Com a família e a estrutura de sua gestão envolvidas na cena de um assassinato, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), chega ao final do segundo mandato sem ter conseguido construir um nome forte no ninho tucano para apoiar nas eleições 2020.

Reeleito em 2016, Virgílio Neto é impedido de disputar a eleição deste ano. O filho dele e chefe da Casa Civil, deputado federal Arthur Bisneto (PSDB), é também inviável legal e eleitoralmente. Vice do senador Omar Aziz (PSD) na chapa ao governo do Amazonas em 2018, Bisneto é apontado como um dos fatores da derrota. A dupla ficou apenas em quarto lugar, com 8% de votos.

O enteado de Arthur Virgílio Neto, Alejandro Valeiko, foi denunciado como um dos responsáveis pelo assassinato de um engenheiro na mansão da família durante uma festa regada a álcool e cocaína no ano passado.

Embora o MP-AM (Ministério Público do Amazonas) tenha ignorado na denúncia a responsabilidade do poder público, havia na cena do crime um funcionário da segurança do prefeito, pago com dinheiro público, e um carro da prefeitura foi usado para tentar ocultar o cadáver.