O Sindicato dos Servidores em Saúde do Rio Grande do Norte classificou de “precipitado” o fechamento de dois hospitais públicos de Natal e a entrega de um único hospital (Hospital de Natal, na foto, com centro cirúrgico ainda sem funcionar), em dezembro do ano passado. “Fechar os hospitais dos Pescadores e pediátrico Sandra Celeste, foi uma tentativa de dar uma resposta à sociedade”, na visão do novo coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde), Manoel Egídio.
“Já tivemos uma audiência com o secretário. Nossa opinião é que Natal precisa de um hospital, mas daí desativar um pronto socorro infantil, e outra unidade, foi precipitado. Foram fechadas duas unidades e colocaram numa só com problema de fluxo, falta de espaço e estrutura física deficiente”, avaliou. Segundo ele, “o pronto-socorro infantil ficou muito imprensado numa área em conjunto com o pronto-socorro adulto, o que não funciona bem porque a criança precisa ter um atendimento especializado”. “O espaço é muito pequeno, os postos de enfermagem não têm espaço nem bancada para preparar a medicação, o espaço é restrito”, disse.
Ao avaliar a decisão de abrir o hospital, Manoel Egídio classificou como “precipitação da gestão em querer dar uma resposta à sociedade”. “Ora, a fachada é muito bonita, tem a proposta de realizar cirurgia, mas o centro cirúrgico está em reforma, a unidade foi aberta sem rede de oxigênio. Entendo que foi uma forma de o governo querer, no final do ano, dar uma resposta a sociedade, pelo menos paliativa ou literalmente de fachada. Se tivesse sido programado até que poderia ter melhorado a demanda de leitos”, afirmou.
Em entrevista à imprensa nessa segunda-feira, o prefeito Carlos Eduardo disse que apenas em março o hospital estará funcionando com todos os serviços. Por ora, encontram-se desativados o centro cirúrgico por falta de instalação de oxigênio e a Unidade de Terapia Intensiva. O hospital foi “entregue” à população em dezembro.
Fonte: Agora RN
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