21/06/2020
07:08

O agora ex-ministro da Educação (já foi tarde) Abraham Weintraub, adora colecionar polêmicas.

E o governo Bolsonaro também.

Weintraub sentiu que poderia ter o passaporte apreendido e correu para os Estados Unidos.

Correu com medo de perder o passaporte e não poder mais viajar, e de ser preso também, no inquérito em que é parte integrante por ter chamado os ministros do STF de vagabundos e dizer que eles deveriam ser presos.

O que Weintraub foi fazer nos Estados Unidos?

Esperar para ser eleito diretor do Banco Mundial daqui a 3 meses, que é quando o banco realiza uma eleição com participação de 8 países.

Uma eleição que não será fácil para o ex-ministro desqualificado para o cargo que ocupava no Brasil e mais desqualificado ainda para o cargo que almeja ocupar por indicação de Jair Bolsonaro.

E a desqualificação para a diretoria do Banco Mundial foi revelada na carta assinada por 15 associações e mais de 130 personalidades de diversas áreas pedindo a embaixadores dos 8 países que se posicionem contra a indicação de Abraham.

O ex-auxiliar e agora protegido de Bolsonaro, dependerá do Ok da Colômbia, Filipinas, Equador, República Dominicana, Haiti, Panamá, Suriname e Trinidad e Tobago para virar, só daqui a 3 meses, diretor do Banco Mundial.

Não será.

O peixe foi frito antes de ser pescado.

O Planalto terá que montar outro esquema para salvar Weintraub.

Que fugiu do Brasil, ‘mangando’ do Brasil.

Mas o fato de estar nos Estados Unidos não livrará Weintraub de mais problemas.

Ele entrou nos Estados Unidos como ministro, combinado com o Planalto que só o exonerou um dia depois de ter pisado em solo americano.

E como ministro, se livrou do protocolo do coronavírus, de ter que cumprir uma quarentena.

O jornalista Guga Chacra, que vive nos EUA, questionou como Weintraub teria entrado legalmente no país por não ser residente permanente.

“Mas como teria entrado no país? Não é residente permanente e tampouco cidadão. Portanto necessitaria de duas semanas de quarentena em um terceiro país que aceite brasileiros e cujos viajantes sejam aceitos nos EUA. Turquia, por exemplo. Para Miami, direto, não faria sentido”, explicou Guga.

E prosseguiu:

“Se entrou com passaporte diplomático de ministro, teria de atualizar o status imigratório assim que fosse exonerado. Necessitaria sair dos EUA novamente para pegar o visto para trabalhar no Banco Mundial quando tiver aprovação e ingressar novamente nos EUA. Se não o fizer, estará irregular”, questionou o jornalista em conversa pelo twitter com o irmão de Abrahaam, Arthur Weintrau.

Thaisa Galvão

Publicado por: Chico Gregorio

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