30/10/2018
12:27

 

Reprodução / Instagram

Caso da criança fantasiada como negro escravizado repercutiu nas redes sociais

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) instaurou inquérito para investigar o caso de uma empresária de Natal que fantasiou o filho de negro escravizado. O caso ficará com a Promotoria de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente. A publicação feita pela mulher na noite da última segunda-feira, 29, ganhou grande repercussão nas redes sociais.

Segundo o MPRN, o procedimento investigativo irá transcorrer em segredo de justiça por envolver uma criança, conforme previsto no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). A Delegada Especializada de Defesa da Criança e Adolescente também vai investigar o caso.

O caso ganhou visibilidade em razão de a empresária publicar seis fotos do filho fantasiado de escravo. “Quando seu filho absorve o personagem. Vamos abrasileirar esse negócio #escravo”, trazia a legenda das fotos.

A criança aparece com tinta negra por todo o corpo corpo, vestindo farrapos, com correntes no pescoço e tornozelos, além maquiagens às costas simulando marcas de açoitamento.

 

Após receber críticas nas redes sociais, a empresária rebateu os ataques, com uma outra mensagem polêmica. “Não leiam livros d História do Brasil. Eles dizem q existiu escravidão d negros no país, mas isso é mentira. Ñ discuta com essa afirmação, pois vc estará sendo racista, A PIOR PESSOA, um lixo”, escreveu ela. Logo em seguida, a mulher apagou todas as contas das redes sociais.

A escola onde aconteceu a festa de Halloween emitiu uma nota repudiando o caso. A instituição afirmou que não compactua com expressões reforcem atos de preconceito.

 

Publicado por: Chico Gregorio

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