Durante pronunciamento, nesta quarta-feira (13), a senadora Fátima Bezerra enalteceu a posição de partidos contrário ao governo, que se posicionaram contrários ao golpe em curso no país, por se tratar acima de tudo da defesa da democracia. “Temos hoje no movimento contra o golpe partidos como o PSOL, como a Rede. Todos nós sabemos da posição firme de oposição que o PSOL tem ao nosso Governo. Mas nem por isso o partido deixou de se posicionar claramente contra o pedido de impeachment da Presidenta Dilma”, disse.
Fátima chamou a atenção para a postura de deputados como Chico Alencar, Ivan Valente, Luiza Erundina e Jean Wyllys, do PSOL, que mesmo discordando o governo, votarão em Plenário para sepultar de vez a tentativa de golpe em andamento. Ela leu trecho de artigo publicado na Folha de S. Paulo desta quarta-feira, assinado por Erundina e Valente. “Tenta-se atribuir um crime de responsabilidade a alguém que ainda não foi sequer denunciado por nenhum crime. É portanto, desonesto dizer, como o fazem os patrões da Fiesp, que ser contra o impeachment é ser a favor da corrupção. Impeachment sem crime de responsabilidade tem nome: é golpe”, afirmam os deputados.
Fátima saudou ainda a atitude dos deputados Aliel Machado e Molon, da Rede, pela postura democrática em favor do mandato da presidenta Dilma Rousseff. “Mesmo a Rede tendo uma posição clara de defesa de eleições gerais, mesmo a Rede tendo recomendado o voto favorável ao impeachment, esses Parlamentares, movidos pela consciência que têm da defesa da democracia, assumiram corretamente uma posição de votar contra o golpe”, destacou a senadora.
Em aparte, o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) anunciou, em público pela primeira vez, sua posição contrária ao processo de impeachment. Segundo o parlamentar, não existe nenhum crime cometido pela presidenta e o golpe orquestrado pelo vice-presidente, Michel Temer, representa o maior retrocesso da história dos trabalhadores. “Não há dúvida dos meus posicionamentos, aqui, no plenário do Senado, de oposição a este Governo. Mas, a minha posição contrária ao impeachment é primeiramente porque não está neste processo caracterizado crime de responsabilidade. (…) O que Temer está anunciando é um projeto contra conquistas históricas dos trabalhadores e direitos sociais conquistados por parte do povo brasileiro. O meu voto contrário é porque o que pode vir é pior do que o que nós estamos lamentando hoje”, defendeu.
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