O ex-assessor da Presidência Rodrigo Rocha Loures (PMDB)guardou a mala com R$ 500 mil que recebeu da JBS na casa de seus pais até devolver à Polícia Federal (PF) depois da delação dos donos e executivos da empresa. A informação foi revelada à PF pelo taxista que conduziu Loures no dia 24 de abril, segundo reportagem do “Fantástico”, da TV Globo.
Naquele dia, o ex-assessor do presidente Michel Temer deixou um encontro com Ricardo Saud, diretor da JBS, com a mala e a guardou no porta-malas de um táxi que o esperava. A entrega do dinheiro foi flagrada em uma das ações controladas da PF.
O taxista disse aos policiais que levava Rocha Loures para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O ex-assessor pediu, então, que o veículo parasse em uma pizzaria, onde ocorreu o encontro com o diretor da JBS.
Mais de 20 dias após o STF (Supremo Tribunal Federal) determinar que Aécio Neves (PSDB-MG)fosse afastado do mandato, o Senado ainda não cumpriu a decisão da corte.
O nome do tucano permanece no painel de votação e na lista de senadores em exercício do site do Senado. Seu gabinete tem funcionado normalmente. Se o tucano comparecesse a uma sessão estaria apto a votar, de acordo com técnicos consultados.
A Folha procurou desde quinta (8) o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), sua assessoria e a assessoria do Senado questionando as razões do descumprimento da decisão do STF. Não houve resposta.
O tema ainda não foi debatido pela Mesa do Senado, apesar de alguns senadores terem pedido reunião do colegiado a Eunício. É possível que haja encontro na próxima semana sobre o assunto.
Na decisão do dia 17 de maio, Edson Fachin determinou que Aécio ficasse suspenso “do exercício das funções parlamentares ou de qualquer outra função pública”, impedindo-o ainda de se encontrar com réus ou investigados no caso de deixar o país.
O presidente deixou o recinto com muita raiva, voltou com a publicação, rasgou-a na frente dos parlamentares e a atirou no lixo
Ele foi informado por um grupo de deputados que havia uma revista com uma foto do dono da JBS na antessala da presidência
Normalmente comedido e emocionalmente estável, Michel Temer demonstrou na semana passada o tamanho de sua irritação quando o assunto é Joesley Batista.
Ao ser informado por um grupo de deputados que havia uma revista com uma foto do dono da JBS na antessala da presidência, o presidente deixou o recinto furioso, voltou com a publicação, rasgou-a na frente dos parlamentares e a atirou no lixo.
Não precisava tanto, presidente. A reportagem de capa, realizada pela revista EXAME, uma das publicações da Editora Abril, é absolutamente crítica ao empresário-delator.
Após chegar ao governo graças aos seus aliados, o presidente passa por uma crise política intensa; Henrique pode delatar e destruir de vez império construído por Temer
O ex-ministro Henrique Alves e o presidente Michel Temer
Via Blog do Primo
Michel Temer chegou ao topo do poder de mãos dadas com os amigos. Assinou o termo de posse como presidente interino, em 13 de maio do ano passado, graças a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que comandava a Câmara e colocou em votação o processo de impeachment de Dilma Rousseff.
Aproveitou a tinta da caneta e nomeou o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) como ministro do Turismo e o suplente de deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) como seu assessor especial. O doleiro Lúcio Bolonha Funaro assistiu a tudo em liberdade.
Passado pouco mais de um ano, Cunha, Alves, Rocha Loures e Funaro acompanham de dentro da prisão a crise que se abate sobre o colega presidente, hoje não mais interino. Temer também está atento ao que se passa com seus bons companheiros.
Há entre os ocupantes do Palácio do Planalto o temor de que integrantes desse quarteto possam usar a delação premiada como atalho para abreviar o tempo de cadeia.
Dentre eles, o ex-ministro é do Turistmo, é suspeito de ter recebido R$ 7,15 milhões em propinas de empreiteiras, entre elas uma parte repassada pela OAS relativa à construção da Arena das Dunas, em Natal.
Muito próximo do presidente, trabalhou como arrecadador do PMDB. Manteve influência na área internacional da Petrobras e tinha relação próxima com as construtoras. Além disso, foi responsável por nomeações na Caixa. Sem dúvidas, Henrique Alves pode acabar explodindo a bomba que destruirá de vez o governo de Temer.
Para tentar se manter no poder, Michel Temer cogita um pacote de bondades para agradar em cheio à população com renda mais alta.
A estratégia do Planalto para mostrar que não está paralisado deverá ser a de adotar medidas com impacto na vida cotidiana das pessoas.
O governo estuda, entre as ações imediatas, a revisão da tabela do Imposto de Renda, podendo reduzir a maior alíquota cobrada de pessoa física de 27,5% para 18%.
A compensação para a perda de receita viria na taxação de dividendos de pessoas jurídicas. Sem ter sido debatida ainda pela equipe econômica, a ideia é do núcleo político do governo.
O pacote de bondades também inclui reajuste do 4,6% do Bolsa Família, bem abaixo da inflação. O martelo já foi batido pelos ministros Osmar Terra (Desenvolvimento Social) e Dyogo Oliveira (Planejamento).
Sessão do Senado Federal em 31 de agosto de 2016: O novo presidente do Brasil, Michel Temer, abraça o senador Aécio Neves – Ailton de Freitas / Agência O Globo
BRASÍLIA – O PSDB chega ao dia da reunião de sua Executiva com um forte movimento contrário ao desembarque da base do governo Michel Temer, diferentemente do que se via na semana passada, quando a debandada era a hipótese mais provável no partido. Segundo tucanos da cúpula, a tendência, hoje, é que não haja o rompimento com o Palácio do Planalto, mas que todos fiquem livres para se posicionarem como quiserem sobre o governo.
A possível permanência dos tucanos foi conseguida às custas de muitas conversas com o Palácio do Planalto, capitaneadas, principalmente, por pressões do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), que luta por sua sobrevivência política, e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de olho nas eleições presidenciais de 2018.
Assim, os quatro ministros da legenda — Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades) e Luislinda Valois (Direitos Humanos) — ficarão à vontade para se manterem em seus cargos e não haverá fechamento de questão em relação ao apoio a Michel Temer, que deverá enfrentar um pedido de denúncia por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR) nos próximos dias, a ser chancelado ou não pela Câmara.
A postura não significará que os deputados do PSDB serão obrigados a votar contrariamente à eventual denúncia de que Temer deve ser alvo. Mas já existem articulações para substituir tucanos que pensem em votar pelo acatamento da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, colegiado que será responsável por emitir um parecer sobre o caso, antes de ser levado ao plenário da Câmara.
“Pena de tucano para todo lado”
A única unanimidade no partido deve ser sobre a união em torno das reformas trabalhista e da Previdência.
— A tendência é essa, de liberdade para cada um agir como quiser. Vai ser pena de tucano para todo lado — afirma um dirigente do PSDB.
Logo que ocupou a sala de Dilma Rousseff, Michel Temer praticou um dos atos mais cruéis de seu mandarinato. Demitiu sumariamente o garçom José Catalão, figura querida no terceiro andar do Planalto.
De nada adiantaram os apelos para que fosse transferido para outra copa.
Catalão foi o primeiro desempregado do governo de Temer.
Em um ano, juntaram-se a ele 1,8 milhão de brasileiros.
Numa primeira versão o garçom Catalão foi mandado embora porque era petista. Não colou.
Noutra, endossada por Temer, ele foi visto tuitando mensagens para Lula.
Lorota, o celular do garçom era rudimentar, não tinha aplicativos.
Um ano depois, Temer recebeu o bilionário Joesley Batista e ele tinha um gravador oculto.
Deu no que deu.
O garçom empregou-se no gabinete da senadora Kátia Abreu.
O Banco Mundial reduziu a previsão de crescimento da economia brasileira este ano. A atualização do documento Perspectivas Econômicas Mundiais, divulgado ontem (4), prevê crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, de 0,3%.
A estimativa ficou 0,2 ponto percentual menor do que a informada em janeiro e está abaixo da projeção do mercado financeiro (0,5%).
Mesmo com expectativa de crescimento menor, o banco ressalta que o Brasil deve sair “lentamente” da recessão neste ano. “Indicadores de atividade melhoraram, incluindo a retomada do crescimento da produção industrial e expansão das exportações, assim como ganhos de confiança. Entretanto, o país continua a lutar contra o crescimento do desemprego e as consideráveis necessidades de ajuste fiscal”, diz o documento.
Em 2018, o Banco Mundial espera que o crescimento do Brasil chegue a 1,8%, a mesma projeção divulgada em janeiro. “O crescimento na América Latina e no Caribe deverá se fortalecer para 0,8% em 2017, quando o Brasil e a Argentina emergem da recessão e o aumento dos preços das commodities [matérias-primas com cotação internacional] apoia os exportadores agrícolas e de energia”, diz o relatório. A previsão para o crescimento da região em 2018 é 2,1%.
A previsão para o crescimento da economia mundial é de 2,7% em 2017, estimulado pela indústria e comércio, aumento da confiança do mercado e estabilização do preço de commodities. Para 2018, a previsão de expansão do PIB mundial é de 2,9%.
A prestação de contas da campanha de Henrique Eduardo Alves ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, nas eleições de 2014, foi aprovada pela Justiça Eleitoral, e nela consta todas as doações legais e transferência de recursos financeiros para aliados políticos e empresas.
Confira quem recebeu:
Kelps de Oliveira Lima– candidato a deputado estadual pelo SOLIDARIEDADE:
J B S S/A – R$ 100.000,00 – Zuleika Borges Torrealba – R$ 100.000,00 – Drogaria São Paulo – R$ 100.000,00 – Galvão Engenharia – R$ 100.000,00 – Construtora OAS – R$ 150.000,00 – Banco BTG Pactual – R$ 50.000,00
A prestação de contas da campanha de Henrique Eduardo Alves ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, nas eleições de 2014, foi aprovada pela Justiça Eleitoral, e nela consta todas as doações legais e transferência de recursos financeiros para aliados políticos e empresas.
Confira quem recebeu:
Wilma Maria de Faria– candidata a senadora pelo PSB: Construtora OAS – R$ 1.815.000,00 – Construtora Andrade Guitierre – R$ 1.000.000,00 – Vale Maganes -R$ 700.000,00 – Salobo Metais – R$ 75.000,00 – Arosuco Aromas e Sucos – R$ 300.000,00 – Telemont Engenharia – R$ 612.700,00 – Queiroz Galvão – R$ 208.000,00 – Logimed Distribuidora – R$ 420.000,00 – Usina Conquista do Pontal – R$ 670.000,00 – Agro Energia Santa Luzia – R$ 900.000,00 – Construtora Queiroz Galvão – R$ 500.000,00 – J B S S/A – R$ 400.000,00 – Cosan Lubrificantes – R$ 600.000,00.
A prestação de contas da campanha de Henrique Eduardo Alves ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, nas eleições de 2014, foi aprovada pela Justiça Eleitoral, e nela consta todas as doações legais e transferência de recursos financeiros para aliados políticos e empresas.
Confira quem recebeu:
Álvaro da Costa Dias – candidato a deputado estadual pelo PMDB: Banco BTG Pactual – R$ 100.000,00 –Const. Queiroz Galvão – R$ 200.000,00 – Rio Claro Agroindustrial – R$ 100.000,00 – Const. Andrade Guitierrez – R$ 75.000,00
Nelter Lula de Queiroz Santos – candidato a deputado estadual pelo PMDB: Raia Drogasil – R$ 150.000,00 – J B S S/A – R$ 100.000,00 – Alesat Combustíveis – R$ 100.000,00 – BTG Pactual – R$ 100.000,00
Vivaldo Silvino da Costa – candidato a deputado estadual pelo PROS: Construtora Queiroz Galvão – R$ 200.000,00
“E eles, do PSDB, DEM, PPS, que transmitiram ódio durante todos esses anos, não estão colhendo Aécio, FHC, Agripino, Serra,Alckmin, Estão colhendo o Bolsonaro, subproduto do ódio que lançaram contra o PT.”
A decisão do TSE de absolver a chapa Dilma-Temer levantou o debate sobre a necessidade de uma Justiça Eleitoral. O órgão, que tem orçamento para este ano de R$ 2 bilhões, custa R$ 5,4 milhões por dia aos cofres públicos, segundo a ONG Contas Abertas. A maior parte é destinada ao pagamento de pessoal.
“Em nenhuma democracia importante do mundo, tem Justiça Eleitoral”, ressalta o deputado Roberto Freire (PPS-SP), para quem o ambiente para tratar da extinção da Corte está posto. “A discussão era isolada, mas agora vai ganhar adeptos”, diz.
Troca tudo – No Senado, uma proposta de mudança na composição do TSE já ganha espaço. De autoria do senador José Reguffe, ela muda o modelo de escolha dos ministros, tirando esse poder do presidente da República.