Brasil é o país que mais diminuiu suas compras entre os principais parceiros comerciais chineses – queda de 34% de janeiro a julho
Por: Folha de S.Paulo
Os esforços do presidente Michel Temer em vender o Brasil como uma terra de oportunidade para os empresários chineses acontecem em um momento em que a importância do país para as vendas do gigante asiático retrocederam uma década.
O Brasil é o país que mais diminuiu suas compras entre os principais parceiros comerciais chineses – queda de 34% de janeiro a julho em relação a igual período de 2015.
A consequência é que a sua participação nas vendas do parceiro foi reduzida ao menor nível desde 2007: 0,99% (ou US$ 11,5 bilhões) das exportações chinesas. Em 2011, elas chegaram a ser 1,7%, de acordo com dados oficiais do país asiático.
A diferença, à primeira vista, parece irrisória, mas cada um ponto percentual no comércio do maior exportador mundial representou em 2015 US$ 23 bilhões, equivalentes a 13% da compra brasileira.
A queda nas compras não só é explicada pela recessão brasileira como também é um retrato claro dos problemas da economia do país, que acumula seis trimestres consecutivos de retração.
Se, por um lado, a demanda menor por eletroeletrônicos chineses (como celulares e computador) reflete a queda no consumo das famílias, por outro, a retração na compra de máquinas está ligada aos investimentos menores do governo na economia
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