11/09/2018
06:36

O Ministério Público abriu inquérito civil contra o ex-prefeito de Natal e candidato ao Governo Carlos Eduardo Alves (PDT) para investigar se ele recebeu propina na forma de doação eleitoral em troca de autorizar o reajuste da tarifa de ônibus em Natal, que passou de R$ 3,35 para R$ 3,65 em março, um aumento de 8,96%. O empresário Agnelo Cândido, proprietário da empresa de transporte Reunidas, seria o “doador”.

Carlos Eduardo Alves está em 2º lugar nas pesquisas para governador do RN, atrás da candidata do PT Fátima Bezerra, e à frente do atual governador Robinson Faria (PSD).

O inquérito também tem como alvo o atual prefeito da capital Álvaro Dias (MDB), que assumiu o município depois que Alves decidiu se candidatar ao Governo. A campanha do delegado Adjuto Dias, filho de Álvaro, também teria sido abastecida com recursos de propina paga por meio de doação eleitoral.

O procedimento está em fase de investigação e corre sob sigilo. No entanto, a portaria que instaurou o inquérito está disponível para consulta pública no site do Ministério Público.

O inquérito foi instaurado em 28 de agosto de 2018. O promotor Márcio Cardoso Santos já autorizou as primeiras diligências, como a pesquisa no sítio eletrônico do TRE-RN sobre as doações realizadas para a campanha dos candidatos Carlos Eduardo e Adjuto Dias.

– Decreto o SIGILO do feito para não atrapalhar as investigações, de modo que deixo de determinar a publicação desta portaria no Diário Oficial do Estado, devendo o acesso aos autos ficar restritos aos Promotores e servidores desta Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público.

 No portal da Justiça Eleitoral ainda não estão disponíveis as fontes de receita pessoa física da campanha de Carlos Eduardo Alves (PDT) e do candidato à deputado estadual Adjuto Dias (MDB)

Em nota, a prefeitura de Natal afirmou que o inquérito é “absolutamente desprovida de fundamentos”. E justifica alegando que o o reajuste tarifário do transporte público segue critérios eminentemente técnicos e um processo que é regulamentado por lei.

– O processo se inicia com estudos que se convertem em planilhas com o acompanhamento da evolução de custos em itens como salários dos motoristas, encargos trabalhistas e despesas com insumos como combustíveis e peças de manutenção dos veículos.

Vai Rafael Duarte.

Publicado por: Chico Gregorio

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