Um laudo da Polícia Federal afirma que a empreiteira Andrade Gutierrez fez pagamentos para uma empresa de fachada, que pertence a um suspeito de operar pagamentos de propina, dentro de contas contábeis de contratos da construtora com o governo de São Paulo, como o Rodoanel e o Metrô.
A análise aborda a contabilidade da construtora e foi anexada a um inquérito da Operação Lava Jato nesta semana.
De acordo com o laudo, a Andrade Gutierrez fez uma série de pagamentos para a empresa Legend, do empresário Adir Assad, que ficou preso em 2015 e já foi condenado sob a acusação de operar propinas na Petrobras.
Os peritos mostram em uma tabela que foram pagos pela empreiteira à Legend R$ 7,4 milhões dentro de uma conta contábil usada pela construtora para gerir os seus gastos na construção da Linha 2-verde do Metrô de São Paulo. Outros R$ 1,08 milhão foram pagos à Legend na central de custos do Rodoanel, em 2009. Na época, o governador do Estado era José Serra (PSDB).
As informações foram antecipadas pelo jornal “O Estado de S.Paulo”.
Além dessas obras, também há pagamentos no mesmo modelo feitos em projetos do governo federal, como a hidrelétrica de Belo Monte e a expansão do Trensurb, rede de trens da região metropolitana de Porto Alegre.
O laudo não traz, porém, nenhuma conclusão sobre a motivação desses pagamentos.
Por: – Folha de S. Paulo
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