Na quarta-feira, 26 de julho, o líder do governo no Senado, Romero Jucá, abriu espaço em sua agenda para tratar de um assunto interno do PMDB. Às vésperas da votação na Câmara da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer, Jucá cedeu seu tempo de articulador para atuar como presidente da sigla. Uma mera burocracia não o abalaria. Mas se tratava de um negócio de R$ 5 milhões. Jucá foi a uma reunião às 11 horas numa mansão em Brasília, onde fica a sede nacional do PMDB e da Fundação Ulysses Guimarães, a FUG, ligada ao partido. Com ele, estavam Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil e ex-presidente da fundação; oito representantes do Conselho Curador da fundação; e o secretário-geral da FUG, João Henrique Souza. Na reunião, os chefes decidiram raspar o cofre da fundação, praticamente zerando suas reservas, e passar o dinheiro para o diretório nacional do PMDB. Uma decisão ilegal.
O gestão João Doria (PSDB) nomeou para cargo comissionado um ex-prefeito de Cotia (Grande SP) condenado em primeira instância por improbidade administrativa e acusado de abuso do poder político.
Antonio Carlos de Camargo, o Carlão Camargo (PSDB), foi nomeado na quarta-feira (30) para atuar como chefe da assessoria técnica da Secretaria de Governo, pelo titular da pasta Julio Semeghini.
Camargo foi declarado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) inelegível por oito anos por usar a máquina pública durante as últimas eleições. A decisão também incluiu a cassação do atual prefeito, Rogério Franco (PSD), e de seu vice, Almir Rodrigues (PSDB).
A acusação é que Camargo teria usado funcionários da prefeitura para atuar na campanha de seu sucessor. Cabe recurso.