Deputados petistas querem desculpas do STJ pela expressão “atrás das grades”, usada em relação a José Dirceu
A Assessoria de Imprensa do Superior Tribunal de Justiça (STJ) divulgou uma carta, assinada pelo jornalista Douglas de Felice, secretário de Comunicação da corte, admitindo erro na divulgação de um post, no último dia 29, com o seguinte título: “Como o recesso do Judiciário só termina em fevereiro, José Dirceu vai passar o ano novo atrás das grades”.
O material noticiava que o habeas-corpus impetrado pelo ex-ministro, preso condenado pelo mensalão e investigado pela Operação Lava Jato, só será analisado após o recesso do Judiciário.
Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ) enviaram ao presidente do STJ, ministro Francisco Falcão, um pedido para que o texto fosse retirado do Twitter oficial do STJ.
Desculpas
Os petistas pedem também que o STJ abra uma sindicância para apurar responsabilidades sobre a publicação e requerendo um pedido oficial de desculpas do tribunal.
Segundo os dois parlamentares, o ex-ministro da Casa Civil teve sua dignidade “aviltada”.
“A divulgação revela, ainda, o já conhecido uso da prisão como espetáculo. Dessa forma, não basta o ex-ministro estar preso preventivamente – sob critérios com justeza questionados por sua defesa. Ele precisa ser exposto e ter a dignidade aviltada”, afirmaram os dois petistas.
Na carta, o jornalista admite que o profissional que editou o material errou no título: “O erro que ele cometeu foi tentar explicar numa linguagem comum e sucinta, própria de sua formação de rádio e TV, nos exíguos 140 caracteres que o Twitter permite, uma decisão tomada no plantão pelo Presidente deste Tribunal Superior. Economizou nas palavras e foi, no que alguns consideram, inclusive eu, infeliz na expressão, mas explícito na descrição e tradução da decisão judicial”, afirma Douglas.
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