12/06/2016
08:20

O deputado federal Rogério Marinho (PSDB) é um bom e habilidoso parlamentar. O grupo de Wilma perdeu um estrategista com sua saída no imbróglio de 2008. Naquele momento a guerreira deu um chega pra lá em Rogério e apoiou uma candidatura contra Micarla – a de Fátima Bezerra – fadada ao fracasso. Ele permaneceu e Wilma foi varrida da cena política potiguar. Ele tem serviço prestado: é dele, por exemplo, a idealização é viabilização do projeto Instituto Metrópole Digital, que já mudou a vida de milhares de jovens do Rio Grande do Norte.

Seu último mandato tem sido marcado por uma inflexão. Aproveitando a oportunidade, empreendeu politicamente no sentido de abraçar a forte bandeira eleitoral do antipetismo. Um giro, em certo sentido, natural, já que ele preside no RN o principal partido de oposição ao PT no Brasil.

Só que a impressão que passa é que Rogério Marinho vem perdendo a mão. Seus discursos falam sobre bolivarianismo, escola sem partido e comunismo. Isso cativa muita gente e cabe ao representante tentar expressar o sentimento de seu eleitorado. Aí se encontra a racionalidade que impulsiona a fala. Mas sumiram de suas intervenções questões, digamos assim, mais concretas (projetos, análises sobre educação profissional, questões econômicas em âmbito federal e estadual) do dia-a-dia das pessoas. O embarque de cabeça no Fla-Flu que tomou conta do país retirou a efetividade do mandato de Rogério. Talvez, diante do quadro desolador, fosse propício fazer um reequilíbrio entre o antipetismo e a necessidade de ajudar o RN a sair da crise em que se encontra.

Leia o artigo publicado por ele hoje no Novo e tire suas conclusões: aqui.

Por Daniel Menezes

Publicado por: Chico Gregorio

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