24/11/2023
07:44


Documentos contradizem versão o advogado Frederick Wassef e mostram que ele recomprou um relógio do acervo presidencial em dinheiro vivo

 

A Polícia Federal (PF) começou a receber os documentos enviados pelas autoridades americanas para ajudar a elucidar o caso da venda ilegal das joias do acervo presidencial recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que foram vendidas. Em outubro, o Departamento de Justiça americano autorizou o pedido de colaboração policial internacional para investigar o esquema ilegal envolvendo itens do acervo presidencial.

As autoridades americanas enviaram documentos que comprovam que o advogado Frederick Wassef recomprou um relógio do acervo presidencial em dinheiro vivo a mando do General Lourena Cid, pai de Mauro Cid. Em agosto, o advogado da família Bolsonaro admitiu ter ido aos Estados Unidos reaver o item do acervo presidencial, mas negou que tenha sido a mando do ex-assessor de Bolsonaro. Após a confissão, Frederick Wassef foi alvo de mandados de busca e teve dois celulares apreendidos. Mauro Cid fechou um acordo de colaboração com a PF, mas os termos são mantidos sob sigilo.

Neste momento, os investigadores analisam a primeira remessa de documentos enviados pelo FBI. Nos próximos dias, uma equipe da PF deve ir aos Estados Unidos fazer diligências em campo.

A colaboração internacional foi intermediada pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI). A PF apura crimes de lavagem de dinheiro, ocultação de valores, apropriação indevida, falso testemunho.

Delação de Cid

O tenente-coronel Mauro Cid, principal ajudante de ordens de Jair Bolsonaro na Presidência, afirmou à Polícia Federal no seu acordo de delação premiada que recebeu “determinação” do então presidente para avaliar o valor de um relógio Rolex e autorização para vendê-lo junto com outros itens que compunham um kit de joias valiosas dado pela Arábia Saudita como presente oficial.

 

Publicado por: Chico Gregorio

0 Comentários

Deixe o seu comentário!