Uma das coisas mais importantes que esta sexta 18 mostrou foi que ninguém mais suporta a Globo.
Na Avenida Paulista, a Globo foi o principal alvo dos protestos dos que para lá foram na manifestação de defesa da democracia.
No meio da tarde, um grupo cantou: “Puta que o pariu, a Rede Globo é o câncer do Brasil.”
Não me ocorre palavra melhor para definir a Globo: um câncer.
“Você via repórteres de todas os veículos com crachá na Paulista”, conta a advogada Erika Nakamura, que cobriu a manifestação para o DCM. “Você só não via gente da Globo.”
Os jornalistas da Globo estão hoje condenados a se esconder, em eventos como o de hoje, ou de medo ou de vergonha, ou de ambos.
Erika narra um fato interessante. A Globo usou hoje câmaras em cima do Conjunto Nacional. O objetivo era mostrar o pedaço da Paulista que mais demora para ficar lotado em manifestações. A Globo queria passar para seus espectadores a ideia de que o protesto contra o golpe tinha sido um fracasso.
Isso quando noticiava o ato.
Num capítulo particularmente revelador do dia, a atriz Leandra Leal da Globo expressou no Twitter sua revolta com o jornalismo da emissora para a qual trabalha.
Ela endereçou à GloboNews a seguinte mensagem: “Estou trabalhando e assim como domingo e ontem queria acompanhar as manifestações. Cadê a cobertura ao vivo?”
Isso às 16h41, horário em que na Marcha dos Golpistas, no domingo, a Globonews e a Globo cobriam freneticamente as manifestações, com o explícito propósito de inflá-las com tomadas de câmara desonestas.
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