24/06/2019
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1280px ceruku kottuta 0 - Cortadoras de cana têm útero retirado à força para serem mais produtivas

Usha, de 32 anos, é cortadora de cana, assim como seus pais. Aos 12 anos, ela foi forçada a se casar, para que não ficasse sozinha em casa quando os pais se ausentassem durante a colheita. Entre 13 e 20 anos, ela dá à luz a três crianças. Obrigada a trabalhar até o final da gravidez, ela teve os últimos dois em plena usina de transformação.

Depois do último parto, ela não recebeu nenhum cuidado médico e não pôde descansar. Após quatro meses, ela passou por uma ligadura de trompas, com intensos sangramentos. Depois de vários tratamentos sem sucesso, ela procurou um hospital particular. O médico indicou a retirada imediata do útero.

Como consequência, Usha teve dores nas costas, na nuca e coágulos de sangue nas pernas. Nada disso apareceu no relatório médico.

O sofrimento de Usha é relatado por email à RFI pela MahilaKisanAdhikarManch (MAKAAM), uma associação integrante de uma rede de ONGs especializadas na luta pelos direitos da mulher. O relato aconteceu em Bid, distrito do estado de Maharashtra, que tem Mumbai como capital.

O calvário de Usha não é um caso isolado. Mas o número anormalmente alto desse tipo de ocorrência levou a rede a lançar uma alerta. Nos últimos dias, dois sites de notícias, o Hindubusinessline e o Firstpost, relataram histórias semelhantes, com vários testemunhos.

Fonte: RFI

Publicado por: Chico Gregorio

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