02/05/2016
17:29

Por Daniel Menezes

Os dados sobre a insegurança no RN auditados pelo MP, representantes de especialistas das

universidades públicas, justiça e polícias apresentaram pequena queda. Sua explosão ocorreu,

conforme o mapa da violência elaborado pelo ministério da justiça, de 2004 à 2014.

Apesar da ligeira reversão, a situação é inegavelmente muito difícil.

O jornalismo da Inter TV, no entanto, produz uma cobertura estranha. Além da apresentadora

alegar que números não têm importância, uma afirmação alheia ao desenvolvimento científico

moderno, seu jornal do meio-dia e do início da noite intercalam meses de matérias amenas e reportagens com a polícia em

ação com outras em que Natal, na telinha do plim-plim local, é transformada na faixa de gaza.

Na apresentação do caos de temporada, só mortes e fugas dos presídios. Nenhum dado mais

analítico é posto na mesa. Por exemplo, quem construiu o cheio de furos sistema prisional em total

desconformidade com os projetos arquitetônicos da época e lotado de aditivos, grande sintoma de

corrupção?! Quantos concursos foram feitos nos últimos anos? A arrecadação está permitindo

fazer alterações? São questões que permitiriam debater o assunto em uma profundidade um pouco

menos rasa que uma lamina de barbear deitada.

Coincidência ou não, as críticas estão vindo no início do ano, momento em que o orçamento

estadual de todas as pastas, educação, saúde, comunicação, etc, ainda se encontra fechado.

Quem sabe, lá pra frente, o debate mais reflexivo não aparece?!

ACREDITANDO NAS BOAS INTENÇÕES

Falo isso porque acredito que o objetivo da Inter Tv não é assustar a população, principalmente a

classe média formadora de opinião e telespectadora dos programas; não deseja lançar lenha na

fogueira dos corriqueiros justiçamentos e muito menos fazer apologia de milícias paraestatais. O

argumento do texto também parte do pressuposto de que não é intenção da emissora ajudar quem

está sentado na recepção doido para ocupar a cadeira do palácio. Apesar de que, do ponto de vista

 realista, o “terrorismo” nada resolve e só leva a isso.

Publicado por: Chico Gregorio

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