A ativista negra Jane Beatriz Silva Nunes morreu, nesta terça-feira (8), durante operação da Brigada Militar do Rio Grande do Sul.
Marcia Soares, advogada da ONG Themis, à qual a ativista era ligada, afirma que Jane morreu em decorrência da queda na escada de sua casa, na Vila Cruzeiro, em Porto Alegre. A ativista estava voltando do mercado quando viu que os policiais tentavam entrar na residência.
Ela teria resistido e pedido às autoridades para ver o mandado para que entrassem na casa, segundo Soares.
Moradores da região protestaram contra a morte da ativista no fim da tarde desta terça. A ONG Themis, que trata de discriminações contra mulheres no sistema de Justiça e faz parte da história de Jane, foi uma das responsáveis por convocar a manifestação.
A advogada afirma que a Brigada Militar já vinha fazendo abordagens nas casas dos moradores da Vila Cruzeiro.
Questionada pela Folha, a assessoria da Brigada Militar, enviou informações de que o Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul “identificou como causa da morte o rompimento espontâneo de um aneurisma cerebral. Não foi localizado no corpo nenhum sinal de trauma que justificasse o óbito”.
FOLHAPRESS
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