Um exemplo disto, fechado na noite deste domingo, é o deputado Ricardo Barros (PP-PR). Favorito do PP para ser ministro da Saúde, o nome sofria forte resistência de Temer, que desejava ter o médico Raul Cutait no cargo. No entanto, Barros aproveitou este fim de semana para ter conversas com profissionais da área em São Paulo e, segundo interlocutores de Temer, conseguiu viabilizar sua ida ao ministério.
Este é apenas um exemplo da solução intermediária encontrada por Temer para tentar finalizar a montagem do seu Ministério. Desta forma, o entorno do vice espera vencer o dilema que estava vivendo de ter de reduzir o número de pastas e, ao mesmo tempo, manter amarrada sua base de apoio no Congresso.
Um impasse ainda a ser enfrentado é contemplar os pequenos partidos que desejam ter seu naco de poder no eventual governo Temer. O PRB, por exemplo, insiste em ter o pastor Marcus Pereira, presidente da legenda, no comando de Ciência e Tecnologia. O entorno do vice tem resistências ao nome.
— Ou Temer abre mão (de notáveis) para que os partidos façam as nomeações, ou não consegue reduzir os ministérios. As duas coisas, não dá — admitiu ao GLOBO um auxiliar do vice que participa das reuniões.
Na reunião da noite de domingo, Henrique Meirelles tranquilizou o vice-presidente sobre a convivência com os diretores do Banco Central da atual gestão. O ministeriável reafirmou ao vice que não havia pressa para promover as mudanças no órgão.
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