04/08/2016
18:49

O Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte (MPF-RN) apresentou nesta quinta-feira (4) as duas últimas ações da Operação Pecado Capital, que desmontou um esquema de corrupção no Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (Ipem-RN), em 2011.

As ações revelam que o esquema causou um desfalque de R$ 4,2 milhões aos cofres do órgão e apontam que o ex-deputado Gilson Moura recebeu R$ 1,2 milhão em propina através do uso de veículos contratados pelo Ipem e desviados para utilização em campanha, bem como por meio de “Caixa 2”. De acordo com o Procurador da República Rodrigo Telles, ele foi o principal beneficiário.

“As duas últimas ações da Operação Pecado Capital deixam bem evidentes quem eram os principais beneficiários do esquema. Gilson Moura foi o principal beneficiário desse esquema ilícito e uma das finalidades primordiais em favor dele se relacionava às suas campanhas de eleição e reeleição”, declarou.

O procurador explicou ainda como era feito o esquema. “O esquema era dividido em dois grupos principais. De um lado, Gilson Moura e Rychardson. De outro, Lauro Maia e sócio o advogado Fernando Caldas Filho. Eles dividiam os principais contratos que ensejaram os desvios de recursos”, detalhou.

Rodrigo Telles ainda foi além. “Gilson Moura utilizava os recursos ilícitos em espécie para efetuar depósito em suas contas de campanha e no momento da prestação de contas, ele justificava os depósitos com recibos falsos subscritos por pessoas que não haviam efetuado doações. Havia também caixa 2 fruto de desvio do Ipem. Isso foi constatado em contratos de locação de trios elétricos, fogos de artifícios e empresas de pesquisas eleitorais”, contou.

Publicado por: Chico Gregorio

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