26/02/2016
09:44

download (1)Por Pedro Venceslau e Ricardo Chapola

AGÊNCIA ESTADO

Na reta final das prévias do PSDB que definirão o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo, aliados do vereador Andrea Matarazzo e do empresário João Doria estão promovendo uma disputa subterrânea com denúncias que vão do uso máquina até a cooptação de apoio de político mediante compensação financeira.

Aliado de Matarazzo, o vereador tucano Adolfo Quintas conta que estava em um salão de barbeiro em Ermelino Matarazzo, na Zona Leste, quando encontrou o militante Gutemberg Torquato Pereira, que é correligionário de Doria, e fez uma provocação. “No dia 28 (data do primeiro turno da eleição) você não ganha mais nada dele”.

O aliado do empresário, que pela primeira vez tenta ser candidato a um cargo eletivo, teria respondido que, caso o pagamento não saísse, Doria não receberia os votos da região. “Se não sair o segundo pagamento no dia 27 (amanhã), ninguém vota. O homem (Doria) tem muito dinheiro, precisa gastar”.

O diálogo relatado pelo parlamentar tucano foi gravado com um microfone escondido e logo passou a circular nos canais de debate virtuais da legenda. “Não fui eu quem gravou e não sei quem foi. Mas existem quatro ou cinco gravações como essa circulando no partido. O Doria está pagando para um monte de gente que nem é filiada ao PSDB”, diz Adolfo Quintas.

Procurado pela reportagem, Gutemberg afirma não ter recebido nada de Doria e que gravação é uma “montagem”.

“Eu não estou ganhando nada. Isso é tudo montagem. Está todo mundo desesperado”. A assessoria de Doria, por sua vez, afirma que a pré-campanha é formada apenas por voluntários, mas reconhece que paga uma ajuda de custo. “Logicamente a campanha reembolsa as despesas de transporte e alimentação dos colaboradores”, afirma a assessoria.

Publicado por: Chico Gregorio

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