Alvinegro bateu o então líder do campeonato, que ainda não havia perdido e sequer sofrido gols no certame; vitória foi suada
Andrei Torres / ABC FC
Echeverría e Dalberto marcaram os gols da nova vitória Alvinegra na segunda divisão do país
Redação
O ABC conquistou mais um grande resultado no Campeonato Brasileiro da Série B. Jogando na noite desta terça-feira (6), no estádio Frasqueirão, pela 5ª rodada da competição, o Alvinegro enfrentou o Paysandu/PA, até então, líder isolado do campeonato, e venceu o adversário pelo placar de 2 a 1. Echeverría e Dalberto marcaram os gole abecedistas, enquanto Wesley fez para os paraenses.
Com a vitória, o Clube do povo chegou aos oito pontos conquistados e subiu para a 8ª colocação na classificação da Série B. Agora, o Alvinegro se prepara para outro compromisso dentro de casa. O Mais Querido volta a campo no sábado (10), quando enfrentará o Figueirense/SC, às 19h, no Frasqueirão.
Prisão de ex-ministro aliado de presidente foi recebida como ‘parte do roteiro’ de setores de Judiciário, PGR e STF para desestabilizar governo, liderado por Michel Temer, do PMDB
Frankie Marcone / Futura Press
Ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alve
A prisão do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) na terça-feira, 6, foi recebida no Palácio do Planalto como “parte do roteiro” de uma ação judicial orquestrada por setores da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República e do Supremo Tribunal Federal contra o governo.
Segundo auxiliares do presidente Michel Temer, a prisão de um ex-integrante do governo (Alves foi ministro do peemedebista e de Dilma Rousseff) é mais um fator de desgaste.
Interlocutores de Temer, logo após a Operação Manus ser deflagrada em Natal, reconheceram que a prisão de um aliado próximo do presidente gera efeitos negativos por ter ocorrido no mesmo dia da retomada do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral.
De acordo com um auxiliar de Temer, mesmo que a operação não tenha como objetivo atingir e ampliar esse desgaste “é o que fica parecendo”.
A Operação Manus também decretou a prisão do deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), outro ex-aliado do presidente Temer, que já está preso em Curitiba. Alves, que também já foi presidente da Câmara dos Deputados, deixou a gestão Temer ao ser envolvido na Operação Lava Jato e na ocasião disse que saía para “não causar constrangimento” ao governo.
Excessos. Ontem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao comentar a prisão de Alves, disse que há no Brasil excesso de prisões preventivas. “(A prisão é) triste. Acho que o Brasil tem vivido um momento difícil. Acho que tem tido excesso de prisões preventivas”, disse Maia.
O empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, relatou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o então vice-presidente Michel Temer viajou pelo menos duas vezes em uma aeronave particular da empresa, no ano de 2011, segundo uma pessoa com acesso às investigações. O empresário apresentou aos investigadores um diário de bordo com dados sobre os voos.
A primeira viagem teria ocorrido entre Comandatuba, no litoral baiano, e São Paulo, na companhia da mulher de Temer, Marcela. A segunda viagem teria tido como destino Porto Alegre (RS).
O caso foi revelado pelo site “O Antagonista” e confirmado pelo O GLOBO.
As informações sobre a presença de Temer em aeronaves do grupo J&F, que é dona da JBS, foram repassadas aos procuradores para reforçar o vínculo do empresário com Joesley.
As 82 perguntas enviadas pela Polícia Federal ao presidente Michel Temer mostram que uma das estratégias dos investigadores é tentar comprovar, pela palavra do próprio presidente, trechos da gravação da conversa com um dos donos da JBS, Joesley Batista, que está sendo colocada em dúvida pela defesa do peemedebista.
Caso a gravação, que passa por perícia na PF, seja descartada como prova, os investigadores poderiam usar as declarações de Temer.
Nesta terça-feira (6), o ministro do STF Edson Fachin estendeu o prazo para as respostas até as 17h de sexta (9).
A Folha apurou que o presidente responderá parcialmente às perguntas e deve ignorar aquelas referentes ao áudio gravado pelo empresário, uma vez que o argumento central da defesa do presidente é de que o conteúdo foi “manipulado” e “fraudado”.
Temer também não deve se posicionar sobre questões de caráter pessoal e referentes a período anterior ao atual mandato, entre elas, em relação à última campanha presidencial e à sua opinião sobre episódios citados na delação premiada da JBS.
Para assessores e auxiliares presidenciais, o teor das questões é uma tentativa de desgastar a imagem de Temer e mostraria que o processo deixou de ser jurídico para se transformar em político.
NOVAS INFORMAÇÕES
As perguntas da PF indicam que os investigadores podem ter informações que ainda não vieram a público. Uma delas sugere a existência de dados sobre a eventual relação de Temer com um preso pela Operação Lava Jato.
A PF quer saber se Temer já realizou “algum negócio jurídico” com o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro ou com empresas controladas por ele. A PF também indagou se Funaro atuou na arrecadação para campanhas eleitorais de Temer ou do PMDB quando o presidente estava à frente da sigla.
Funaro está preso em Brasília há quase um ano, em uma das fases da Lava Jato ligadas ao ex-deputado federal Eduardo Cunha. Ele é acusado de manter um esquema de arrecadação de propinas de empresários que buscavam obter empréstimos do fundo FI-FGTS.
O corretor estaria interessado em fazer um acordo de delação em que poderá citar Temer. Seu advogado, Bruno Espiñeira, disse à Folha nesta terça: “Sob a luz da Bíblia, Lúcio está convencido de que só a verdade o libertará”.
As perguntas da PF sobre Funaro se justificam pelas menções ao nome do corretor feitas por Joesley durante a conversa com Temer. Na delação, Joesley disse que havia contado a Temer as providências que tomava para controlar dois possíveis delatores, Funaro e Cunha, ao pagar R$ 400 mil por mês ao corretor.
Há ainda perguntas sobre a relação do presidente com empresários do Porto de Santos (SP) e com outras pessoas próximas, como o coronel aposentado da Polícia Militar de SP João Baptista Lima Filho, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o ex-deputado Rodrigo da Rocha Loures, que está preso e deverá depor à PF nesta quarta (7)
O Jornal Nacional, reproduzindo o site predileto de vazamentos da Procuradoria Geral da Republica, o da turma do Diogo Mainardi, afirmou que Joesley Batista cedeu seu avião particular, o Learjet 45, prefixo PR-JBS, para que Michel e Marcel Temer voassem ao Forum de Comandatuba, na Bahia.
O Forum era promovido por João Doria Júnior e há fato material provando a presença de Michel Temer por lá.
O Palácio do Planalto diz que Temer não usou o avião da JBS, mas o da FAB.
A matéria do Jornal Nacional tem um erro de checagem. Diz que o voo foi em janeiro de 2011.
O voo de ida, segundo o diário de bordo, aconteceu em 12 de janeiro de 2011. O avião saiu do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e foi para Comandatuba, na Bahia. A volta foi no dia 14 de janeiro de 2011. O avião buscou o grupo no hotel Transamerica Comandatuba, um resort que tem pista particular para jatinhos. O avião saiu de lá para Congonhas e levou, entre os sete passageiros, Temer e a família.
O Fórum, na verdade, foi entre os dias 21 e 24 de abril no Hotel Transamerica, na Ilha de Comandatuba (BA), como mostra a agenda do então vice presidente, que reproduzo ao lado.
Isso está documentado em dezenas de fotos que uma rápida busca no Google fazem aparecer.
Teria havido outro voo, para Porto Alegre, em data não determinada.
O dado é objetivo. Ou é janeiro, ou é abril. Um dos dois está mentindo.
Empresário Fred Queiroz e sua esposa Erika Nesi foram presos coercitivamente para prestar esclarecimentos sobre desvios de R$77 milhões das obras da Arenas das Dunas. Em entrevista a InterTV Cabugi, o advogado Diógenes da Cunha Lima, afirmou que acreditava na inocência de Fred Queiroz e de sua esposa Erika Nesi. A empresa Pratika Locações é de Fred e Erika, que são acusados de participar de um esquema de lavagem de dinheiro na campanha de 2014 de Henrique Alves, foram contratados para prestar serviços de militância ele rua, ou seja, de acordo com a PF, compravam votos. De acordo com a PF, a empresa recebeu R$9 milhões e sacou R$ 4 milhões em espécie durante a campanha.
O ex-deputado Henrique Alves, o empresário Fred Queiroz e a blogueira Erika Nesi, ficarão presos no CDP da Ribeira.
O governador Geraldo Alckmin vai mostrando que tucano profissional sabe o poder do muro.
Ontem, mandou o prefeito João Doria de menino de recados acalmar a rebelião das bases do tucanato, que queria abandonar o governo Temer, marcando o prefeito como “temerista”.
Hoje, à imprensa, saiu pelo outro lado:
“Quem disse que eu sou contra o desembarque? Se você pegar as minhas declarações lá atrás eu disse que o partido deveria apoiar o governo, as medidas de interesse para o país, sem necessariamente participar com ministro”.
Portanto, deixa aberta a porta para pedir a saída dos ministros tucanos do governo e, com isso, puxar o tapete de temer e chamar a si o comando do PSDB.
A vingança de Alckmin não é um prato frio, é uma refeição que ele pôs no freezer há anos.
Em conversas reservadas, Temer tem demonstrado indignação com a postura de Janot ( Foto: Marcos Corrêa/PR )
A prisão de Henrique Eduardo Alves, na manhã desta terça (6), reforçou a crítica entre auxiliares e assessores do presidente Michel Temer sobre a tentativa do Ministério Público de pressionar a Justiça Eleitoral.
Também nesta terça-feira (6), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) retomará o julgamento que poderá cassar o mandato do presidente.
Para o entorno do peemedebista, a prisão ocorre “com um timing estranho”, já que o ex-ministro do Turismo estava afastado da pasta há um ano e, de acordo com ele, as suspeitas sobre a construção da Arena das Dunas “não são novas”.
Nas palavras de um aliado do presidente, a iniciativa se soma ao pedido feito na segunda-feira (5) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pede a suspensão imediata de medida provisória que garante foro privilegiado ao ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco.
A expectativa no Palácio do Planalto, no entanto, é de que a pressão que estaria sendo feita pelo Ministério Público tenha efeito contrário sobre os ministros da Corte Eleitoral, estimulando uma postura de independência.
No domingo (4), o advogado Gustavo Guedes, responsável pela defesa do presidente no TSE, disse que o procurador-geral “está tentando constranger” o tribunal eleitoral a condenar o peemedebista.
Em conversas reservadas, Temer tem demonstrado indignação com a postura de Janot e dito que ele tem se comportado como um adversário.
A operação desta terça-feira (6) foi batizada como Manus e apura supostos crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.
A investigação se baseia em provas da Operação Lava Jato que apontam que Henrique Alves e o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) receberam suborno na construção da Arena das Dunas, estádio construído em Natal para a Copa do Mundo.
De acordo com a apuração da Polícia Federal e do Ministério Público, houve sobrepreço de R$ 77 milhões no valor da obras, com favorecimento de duas grandes construtoras.
Os pagamentos ocorreram como doação eleitoral oficial, entre 2012 e 2014. Os valores, segundo os investigadores, omitiam subornos e, em um dos casos, eram desviados em benefícios pessoais.
O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal deflagraram na manhã desta terça-feira (6) mais uma etapa das Operações Sepsis e Cui Bono. Desta vez, foi determinada a prisão preventiva de quatro pessoas, entre elas o ex-presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves. Há ainda, um quinto mandado de prisão que tem como alvo o também ex-presidente da Casa Legislativa, Eduardo Cunha, que já está detido em Curitiba. A operação está sendo executada em parceria com a Procuradoria da República no Rio Grande do Norte, onde também são cumpridas medidas cautelares com o objetivo de reunir provas para investigações em andamento.
Logo no início da manhã, em uma outra operação, essa sobre corrupção e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal, policiais federais foram à casa de Henrique Alves, na capital potiguar, para prendê-lo preventivamente. Cunha também é alvo no caso do estádio.
No caso dos pedidos apresentados à 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, as solicitações da Força-Tarefa são decorrentes, principalmente, de informações fornecidas em depoimento de executivos da Construtora Odebrecht, no âmbito do acordo de colaboração premiada. Remetidos à primeira instância há pouco mais de um mês, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin, os relatos foram juntados às investigações que têm o objetivo de apurar irregularidades cometidas pelo grupo liderado por Eduardo Cunha nas vice-presidências de Fundos e Loterias e Pessoas Jurídicas da Caixa Econômica Federal (CEF).
Além dos dois ex-parlamentares, também foram expedidas ordens de prisão preventiva contra outras três pessoas que, conforme indícios já reunidos pelos investigadores, também integram a organização criminosa. A solicitação tem como fundamentos, a garantia da ordem pública e o propósito de assegurar a continuidade das investigações bem como de impedir a ocultação de provas. Na petição, o MPF relata a existência de elementos, segundo os quais, os envolvidos praticaram, de forma continuada, os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e que, mesmo com as investigações em curso, continuam agindo para ocultar ativos no valor de mais de R$ 20 milhões que teriam sido recebidos por Eduardo Cunha. As prisões são mencionadas como uma forma de suspender a chamada atuação delitiva habitual e impedir a ocultação do produto dos crimes, “já que este ainda não foi recuperado”.
No documento, MPF cita ainda o fato de os investigados manterem contas bancárias no exterior com o objetivo de viabilizar o recebimento de propina, bem como a prática de outros crimes como a lavagem de dinheiro. No caso de Henrique Eduardo Alves, por exemplo, há relatos da existência de movimentação financeira externa entre os anos de 2011 e 2015, período em que teriam ocorrido os desvios de recursos do FI-FGTS por parte da organização criminosa.Para os investigadores, os indícios apontam para o risco de, em liberdade, os quatro estarem agindo para destruir provas do esquema criminal
Nome da operação que prendeu ex-deputado foi batizada de “Manus”. Ela foi deflagrada para apurar atos de corrupção na construção da Arena das Dunas
Novo Jornal
Ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves
Preso preventivamente na manhã desta terça-feira 6 pela Polícia Federal em novo desdobramento da operação Lava Jato, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB) deixou o condomínio onde mora em Natal sob vaias e xingamentos.
Em vídeo que circula nas redes sociais, populares acusam o ex-deputado federal de “ladrão” e “safado”.
O nome da operação que prendeu o candidato ao Governo do Estado em 2014 foi batizada de “Manus”. Ela foi deflagrada para apurar atos de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro envolvendo a construção da Arena das Dunas, em Natal. O superfaturamento identificado chega a R$ 77 milhões. Na mesma operação, houve também a expedição de um novo mandado de prisão contra o ex-deputado Eduardo Cunha.
O senador Garibaldi Alves, primo e parceiro político do ex-deputado Henrique Alves que está preso na Polícia federal, não está atendendo telefone da imprensa.
O senador tem sido procurado para falar sobre a prisão de Henrique.
Segundo sua assessoria ele está reunido e vai participar da reunião de comissões do Senado.
Toda classe política sabe que o então candidato a governador Henrique Alves fez grandes doações financeira para campanha do filho de Garibaldi, o deputado federal Walter Alves.
Como é a operação Manus deflagrada hoje no Rio Grande do Norte:
O secretário de Obras da Prefeitura de Natal, Fred Queiroz, também foi preso preventivamente, assim como o ex-deputado Henrique Alves (PMDB).
Um terceiro mandado de prisão foi expedido contra o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), que já está preso em Curitiba.
Mas segundo dados da operação, são 5 os mandados de prisão.
Foram conduzidos coercitivamente para depor, o publicitário Arturo Arruda, que estava em Mossoró, Eurico Alecrim e o ex-auxiliar do Ministério da Previdência, Jaime Mariz.
A produtora de vídeo Peron Filmes, em Natal, foi alvo de busca e apreensão, assim como a agência Art&C.
Mas a operação tem mais coisas a revelar:
São 5 mandados de prisão preventiva, 6 de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão nas cidades de Natal, Mossoró e Parnamirim, no Rio Grande do Norte, e Curitiba, no Paraná.
Em Curitiba é o mandado de prisão contra o já preso Eduardo Cunha.
Alves tinha livre acesso ao Planalto em agendas com Temer
Preso pela Polícia Federal nesta terça-feira (6), o ex-ministro Henrique Eduardo Alves tinha livre acesso ao Palácio do Planalto mesmo fora da equipe ministerial.
Alves se reúne com Temer, fora da agenda oficial, assim como outros ex-auxiliares e peemedebistas de confiança do presidente.
Ele foi ministro do Turismo de Michel Temer e caiu na esteira de denúncias em 2016. Alves é presença constante no terceiro andar do Palácio do Planalto, com acesso livre, inclusive, à sala da chefia de gabinete do presidente, comandada por Nara de Deus.
Há cerca de um mês, por exemplo, Alves esteve no Planalto para se encontrar com Temer.
O terceiro andar tem acesso restrito e só pode ser frequentado com autorização por se tratar do andar de onde despacha o presidente da República.
Alves era um dos principais aliados de Eduardo Cunha, também preso pela Polícia Federal.
Quando deputados, Alves e Cunha eram dos peemedebistas que frequentavam juntos os jantares no Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer.