desmatamento”.

— Você não pode só dizer ao governo ‘faça isso, faça aquilo’, precisa ser uma abordagem de dar e receber e isso levará a algum tipo de entendimento.

Sires citou a questão do aumento da venda de soja brasileira à China em decorrência da guerra comercial entre o país asiático e os Estados Unidos. O republicano Ted Yoho focou na questão da importação de madeira ilegal pela China, apesar de o diretor de políticas da International Conservation Caucus Foundation, Bill Millan, afirmar que não tem conhecimento de que essa madeira seja exportada do Brasil.

Para o republicano Francis Rooney, a ideia é discutir como equilibrar o impacto positivo que a Amazônia tem nas mudanças do clima e no mundo “sem prejudicar as capacidades dos brasileiros de desenvolverem seu país”, citando a possibilidade de criação de “certificados verdes”.

O GLOBO

Publicado por: Chico Gregorio


10/09/2019
11:42

Resultado de imagem para fotos do padre jocimar dantas
Informações recebidas da cidade de Jardim do Seridó, dão conta de que caso o ex-prefeito Padre Jocimar Dantas, não deseje concorrer ou tenha algum impedimento, tem pelo menos dois nomes do seio familiar que estariam sendo preparados para a disputa municipal,  com amplas condições de vencer o atual prefeito da cidade Amazan Silva.
Uma  das estratégias do padre Jocimar seria lançar um nome com forte vinculação a zona rural, setor esse, que anda esquecido do gestão atual, apresentando uma forte rejeição ao nome de Amazan. Uma segundo estratégia seria lançar nome de uma jovem com forte influência na cidade, como também na zona rural, pois é descendente da família ligada a agropecuária. De uma coisa, ninguém tem dúvidas, ou o padre Jocimar  sendo o candidato ou  que ele apoiar, o atual prefeito Amazan não terá uma reeleição fácil pela frente.

Publicado por: Chico Gregorio


10/09/2019
11:16

A deputada federal pelo PT do estado do RN, Natália Bonavides, usou as redes sociais para declarar que o vereador do rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro fala a verdade. O projeto do  Bolsonaro, junto com os ministros Sérgio  Moro e Paulo Guedes é incompatível com a democracia.

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Publicado por: Chico Gregorio


10/09/2019
10:54

Circula nas redes sociais uma foto de um menino segurando um livro intitulado “Filhos de Pais Maconheiros”. Na legenda, é dito que a foto foi tirada na Bienal do Livro, no Rio de Janeiro. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:

Bienal do livro … ou deveríamos dizer bienal do lixo … 👇👇👇. Estão mesmo querendo acabar com as crianças … !!!!”
Legenda de imagem publicada no Facebook, que, até as 17h30 do dia 9 de setembro, tinha sido publicada por mais de 200 pessoas

FALSO

A foto analisada pela Lupa é uma montagem. O título do livro mostrado foi digitalmente alterado. A capa com o desenho de um homem em posição de meditação é de uma obra chamada “Budismo em Quadrinhos para Principiantes” (no inglês, Buddha for Beginners). O livro, de fato, é de Stephen T. Asma – o nome do autor foi mantido na montagem. A obra foi publicada em português pela editora Pensamento em 2012.

Asma é professor de filosofia no Columbia College, em Chicago, nos Estados Unidos. Não há, na sua bibliografia, nenhum livro intitulado “Filhos de Pais Maconheiros” ou similar.

Publicado por: Chico Gregorio


10/09/2019
10:44

Os cortes no orçamento da Educação que levaram a CAPES a suspender todas as bolsas de pesquisa no país em 2019 congelaram 167 financiamentos na UFRN. Por enquanto, as pesquisas continuam sendo realizadas pelos estudantes, mas caso haja desistência ou o aluno defenda sua tese ou dissertação, a bolsa não poderá ser repassada para outra pessoa, como geralmente acontece. Isso ocorre porque a bolsa pertence ao programa de pesquisa, e não ao estudante.

Os cortes da CAPES atingiram 5.613 bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado em todo o Brasil.

O pro-reitor de pós-graduação da UFRN Rubens Maribondo explicou que, pelo calendário da universidade, até o final do ano 25 bolsas serão suspensas em razão da conclusão do curso pelos estudantes. Ele avalia que, ao menos até agora, a situação está sob controle. Porém, caso o governo Bolsonaro mantenha a política de congelamento das bolsas, o problema se agrava:

“Se isso prevalecer no ano que vem o desastre será muito grande”, diz.

A partir de 2020, estarão sob risco quase 300 bolsas de mestrado e 25% dos financiamentos de doutorado pela CAPEs

A UFRN trabalha com uma previsão de rotatividade das bolsas nos meses de fevereiro, março, junho e julho:

“A CAPES envia as bolsas para os programas e são repassadas aos alunos em função dos méritos acadêmicos deles. Quando um aluno desiste, é reprovado ou defende sua dissertação, a bolsa é cancelada e outro aluno passa a recebê-la. Então, todos os programas têm uma fila. Quando esse congelamento acontece, eu não tenho como repassar a bolsa para ninguém. Não posso mudra o CPF”, explica.

Das 167 bolsas congeladas atualmente na UFRN estão incluídos mestrado e doutorado.

“O impacto hoje não é tão grande porque as pesquisas estão acontecendo. Mas é muito pequena a possibilidade algum aluno novo conseguir uma bolsa esse ano”, afirma.

Questionado como tem visto a política de cortes do MEC, o pro-reitor acredita que o problema é apenas orçamentário, e não politico:

– É um ato em função de orçamento, não acho que exista política de cortar. O que existe é uma não priorização do sistema de pós-graduação. Há um relatório da Clarivate divulgado recentemente que fez um ranking sobre a produção de ciência no Brasil a partir dos índices de citação. A UFRN foi a única universidade do Nordeste a ficar entre as 9 primeiras. Quando tiro esses alunos da dedicação integral do seu mestrado e o doutorado, a qualidade cai consideravelmente”, afirmou.

Via SaibaMais.

Publicado por: Chico Gregorio


10/09/2019
10:34

Para Florestan Fernandes Jr., do Jornalistas pela Democracia, “a cada dia que passa ficam mais claras as semelhanças entre o governo do capitão e dos ditadores da América Central alçados ao poder no século passado pelo serviço de inteligência norte-americano”. “No submundo da ditadura cubana pró-EUA os negócios lucrativos estavam nas mãos das máfias em Havana, que dominavam os jogos de azar, a prostituição e o tráfico de drogas. No Brasil de Bolsonaro o submundo do crime é controlado pelas milícias que atuam nas periferias do Rio de Janeiro”, compara

Por Florestan Fernandes Jr., para o Jornalistas pela Democracia – A cada dia que passa ficam mais claras as semelhanças entre o governo do capitão e dos ditadores da América Central alçados ao poder no século passado pelo serviço de inteligência norte-americano. Entre estes estão os Somozas, na Nicarágua, Manuel Noriega, no Panamá, e Fulgencio Batista, em Cuba.

Todos contaram com apoio incondicional do governo dos Estados Unidos e para ele trabalharam incansavelmente. Um deles, o coronel Fulgencio Batista, chegou a ser presidente eleito antes de se tornar ditador nos anos 1950. Seu governo autoritário suspendeu a Constituição do país, estabeleceu a pena de morte e revogou as liberdades políticas, entre elas o direito de greve.

Qualquer semelhança com o nosso capitão não é mera coincidência. Os apoiadores de Bolsonaro também defendem abertamente atentados à democracia. Querem, entre outras medidas, que seu líder feche o Congresso e o STF. O próprio filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, chegou a dizer publicamente que para o governo fechar o Supremo bastava um soldado e um cabo. Também como Batista, Bolsonaro conta com apoio dos latifundiários. Em Cuba eles plantavam apenas fumo e cana de açúcar, no Brasil criam gado e plantam soja e algodão.

Na Cuba de Batista, a economia estagnada ampliou a pobreza, aprofundando ainda mais as desigualdades sociais. Algo que também vem ocorrendo de maneira devastadora em nosso país.  O governo de Batista transferiu para multinacionais americanas o patrimônio e o direito de exploração de propriedades pertencentes ao Estado cubano.

Algo bem parecido com a privatização em marcha de grandes empresas, como Petrobras e Banco do Brasil, e concessões públicas de aeroportos, portos e ferrovias. Tudo está pronto para ser entregue, até mesmo os santuários da biodiversidade, como a Floresta Amazônica, os Lençóis Maranhenses e o Pantanal.

No submundo da ditadura cubana pró Estados Unidos os negócios lucrativos estavam nas mãos das máfias em Havana, que dominavam os jogos de azar, a prostituição e o tráfico de drogas. No Brasil de Bolsonaro o submundo do crime é controlado pelas milícias que atuam nas periferias do Rio de Janeiro. Controlam parte do tráfico, a prostituição e os negócios imobiliários clandestinos.

Alguns estão tão bem de vida que moram no mesmo condomínio do presidente. Outros tinham parentes empregados nos gabinetes dos filhos do capitão.  Bolsonaro não suporta críticas e tem atacado com frequência os jornalistas que cobrem o Planalto. A Secom em sua gestão cortou receitas dos jornais impressos e redirecionou as verbas publicitárias das grandes redes de televisão.

No poder, Batista impôs censura aos meios de comunicação, perseguiu jornalistas e utilizou o aparelho repressivo para torturar e matar opositores. Tudo no melhor estilo das ditaduras do Cone Sul dos anos 1960/1980, enaltecidas pelo capitão presidente.  Sobre a subserviência de Cuba aos EUA o ex-embaixador americano na ilha, Earl Smith, disse: “Sempre que eu pedia ao presidente Batista o voto de Cuba para apoiar os Estados Unidos nas Nações Unidas, ele instruía seu ministro das Relações Exteriores a que a delegação cubana votasse de acordo com a Delegação dos Estados Unidos e a dar total apoio à delegação americana nas Nações Unidas”.

Bolsonaro inovou. Pretende hoje colocar na Embaixada do Brasil em Whasignton o próprio filho, uma espécie de garoto de recados do governo Trump. Pelo menos em um ponto concordo plenamente com o discurso de Bolsonaro, o Brasil corre mesmo o sério risco de virar uma Cuba: a do coronel Fulgencio Batista.

Publicado por: Chico Gregorio


10/09/2019
10:27

Título de eleitor é mais ou menos como apólice de seguro. O cidadão usa pouco. Mas gosta de saber que ele está na gaveta, vigente, pronto para ser usado em caso de desastre. Agora mesmo, quando parecia que tudo estava bem —o presidente assistindo ao seriado do Chaves no hospital, o vice bem-comportado, o inquérito do Queiroz trancado, nenhuma acusação nova contra o Zero Um, o Flamengo no topo da tabela— ressurgem no horizonte os cavaleiros do Apocalipse do clã Bolsonaro. Carluxo flerta com o autogolpe nas redes sociais. E Dudu exibe a arma na cintura.

Carlos Bolsonaro, o Zero Dois, pendurou na vitrine do cristal líquido algo muito parecido com a defesa de um autogolpe. “Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos”, ele escreveu. Já não sabe “se isso” —a transformação— vai mesmo “acontecer”. Enxerga fantasmas poderosos ao redor. “Só vejo todo dia a roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre nos dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!”

Simultaneamente, Eduardo Bolsonaro, o Zero Três, revelou-se um atirador-ostentação. Deixou-se fotografar armado ao lado do leito hospitalar em que o pai convalesce da quarta cirurgia pós-facada. Foi como se desejasse avisar aos navegantes que não está para brincadeira. O gatilho de Dudu surgiu horas depois de Jair Bolsonaro ter divulgado um vídeo para avisar que estaria de volta ao “batente” já nesta terça-feira. Na prática, dará alta para Hamilton Mourão, liberando-o informalmente da interinidade. O capitão também vê inimigos escondidos na alma dos amigos.

Os sobressaltos vêm se repetindo há oito meses e dez dias. Você faz um inventário das suas preocupações e pensa: “Hoje, dormirei tranquilo…” E descobre que tem que se preocupar com a dinastia Bolsonaro. Num instante, o presidente estilhaça a imagem do Brasil, ofendendo governantes estrangeiros. Noutro, Carluxo junta-se a Olavo de Carvalho, o bruxo da Virginia, para derrubar mais um general do ministério. De repente, Dudu, o embaixador, surge na Casa Branca, rogando ao ídolo Donald Trump que proteja a soberania brasileira na Amazônia.

Difícil identificar um proveito político e econômico que compense o que a primeira-família está fazendo com os nervos do país e com a paciência dos investidores estrangeiros que gostariam de iniciar, ampliar ou consolidar investimentos no Brasil. Quando se imagina que os problemas deram uma folga alguém exclama: “Soube da última do Bolsonaro?” Ou: “Viu o penúltimo tuíte do Carluxo?”

Vivo, Darwin diria que a família Bolsonaro é a confirmação da teroria da evolução. O homem de Neandertal dispunha de uma caixa craniana maior. Mas não tinha a linguagem dos Bolsonaro, embora o grunhido às vezes seja parecido. Vivia em comunidades semelhantes às atuais, só que sem a selvageria do WhatsApp e das redes antissociais.

O objetivo da evolução era dar voz à humanidade, nome às coisas e um enredo para o universo. Por tentativa e erro, os Bolsonaro constroem a sua própria retórica. Ainda não se sabe que história desejam contar. Por vezes, parecem ter dificuldades para lidar com as palavras. Mas acabarão encontrando o vocábulo certo. Nem que o vocábulo seja “fim”.

Os Bolsonaro foram muito além do ancestral das cavernas. Não dominam apenas o fogo. Controlam um tipo especial de energia. Como admite Carluxo, talvez não consigam transformar o país. Mas já sabem como fazer do trono uma cadeira elétrica.

JOSIAS DE SOUZA

Publicado por: Chico Gregorio


10/09/2019
10:21

Foto: Wikipedia

procurador de Justiça Leonardo Azeredo dos Santos, que se queixou em uma reunião com colegas de receber o ‘mizerê’ de R$ 24 mil por mês, ganha, na verdade, bem mais que o reclamado, segundo dados do portal da transparência do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Isso, devido a indenizações e outras remunerações que se somam ao salário. Somente em março, mês em que obteve o menor valor, foi mais que o dobro de R$ 24 mil. Nesses sete meses, a média recebida por ele foi de R$ 68.275,34.

As informações que constam no portal da transparência do MPMG mostram que o rendimento líquido total do procurador é, realmente, um pouco abaixo de R$ 24 mil. Mesmo assim, outros valores se somam ao salário. Confira todos os detalhes aqui no Justiça Potiguar.

Publicado por: Chico Gregorio


10/09/2019
07:19

Sim, no interior do Rio Grande do Norte há exatos 10 anos, o município de São José do Seridó tem seu próprio Rock In Rio, o Bonita Rock.

No último sábado a população foi a Rodoviária da cidade marcar um bingo em prol do evento e escutar o bom e velho Rock in Roll, tocado pela banda caicoense Conspiração Atômica. Nesta época do ano na cidade com pouco mais de 4.500 habitantes, não se fala em outra coisa, e as lojas já colocam nas vitrines o preto usado no evento.

Segundo o Secretário Francisco Touché, amante do estilo musical, a ideia surgiu em 2010 pra trazer outros ritmos a festa de padroeiro que acontece todos os anos em setembro. E o que parecia não ter agradado no primeiro ano, ganhou corpo nos anos seguintes, e hoje se configura como o maior evento de Rock in Roll do interior do RN.

O Bonita Rock acontecerá no dia 21 de Setembro à partir das 22 horas em praça pública e trará para seus dois palcos 04 atrações: Uskaravelho, Renato Marinho, CDC e a Atração Nacional EGYPCIO Tihuana.

Publicado por: Chico Gregorio


10/09/2019
07:10

Na manhã desta segunda-feira, dia 9, a senadora Zenaide Maia participou da Solenidade de celebração dos 110 anos do Hospital Universitário Onofre Lopes – HUOL, na Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal. Zenaide, que foi médica durante 30 anos do Hospital, destacou em seu discurso a importância daquela unidade na educação e na…

Publicado por: Chico Gregorio


10/09/2019
07:09

O Projeto Seridó, que visa implantar e interligar os sistemas adutores criando um grande cinturão de águas, foi tema de audiência pública nesta segunda-feira (09), na Assembleia Legislativa do RN. Realizada em parceria com o deputado estadual Francisco do PT, presidente da Frente Parlamentar das Águas, a audiência pública foi proposta por Vivaldo Costa, a quem Francisco agradeceu a oportunidade…

Publicado por: Chico Gregorio


10/09/2019
07:01

Reuters – O candidato de oposição Alberto Fernández derrotaria o presidente argentino, Mauricio Macri, nas eleições de outubro por uma vantagem ainda maior que a diferença esmagadora que obteve nas primárias de agosto, segundo as pesquisas mais recentes divulgadas no país.

Os dados vêm à tona após semanas de silêncio dos institutos de pesquisa na esteira das primárias, nas quais poucos levantamentos anteciparam a vitória arrasadora da centro-esquerda peronista sobre o governo — resultado que acelerou uma crise causada pela desconfiança dos investidores.

Fernández, cuja colega de chapa é a ex-presidente Cristina Kirchner, deve vencer a eleição com 51,5% dos votos contra 34,9% de Macri, segundo pesquisa da empresa Ricardo Rouvier & Asociados.

“O que vejo é uma consolidação do resultado” das primárias, disse à Reuters o analista Julio Burdman, cuja consultoria Observatorio Electoral ainda está concluindo suas pesquisas de opinião.

O líder de oposição deve obter 51,9% dos votos nas eleições gerais de outubro, frente a 34% do neoliberal Macri, e conquistar a Presidência sem a necessidade de um segundo turno, de acordo com a sondagem mais recente da consultoria Trespuntozero.

Para a empresa Clivajes, Fernández receberá 52,6% dos votos, e Macri, o candidato preferido dos mercados, ficará com 32,5%.

Nas primárias, que não definiram resultados, mas funcionaram como um levantamento preciso para a votação, Fernández ficou com 47,78% dos votos frente ao 31,79% de Macri, que ficou praticamente sem chances de se reeleger. Se os votos em branco não tivessem sido contabilizados, como acontecerá nas eleições gerais, os votos de Fernández teriam superado os 49%.

Na Argentina, para vencer uma eleição no primeiro turno o candidato mais votado tem que superar os 45% dos votos ou obter mais de 40% e uma diferença de 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado.

Em um cenário econômico que já mostrava problemas sérios, o resultado das primárias desencadeou uma crise financeira severa devido aos temores de que Macri enfrente um vazio de poder e que Fernández reinstaure controles rígidos sobre a economia caso vença e tome posse em dezembro.

Os mercados da Argentina haviam subido no pregão anterior às primárias por excesso de otimismo e, após o resultado eleitoral, muitos institutos de pesquisa receberam críticas fortes por errarem amplamente seus prognósticos — um deles chegou a prever um triunfo de Macri.

Entre os erros possíveis das sondagens, alguns especialistas assinalaram a falta de entrevistas cara a cara e a dificuldade de falar com jovens por telefone. A classe baixa e os jovens são os que mais apoiam Fernández.

Brasil 247

Publicado por: Chico Gregorio


10/09/2019
06:57

Ricardo Coutinho esteve na reunião (Foto: Divulgação)

A executiva nacional do PSB definiu, nesta segunda-feira (9), a comissão provisória que comandará o partido na Paraíba de forma interina. A decisão foi tomada durante reunião que contou com a presença do ex-governador Ricardo Coutinho, mas teve a ausência do governador João Azevêdo. Ricardo Coutinho assume a presidência do colegiado escolhido.

Apesar da ausência de João, ele ficou com a vice-presidência da legenda; o senador Veneziano Vital do Rêgo é o secretário-geral; a prefeita de Conde, Márcia Lucena, é a primeira secretária; o secretário executivo de Planejamento do Governo da Paraíba, Fábio Maia, é o secretário de Finanças; a Secretária Estadual de Mulheres do PSB na Paraíba, Valquíria Alencar de Sousa, é a secretária especial, assim como Edvaldo Rosas, que era o presidente da legenda.

A comissão provisória terá prazo de 120 dias até a realização de eleições para a escolha do diretório definitivo.

O nome de Ricardo como presidente já havia sido antecipado pelo jornalista Gutemberg Cardoso no programa Arapuan Verdade, da Rede Arapuan, nesta segunda. Gutemberg conversou com o ex-governador, que revelou que ia ficar no comando da legenda.

De acordo com o jornalista Gutemberg, Ricardo comentou que o partido precisa ser melhor revitalizado. O ex-governador lamentou ainda que o PSB tem perdido quadros importantes no estado.

O diretório estadual do PSB foi dissolvido no mês passado depois da renúncia de 51% dos diretores executivos. A dissolução provocou impasse no partido e estampou um possível estremecimento entre João e Ricardo, até então aliados de primeira ordem.

“O diretório estadual foi dissolvido não por iniciativa da Executiva Nacional, mas por decisão de 51% dos diretorianos da Paraíba”, explica Siqueira.

Via ClickPB

Publicado por: Chico Gregorio


10/09/2019
06:46

Fake news

Em recurso enviado ao Supremo, e na tentativa de manter a possibilidade de escolher o que poderia ou não ser vendido da Bienal, a prefeitura do Rio acabou por utilizar fake news ao citar um título que não foi comercializado na feira. Assinados pelo procurador-Geral do município, Marcelo Silva Moreira Marques, os embargos reproduzem páginas de “As Gêmeas Marotas”, livro com ilustração de traços simples e conteúdo sexual.
Trata-se de uma sátira dos livros infantis, mas destinada a adultos. As imagens contidas no recurso mostram o livro em português de Portugal e com cartão postal ao lado, vendido em euro. A organização do evento confirma que o título não esteve na feira.
PROVA FALSA

Prefeitura do Rio leva fake news ao Judiciário para justificar censura

Publicado por: Chico Gregorio