Manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff voltaram às ruas nessa quinta (31) nas 27 capitais.
O maior ato ocorreu em Brasília, onde a Secretaria de Segurança Pública calculou os participantes em 40 mil –para a organização, foram mais de 200 mil.
Em São Paulo, na praça da Sé, havia 40 mil pessoas, segundo o Datafolha. Para a PM, foram 18 mil e para os organizadores, 60 mil.
O ato foi menor do que o do último dia 18 na avenida Paulista, que reuniu 95 mil pessoas, segundo o Datafolha.
Ao todo, os atos nas 27 capitais reuniram 755 mil, segundo os organizadores, ou ao menos 140,8 mil, conforme as PMs -em sete capitais a polícia não divulgou número.
O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o juiz Sergio Moro e a TV Globo, principais alvos das manifestações favoráveis à permanência de Dilma, tiveram desta vez a companhia do vice-presidente Michel Temer.
Dois dias após o partido presidido por ele abandonar oficialmente o governo, Temer chegou a ser o alvo preferencial dos manifestantes em algumas capitais, como o Rio. A deputada estadual Inês Pandeló (PT) chamou o peemedebista de “traidor” e “golpista” e puxou uma vaia contra ele.
Em Brasília, o presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que “a proposta de Temer é tirar direitos dos trabalhadores, tirar a carteira assinada, as férias”. Freitas encerrou sua fala com um trocadilho com o sobrenome do vice: “Lutar sempre, Temer nunca”.
No Rio, o ato no largo da Carioca, no centro, reuniu 50 mil manifestantes por volta das 19h, segundo a organização. A PM do Rio não faz estimativas de público.