28/07/2020
07:54

Foto: Marcos Corrêa

O presidente Jair Bolsonaro sancionou o Projeto de Lei 848/2020, que determina que receitas médicas ou odontológicas sujeitas a prescrição e de uso contínuo tenham prazo de validade indeterminado. O projeto foi originário da Câmara dos Deputados e foi aprovado no Senado no início de julho. A sanção será publicada no Diário Oficial da União de amanhã (28).

As regras valem para o período da pandemia no país e não incluem medicamentos de uso controlado, como tarja preta e antibióticos. Bolsonaro vetou um trecho do projeto que autorizava a retirada do medicamento por terceiros, sem a presença do titular da receita, com a apresentação de uma declaração.

Na justificativa para o veto, a Secretaria-Geral da Presidência da República explicou que “o dispositivo cria uma exigência que poderá vir a ser estendida a todos os casos e, por consequência, burocratizar o atendimento nas farmácias”.

Agência Brasil

Publicado por: Chico Gregorio


28/07/2020
07:52

Atendendo a um pedido da defesa do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, determinou nesta segunda-feira (27) a formação de uma nova comissão especial da Assembleia Legislativa do Rio para analisar o impeachment do político.

A ação, enviada ao STF no último dia 22, argumentava que o andamento do processo continha “vícios” e que a formação da comissão “foi instituída sem votação; possui 25 membros da Alerj [ao invés de 18], não respeitou a proporcionalidade [por partido], nem tampouco exarou o necessário parecer inicial”.

Toffoli concordou com os argumentos apresentados pelos advogados de Witzel.

“Entendo que assiste razão jurídica à tese de violação […] ao legitimar o ato de formação da comissão especial de impeachment sem a obediência à necessária configuração proporcional dos partidos políticos e blocos parlamentares e sem a realização de votação plenária dos nomes apresentados pelos líderes, ainda que de forma simbólica”, justificou.

FOLHAPRESS

Publicado por: Chico Gregorio


28/07/2020
07:50

O presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Estados Unidos pediu que a família Bolsonaro fique fora da eleição presidencial americana de 3 de novembro.

Em uma postagem no Twitter, o deputado democrata Eliot Engel fez críticas ao compartilhamento no domingo, pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), de um vídeo da campanha à reeleição do presidente Donald Trump em que ele ataca liderança democratas. “Já vimos esse roteiro antes. É vergonhoso e inaceitável. A família Bolsonaro precisa ficar fora da eleição americana”, escreveu Engel.

Na vídeo, aparecem a candidata derrotada por Trump na última eleição, Hillary Clinton, o ex-presidente Bill Clinton e o antecessor de Trump na Casa Branca, Barack Obama. Entre imagens de Trump, há a seguinte mensagem: “Primeiro eles te ignoram. Depois, riem de você. Depois o chamam de racista. Seu voto vai mostrar que eles estão todos errados”.

O presidente Bolsonaro disse mais uma vez, na semana passada, que torce pela reeleição de Trump, mas que tentará estabelecer uma relação produtiva com o democrata Joe Biden se ele vencer a disputa.

O deputado Eliot Engel, que está no seu 16º mandato de dois anos cada, não estará no Congresso no próximo ano. No mês passado, ele perdeu a eleição primária em seu distrito, em Nova York, para Jamaal Bowman, um diretor de colégio negro que pertence à ala esquerda do Partido Democrata.

De toda forma, deputados democratas de diferentes correntes já indicaram que, em um governo de Biden, serão mais duros com o governo Bolsonaro em temas como direitos humanos e meio ambiente.

Não é da praxe diplomática que governos demonstrem sua preferência em eleições de outros países, já que isso pode contaminar as relações de longo prazo entre Estados e caracterizar ingerência indevida na política interna alheia.

Bolsonaro, seus filhos e alguns ministros, no entanto, fizeram o mesmo no pleito presidencial do ano passado na Argentina, quando torceram publicamente pela reeleição de Mauricio Macri contra o rival peronista Alberto Fernández, que acabou eleito.

O GLOBO

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28/07/2020
07:41

O grupo político do MDB, comandado pelo atual prefeito da cidade de  Timbaúba dos Batista , Chilon Batista confirmou ao blog  que definiu uma chapa forte com o objetivo de   vencer as  eleições municipais em novembro. Em consenso o grupo definiu que o  atual vice-prefeito da cidade , Pedro Clésio, o Pedin, será o pré -candidato a  prefeito , e Cleiton Cruz será o pré -candidato a vice-prefeito. A chapa anunciada pelo grupo do MDB, teve uma grande repercussão  positiva entre a população,  pois conseguiu reunir um pré candidato a prefeito e a vice que fazem parte de uma  numerosas família timbaubense, certamente pra fortalecer aquele discurso que o município tem filho da terra capaz de comandar a gestão municipal.
A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas em pé e shorts
Nas eleições municipais de 2016, Chilon Batista foi eleito com 1.190 votos, com seu adversário Dede sendo derrotado com 1.072 votos.
Segundo um bacurau de carteirinha da cidade, os simpatizantes da pré-candidatura do ex-prefeito Ivanildo Filho, vinha num clima de euforia até ontem, mas ao ser definida a chapa Pedin/Cleiton Cruz, entraram numa verdadeira depressão.

Publicado por: Chico Gregorio


27/07/2020
08:45

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O Museu do Seridó, em Caicó, é destaque na programação da Festa de Sant’Ana 2020, integrado ao “Fórum Festa de Sant’Ana – Patrimônio Cultural Brasileiro” lançando exposição virtual com acervo de artes sacras, intitulada de “Devoções do Seridó”

A proposta da exposição foi a forma do Museu do Seridó, como lugar de memória, permanecer integrado aos festejos da padroeira, apesar da pandemia, em consonância com a comunidade. São cinco as peças do acervo que serão expostas: Sant’Ana Mestra, Sant’Ana Guia, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora Imaculada da Conceição e Menino Jesus.

“O fio condutor da montagem foi a ideia de que, assim como em muitas famílias seridoenses, o culto ao catolicismo já se encontrava presente dentro da família divinal formada por Sant’Ana, São Joaquim, Maria e Jesus, trazendo uma relação geracional, tal como a própria celebração evoca. Devoções do Seridó é uma proposta para que se estreitem os laços entre a sociedade seridoense, sua cultura e história, e o Museu, tornando visível para todos a importância do espaço museal como um lugar de memória, porém vivo, pulsante, acessível” ressalta a Curadora geral da exposição, Conceição Guilherme, do Departamento de História da UFRN.

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27/07/2020
08:43

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Nesta Festa de Sant’Ana, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte – IFRN, realiza duas mostras virtuais que destacam Caicó e a Festa de Sant’Ana, sendo uma mostra de design de moda e outra mostra fotográfica, ambas realizadas por estudantes da instituição.

Na mostra intitulada “O glamour da Festa de Sant´Ana, traduzido nos traços do design de moda”, estudantes do curso superior tecnólogo de Design de Moda e de Técnico em Vestuário do IFRN, com curadoria da professora Moally Soares, apresentam suas criações inspirados pela atmosfera de glamour do povo seridoense na Festa de Sant’Ana, refletindo como esta festividade influi na elaboração das roupas e nos detalhes das peças produzidas pelos ateliês locais.

“Participar de um evento como esse é muito importante para os alunos do Instituto, sejam de Design de Moda ou do Técnico em Vestuário, pois é uma oportunidade de mostrar seu talento, aumentar a rede de network, e, principalmente se sentir parte de uma comunidade. A cultura, o artesanato, e o senso estético do seridoense – tendo como principal expoente Caicó – tem uma força muito grande em todo o Rio Grande do Norte e até além. Então vejo como de suma importância a participação dos nossos alunos, pois ajuda a fortalecer a identidade local e própria, características muito importantes quando se fala de uma indústria criativa, como é a da moda”, disse Lívia Solino, coordenadora do curso de Design de Moda.

A partir da temática “Festa de Sant´Ana observando a religiosidade e as festas profanas” sugerida na disciplina Desenho de Moda e com orientação individual, os alunos criaram seus croquis a mão livre, sendo a maioria conceituais porém com liberdade para impor suas personalidades.

Já na mostra fotográfica “A Terra de Sant’Ana sob as lentes de uma jovem caicoense”, a estudante do IFRN, Paloma Brito, registrou lugares e momentos marcantes da sua memória afetiva, e contou com a curadoria da professora Duciane Freitas, que fez o agrupamento das fotografias conforme seus significados, para realizar este trabalho. As fotos trazem registros da arquitetura, das festividades tradicionais, locais turísticos e peculiares de Caicó, dando destaque a detalhes que enriquecem as paisagens.

As mostras virtuais acontecem a partir do dia 28 de julho, integrando a programação do Fórum Festa de Sant´Ana, e podem ser visualizadas na página: ifrnmoda.wixsite.com/galeriavirtual

O Fórum “Festa de Sant’Ana de Caicó – Patrimônio Cultural Brasileiro” é uma iniciativa da agência Referência com apoio do IFRN, UFRN, FUNARTE, IPHAN e Paróquia de Sant’Ana.

Publicado por: Chico Gregorio


27/07/2020
08:31

 

O Blog de Thaisa Galvão destaca que o ministro Fábio Faria deu o carão que todo mundo gostaria de dar no presidente Bolsonaro.

Ninguém aguenta briga todos os dias.

E não aguenta mesmo, Fábio tem razão.

O puxão de orelhas serviu para o presidente e para os filhos, adeptos das redes sociais, que não perdem a oportunidade de uma confusão.

Ah…

O pensamento do ministro Fábio Faria difere do pensamento do deputado Fábio Faria, quando o assunto é Rio Grande do Norte.

Nas redes sociais, além da governadora Fátima Bezerra, Fábio já provocou brigas desnecessárias com os três senadores.

Relembre aí:

O puxão de orelha do ministro no presidente foi manchete do jornal O Globo deste domingo.

Fábio negou ainda a existência de um gabinete do ódio no Palácio do Planalto e disse que, se tem no Planalto, tem nos gabinetes dos 513 deputados e 81 senadores.

Até um mês atrás Fábio tinha um gabinete, sabe o que está dizendo.

Confira o print da página do Globo e abaixo a entrevista na íntegra.

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Publicado por: Chico Gregorio


27/07/2020
08:28

 

A governadora Fátima Bezerra e o secretário de Segurança Pública do RN, Coronel Francisco Araújo, acompanharam as ações de fiscalização das forças de Segurança Pública do Estado (Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros) na orla urbana de Natal na tarde deste domingo.

Eles foram às praias de Ponta Negra, Miami, dos Artistas, do Meio e Redinha, onde orientaram a população sobre a importância de se evitar aglomerações, adotando o distanciamento social.

Na área de Natal e Grande Natal, 35 equipes atuaram neste final de semana.

A ação faz parte do Pacto pela Vida para fazer cumprir os decretos estaduais, fundamentados nas orientações do Comitê Científico do RN, para combater a pandemia no estado.

“Fiz questão de vir acompanhar de perto esse trabalho tão importante de fiscalização que a nossa polícia está fazendo. É essencial que a população não faça aglomerações, mantenha o distanciamento social e use máscaras. Somente assim vamos seguir reduzindo os números dessa pandemia. É a forma de a sociedade colaborar com as ações que o Governo vem fazendo para combater o vírus”, disse a governadora Fátima Bezerra.

No final da tarde, Fátima visitou o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) e acompanhou o funcionamento do videomonitoramento realizado no local.

“Estamos empenhados em apoiar as fiscalizações em todo estado. Além do trabalho conjunto com os municípios, contamos com o auxílio do videomonitoramento do Ciosp. Em Natal, por exemplo, já cobre toda a orla marítima da capital”, reforçou o Coronel Araújo.

Thaisa Galvão.

Publicado por: Chico Gregorio


27/07/2020
08:16

Agora RN Hospital Walfredo Gurgel divulga novas orientações e horários para  visitantes - Agora RN
Surpresa…
Os funcionários do Hospital Walfredo Gurgel foram surpreendidos, na quarta-feira (22), com uma grande doação de roupas femininas entregues pela rede de Lojas Riachuelo. As milhares de peças estão beneficiando as profissionais da unidade, dos níveis elementar, médio e superior.
Até o momento, não foi possível quantificar o número total de peças doadas, tamanho o volume de roupas.
 
E agradecimentos
A diretora geral do HMWG, Fátima Pereira, disse que “esta doação agradou demais as nossas funcionárias. Foi realmente uma grata surpresa. Muito obrigada à Riachuelo pela lembrança e consideração com as servidoras do Walfredo Gurgel”.
Rosalie Arruda.

Publicado por: Chico Gregorio


27/07/2020
08:13

Donald Trump, Jair Bolsonaro e Xi Jinping
Donald Trump, Jair Bolsonaro e Xi Jinping (Foto: Reuters)

247 – As estatísticas oficiais demonstram que Jair Bolsonaro, que antém uma política externa de total submissão aos interesses de Donald Trump, atenta contra os interesses nacionais, quando ataca a China. Isso porque nunca foi tão grande a participação chinesa nas exportações e no saldo comercial do País – o que é fruto de uma parceria estratégica entre Brasil e China consolidada no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“De janeiro a junho, os embarques para o gigante asiático subiram 14,6% ante o mesmo período do ano passado, para US$ 34,35 bilhões, ao mesmo tempo em que as vendas para o resto do mundo caíram 15,2%. Como resultado da maior demanda da China, a participação do país na pauta de exportações nacional cresceu ainda mais, de 27% no primeiro semestre de 2019 para 34% no mesmo intervalo de 2020 – maior percentual desde 2000, primeiro ano da série elaborada pelo banco. Do superávit de US$ 22,3 bilhões da balança comercial brasileira no acumulado deste ano, a China responde por US$ 17,7 bilhões, ou quase 80% do total”, aponta reportagem do jornalista Assis Moreira, publicada no Valor Econômico.

“As exportações brasileiras continuaram relativamente resilientes, graças à demanda da China”, diz Roberto Secemski, do banco Barclays. Após cair 6,8% no primeiro trimestre sobre igual período de 2019, a economia chinesa cresceu 3,2% no segundo trimestre na mesma comparação, o que configura uma recuperação em “V”. A China deve sair do choque atual mais forte e será uma das poucas nações a crescer este ano, afirma Livio Ribeiro, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Publicado por: Chico Gregorio


27/07/2020
08:11

(Foto: Reuters)

247 – A taxa de desemprego no país ficou em 12,9% no trimestre encerrado em maio, contra 12,3% no mesmo período de 2019. Mas o “desemprego já aumentou, os dados é que não mostram isso, sendo bem franco”, disse o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida.

Ele considera que o desemprego vai afligir duramente a sociedade brasileira e sofrerá grande aumento em setembro.

Mesmo assim, o integrante da equipe do ministro Paulo Guedes considera que uma ampliação no programa Bolsa Família só será possível após o remanejamento de verba de outros programas existentes.

Em entrevista à Folha de São Paulo, Sachsida insiste na agenda de “reformas” e enfatiza que do ponto de vista fiscal a principal medida é não elevar salário de servidores até o ano que vem.

Sobre o auxílio emergencial de 600 reais, Sachida acredita que não será prorrogado. A aposta do governo é, ao acabar o auxílio emergencial, aprovar o Renda Brasil, transferindo dinheiro de outros programas sociais.

Publicado por: Chico Gregorio


27/07/2020
08:07

Imagem: Getty images/via BBC

O Rio Grande do Norte chegou a 47.099 casos de coronavírus neste domingo (26), de acordo com o Ministério da Saúde. No boletim de sábado eram 46.926 infectados, segundo a Sesap.

O total de vítimas da covid-19 no RN chega a 1.678, conforme dados do ministério. No sábado, a Sesap registrou um total de 1.672 óbitos.

Publicado por: Chico Gregorio


27/07/2020
08:06

Foto: Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo

O presidente Jair Bolsonaro é denunciado por crimes contra a humanidade e genocídio no Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia. A iniciativa, protocolada na noite deste domingo, está sendo liderada por uma coalizão que representa mais de um milhão de trabalhadores da saúde no Brasil e apoiado por entidades internacionais.

A Rede Sindical Brasileira UNISaúde acusa o presidente de “falhas graves e mortais” na condução da resposta à pandemia de covid-19.

“No entendimento da coalizão, há indícios de que Bolsonaro tenha cometido crime contra a humanidade durante sua gestão frente à pandemia, ao adotar ações negligentes e irresponsáveis, que contribuíram para as mais de 80 mil mortes pela doença no país”, destacam.

Bolsonaro já foi alvo de uma outra denúncia no mesmo tribunal, envolvendo a situação dos indígenas. Naquele momento, a acusação era de risco de genocídio. Desta vez, porém, trata-se da primeira ação de iniciativa dos trabalhadores da saúde na Corte Internacional e já levando em consideração vetos a leis, a medidas de ajuda e sua responsabilidade de proteger tanto a população quanto aos profissionais de saúde.

O tribunal recebe cerca de 800 denúncias por ano e leva meses até tomar uma decisão se aceita ou não a queixa, o que levaria a corte a abrir uma investigação formal.

Enquanto uma decisão é aguardada, porém, a ofensiva internacional se transforma em mais um capítulo de um abalo contra o governo. Nos últimos meses, as denúncias em diferentes fóruns internacionais se transformaram no “novo normal” para a diplomacia brasileira. Apenas em 2019, foram mais de 35 queixas apresentadas formalmente à ONU.

No caso do Tribunal, porém, a denúncia vem dos sindicatos de profissionais de saúde, que consideram que existe “dolo” e “intenção na postura do presidente, quando adota medidas que ferem os direitos humanos e desprotegem a população, colocando-a em situação de risco em larga escala, especialmente os grupos étnicos vulneráveis”.

No documento de 64 páginas submetido à procuradora-geral do Tribunal, Fatou Bensouda, as entidades denunciam uma atitude de “menosprezo, descaso, negacionismo” e que “trouxe consequências desastrosas, com consequente crescimento da disseminação, total estrangulamento dos serviços de saúde, que se viu sem as mínimas condições de prestar assistência às populações, advindo disso, mortes sem mais controles”.

“A omissão do governo brasileiro caracteriza crime contra a humanidade – genocídio”, diz o texto. “É urgente a abertura de procedimento investigatório junto a esse Tribunal Penal Internacional, para evitar que dos 210 milhões de brasileiros, uma parcela possa se salvar das consequências desastrosas dos atos irresponsáveis do senhor Presidente da República”, apontam.

“O governo Bolsonaro deveria ser considerado culpado por sua insensível atuação frente à pandemia e por recusar-se a proteger os trabalhadores da saúde do Brasil assim como a população brasileira, à qual ele prometeu defender quando se tornou presidente”, disse Marcio Monzane, secretário regional da UNI Americas.

“Entendemos que buscar a Corte Penal Internacional é uma medida drástica, mas os brasileiros estão enfrentando uma situação extremamente difícil e perigosa criada pelas decisões deliberadas de Bolsonaro”, disse.

A UNI Americas é o braço regional da federação internacional sindical UNI Global Union, com sede na Suíça e representando 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços em 150 países

Segundo Morzane, a opção dos sindicatos não foi a de fazer “mais uma pressão política”. “Decidimos apresentar uma denúncia técnica”, explicou. No documento, o grupo cita a situação entre indígenas, comunidades vulneráveis e os profissionais de saúde.

Crime contra a humanidade

Criado no final dos anos 90, o tribunal tem o mandato para avaliar quatro crimes internacionais fundamentais: genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e crimes de agressão.

“O caso descreve como Bolsonaro cometeu crimes contra a humanidade quando se recusou a tomar as medidas necessárias para proteger o povo brasileiro durante a pandemia, garantindo a redução dos riscos de doenças, conforme prevê o artigo 196 da Constituição Federal”, explicam as entidades.

“O presidente, argumentam os advogados na ação, colocou e ainda coloca os profissionais de saúde bem como toda a população em risco, ao promover aglomeração de seus apoiadores, aproximando-se deles sem máscara, e fazendo propaganda de medicação, como a hidroxicloroquina, para a qual não há comprovação científica de sua eficácia contra a doença”, alertam.

“Bolsonaro afirmou ele mesmo ter testado positivo para a Covid-19 e tem constantemente promovido o uso da medicação em lives em suas redes sociais, ao forjar estar tomando o medicamento”, denunciam.

Genocídio e Gilmar Mendes

Em outro trecho, a denúncia também explica os motivos pelos quais a queixa por genocídio é apresentada:

a) intensão deliberada do Presidente da República em não adotar medidas que viesse impedir a expansão da ?epidemia?, contando com o “contagio de rebanho”;

b) temos o povo brasileiro como um “grupo”, na definição da ONU, que foi afetado pelas omissões governamentais;

c) de forma setorizada, a omissão atingiu comunidades de negros, indígenas, quilombolas, dizimando grupos;

d) ainda, de forma setorizada, temos como grupo, os trabalhadores da saúde, obrigados pela profissão a se exporem ao risco de contaminação que, se avolumou pela falta de políticas públicas que viessem evitar a proliferação do vírus.

O documento submetido ao Tribunal ainda cita o caso do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que indicou que “caso um agente público conscientemente adote posição contrária às recomendações técnicas da OMS, entendo que isso poderia configurar verdadeira hipótese de imperícia do gestor, apta a configurar o erro grosseiro”.

“Já manifestei — e manifesto novamente — que a Constituição Federal não autoriza ao Presidente da República ou a qualquer outro gestor público a implementação de uma política genocida na gestão da saúde”, escreveu o ministro.

No dia 11 de julho, o mesmo ministro voltou a tocar no assunto, abrindo uma crise entre o Planalto e o STF. De acordo com os documentos submetidos ao tribunal, “considerando o fato de, mais de duas dezenas de cargos técnicos no Ministério da Saúde estarem sendo ocupados por militares sem qualquer formação na área de saúde, assim (Gilmar Mendes) se manifestou:

“Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso”.

“Assim, por mais de uma vez, membro do Supremo Tribunal Federal, associa as políticas públicas de saúde à “genocídio”, declarou o documento enviado para Haia. A referência de Gilmar Mendes era uma das preocupações do Palácio, justamente pelo peso que o termo genocídio poderia ter vindo de um ministro da corte suprema.

A documentação submetida ao tribunal ainda aponta como o país está há mais de dois meses sem um titular na pasta da saúde, “no meio da maior crise sanitária do último século, que já ceifou mais 80 mil vidas e deixou mais de 2 milhões de pessoas doentes até o dia 23 de julho no país”.

O texto relata as disputas entre os diferentes ministros e o presidente e como o General Eduardo Pazuello “abandonou a defesa do distanciamento social mais rígido e passou a recomendar tratamentos para a covid-19 sem aval de entidades médicas e científicas, como o uso da “cloroquina e hidroxicloroquina”.

“Em agravamento, a pasta ainda perdeu técnicos com décadas de experiência no SUS e nomeou militares para cargos estratégicos”, diz o documento.

“Com a interinidade no Ministério da Saúde, o controle ao combate ao avanço da pandemia, se mostra totalmente abandonado, exigindo de governadores e prefeitos a tomada de medidas que necessariamente deveriam estar capitaneada pelo Poder Executivo. Em 53 anos, é a primeira vez que o Brasil se mostra sem ministro da Saúde efetivo”, dizem.

Enfermagem com vítimas

A queixa ainda destaca como o comportamento do governo tem custado vidas entre os profissionais de saúde.

“Há quatro meses, a Rede Sindical Brasileira UNISaúde começou a exigir uma resposta mais contundente à crise, como o fornecimento de EPIs (Equipamento de Proteção Individual) de qualidade aos profissionais de saúde, os mais atingidos durante a pandemia, e testagem aos assintomáticos, e essa reivindicação se tornou mais urgente agora. A coalizão quer que o governo brasileiro seja coibido de continuar agindo de forma tão negligente”, destacam.

Ana Paula Gonçalves Maia, técnica de enfermagem e delegada sindical do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Belo Horizonte e Região (Sindeess), espera que a denúncia no tribunal internacional dê mais atenção aos trabalhadores da saúde, especialmente aos profissionais de enfermagem. “Estamos num campo de guerra onde não sabemos se vamos viver ou morrer”, disse.

Usando os números do próprio Ministério da Saúde, entre os dias 12 a 18 de julho, 96 mil enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem estavam contaminados, sendo os mais atingidos entre os profissionais de saúde.

“O número de óbitos desses trabalhadores, no dia 24, chegava próximo de 300, conforme o Observatório da Enfermagem do Cofen (Conselho Federal de Enfermagem)”, destacam.

A enfermeira Líbia Bellusci, que é vice-presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro (Sindenf-RJ) e que contraiu a Covid-19 no exercício de suas funções, alerta que o governo brasileiro tem adotado uma postura de banalizar a pandemia.

“No começo, o próprio presidente disse que (a covid-19) era uma gripezinha e, depois, quando o Brasil já somava milhares de mortes, disse: ‘E daí?”, afirmou.

“A postura dele acabou inviabilizando a celeridade no processo de cuidar e de proteger os trabalhadores da saúde e a população. Só com a denúncia internacional vamos conseguir mostrar que as entidades da saúde estão unidas em favor da classe trabalhadora, pois hoje, nós, da enfermagem, lideramos o ranking de mortes de profissionais da saúde”, disse Líbia, que trabalha no Hospital Estadual Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.

Sofia Rodrigues do Nascimento, diretora-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Campinas e Região (Sinsaúde Campinas e Região), é outra que culpa o governo pela dimensão da crise. Segundo ela, o presidente “não deu a assistência necessária à nação”.

“Se tivesse tido a assistência antes, um acolhimento, uma providência do governo federal, a doença não teria se alastrado tanto. Hoje, os trabalhadores da saúde têm trabalhado doentes e muito preocupados com o amanhã”, afirmou.

Jhuliana Rodrigues, técnica de enfermagem e vice-presidente da mesma entidade, espera que a denúncia dê “visibilidade para o que acontece atrás das paredes dos hospitais”.

A profissional trabalha no Hospital São Vicente em Jundiaí, interior de São Paulo. Há quatro meses sem ver a filha de 11 anos, ela disse que a própria rotina no trabalho está mais desumanizada, não por culpa dos profissionais, mas do medo que eles sentem.

“É muito difícil assumir um plantão. A gente encontra os colegas e sente uma energia pesada, de muita pressão”, desabafou.

“Não há mais conversas, interação, trabalhamos com medo do outro. É muito triste trabalhar 12 horas sem ter segurança, suporte emocional. Por isso, creio que a denúncia seja uma forma de expressarmos nossas aflições e nosso lado humano, pois estamos sofrendo muito com tudo isso”, completou.

De acordo com Morzane, essa não é a primeira vez que os sindicatos se queixam. Listas de demandas já foram apresentadas ao governo e, hoje, a constatação é de que a resposta foi a “omissão”.”Bolsonaro colocou seu exército numa guerra sem equipamento e nem os armamentos necessários”, disse.

No total, a iniciativa tem o apoio de mais de 50 entidades brasileiras e estrangeiras. Além dos sindicatos do setor, a queixa é ainda assinada pela Internacional dos Serviços Públicos (ISP), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), e movimentos sociais.

Jamil Chade – UOL

Publicado por: Chico Gregorio


27/07/2020
08:04

A Defensoria Pública de SP impetrou no STF (Supremo Tribunal Federal) um habeas corpus coletivo solicitando a liberdade de 3.089 idosos presos no sistema carcerário do estado de São Paulo.

O pedido alega que há distribuição insuficiente ou inexistente de itens de higiene, falta de profissionais de saúde, ausência de água aquecida para banho e outros problemas identificados pelo órgão em penitenciárias.

A defensoria cita como exemplo uma inspeção realizada em penitenciária na cidade de Sorocaba, em junho, na qual identificou que mais de um terço da unidade teve contato com a Covid-19. De acordo com o órgão, as celas não tinham ventilação ou luminosidade, o que eleva o risco de contágio pelo coronavírus.

“Pessoas são submetidas a condições torturantes durante as 24 horas do dia, obrigadas a se amontoarem pelo chão do banheiro para dormir”, diz o documento, que traz fotos do interior de unidades prisionais demonstrando as situações descritas.

O órgão recorre ao Supremo após ter o recurso negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que afirmou ser “inviável avaliar se o estabelecimento prisional representa, efetivamente, mais risco para o detento do que o ambiente externo de uma prisão domiciliar”.

MÔNICA BERGAMO

Publicado por: Chico Gregorio


27/07/2020
08:04

Uma carta com duras críticas ao governo de Jair Bolsonaro foi assinada por 152 bispos, arcebispos e bispos eméritos do Brasil. Ela deveria ter sido publicado na quarta (22), mas foi suspensa para ser analisada pelo conselho permanente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Há um temor entre signatários do documento de que o setor conservador do órgão impeça a divulgação. Hoje há no Brasil 310 bispos na ativa e 169 eméritos.

O texto, chamado de “Carta ao Povo de Deus”, afirma que o Brasil atravessa um dos momentos mais difíceis de sua história, vivendo uma “tempestade perfeita”. Ela combinaria uma crise sem precedentes na saúde e um “avassalador colapso na economia” com a tensão sofre “fundamentos da República, provocada em grande medida pelo Presidente da República [Jair Bolsonaro] e outros setores da sociedade, resultando numa profunda crise política e de governança”.

” Analisando o cenário político, sem paixões, percebemos claramente a incapacidade e inabilidade do Governo Federal em enfrentar essas crises”, diz o documento.

“Assistimos, sistematicamente, a discursos anticientíficos, que tentam naturalizar ou normalizar o flagelo dos milhares de mortes pela COVID-19, tratando-o como fruto do acaso ou do castigo divino”, segue a carta. Ela se refere também ao “caos socioeconômico que se avizinha, com o desemprego e a carestia que são projetados para os próximos meses, e os conchavos políticos que visam à manutenção do poder a qualquer preço”.

“Esse discurso não se baseia nos princípios éticos e morais, tampouco suporta ser confrontado com a Tradição e a Doutrina Social da Igreja, no seguimento àquele que veio `para que todos tenham vida e a tenham em abundância`”.

Os religiosos fazem críticas também às reformas trabalhista e previdenciária. Segundo eles, ambas, “tidas como para melhorarem a vida dos mais pobres, mostraram-se como armadilhas que precarizaram ainda mais a vida do povo”.

Eles reconhecem que o país precisa de reformas, “mas não como as que foram feitas, cujos resultados pioraram a vida dos pobres, desprotegeram vulneráveis, liberaram o uso de agrotóxicos antes proibidos, afrouxaram o controle de desmatamentos e, por isso, não favoreceram o bem comum e a paz social. É insustentável uma economia que insiste no neoliberalismo, que privilegia o monopólio de pequenos grupos poderosos em detrimento da grande maioria da população”.

O documento afirma ainda que o “sistema do atual governo” não coloca no centro a pessoa humana e o bem de todos, “mas a defesa intransigente dos interesses de uma economia que mata, centrada no mercado e no lucro a qualquer preço”.

Para eles, o ministro da Economia, Paulo Guedes, “desdenha dos pequenos empresarios” e o governo promove “uma brutal descontinuidade da destinação de recursos para as políticas públicas no campo da alimentação, educação, moradia e geração de renda”. ​A carta diz ainda que “o desprezo pela educação, cultura, saúde e pela diplomacia” estarrece, sendo visível nas demonstrações de “raiva” pela educação pública e no “apelo a ideias obscurantistas”.

Cita também o que julga ser o uso da religião para “manipular sentimentos e crenças”, provocando tensões entre igrejas.”Ressalte-se o quanto é perniciosa toda associação entre religião e poder no Estado laico, especialmente a associação entre grupos religiosos fundamentalistas e a manutenção do poder autoritário”, segue o documento.

O texto é assinado, entre outros, pelo arcebispo emérito de São Paulo, dom Claudio Hummes, pelo bispo emérito de Blumenau, dom Angélico Sandalo Bernardino, pelo bispo de São Gabriel da Cachoeira (AM), dom Edson Taschetto Damian, pelo arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira Corrêa, pelo bispo prelado emérito do Xingu (PA), dom Erwin Krautler, pelo bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), dom Joaquim Giovani Mol, e pelo arcebispo de Manaus (AM) e ex-secretário-geral da CNBB dom Leonardi Ulrich.

Os religiosos pedem a abertura de “um amplo diálogo nacional que envolva humanistas, os comprometidos com a democracia, movimentos sociais, homens e mulheres de boa vontade, para que seja restabelecido o respeito à Constituição Federal e ao Estado Democrático de Direito”.

Eles afirmam ainda que “todos, pessoas e instituições, seremos julgados pelas ações ou omissões neste momento tão grave e desafiador”.

FOLHAPRESS

Publicado por: Chico Gregorio