Por Ilana Alburqueque
Dinarte Assunção
A decisão do Supremo Tribunal Federal, que impôs novo entendimento sobre a execução penal no andamento de uma ação processual, promete desdobramentos na Operação Impacto – a rumorosa investigação que descobriu esquema de compra de votos na Câmara Municipal, em 2007, para alterar o plano diretor da cidade.
Ontem, por 7 votos a 4, o STF passou a admitir que um réu condenado em segunda instância já possa ser preso enquanto recorre às instâncias superiores (o Superior Tribunal de Justiça ou o próprio STF).
O julgamento, no entanto, não teve caráter de repercussão geral.
Ou seja, não foi utilizado o que, no direito, se designa, modulação, quando o STF impõem um marco, a partir do qual todos os julgamentos devem seguir aquele entendimento.
Os ministros do Supremo trataram a decisão ao julgar o mérito de um habeas corpus.
Portanto, sem o caráter da repercussão geral, o relator dos casos com condenados em segunda instância fica desobrigado a mandar os condenados para a prisão.
Ainda assim, agora temos um entendimento consolidado.
Resta saber se o desembargador Glauber Rego vai acolher a petição que o MP vai enviar para o seu gabinete pedindo a prisão dos 17 condenados da Operação Impacto
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