Por Fausto Macedo / Estadão
Em busca dos verdadeiros proprietários do jatinho Cessna Citation, prefixo PR-AFA, que em agosto de 2014 caiu e matou o então candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB), em Santos, os investigadores da Operação Turbulência mapearam uma teia de empresas de fachada utilizadas para lavar e supostamente escoar dinheiro oriundo de obras públicas para campanhas políticas.
Responsável pelo inquérito, a delegada federal Andréa Pinho Albuquerque, da Polícia Federal em Pernambuco, compartilhou informações com a Justiça Federal do Paraná e com o Supremo Tribunal Federal para comprovar a relação dos empresários por trás da compra da aeronave com empreiteiras e políticos investigados na Lava Jato.
o solicitar informações ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato na primeira instância, a delegada salienta que relatório de inteligência elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) revela que ‘parte dos recursos utilizados na aquisição da referida aeronave tenham sido originados da Construtora OAS, a qual, além de investigada na Operação Lava Jato, participou da execução de alguns lotes das obras de transposição do Rio São Francisco em Pernambuco, Estado cujo governador à época era, justamente, Eduardo Campos’.
Por Fausto Macedo / Estadão
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