Por Daniel Menezes.
A gravação telefônica autorizada pela justiça e veiculada pela rede Cabugi, dando conta de conversas entre o procurador geral de justiça, Rinaldo Reis, e a então procuradora da assembleia, Rita das Mercês, segue rendendo.
Rita é a principal pivô da operação Damas de Espada, que investiga supostos desvios na Assembleia. O teor da conversa em si não leva a qualquer conclusão sobre conduta ilícita por parte do procurador Rinaldo Reis. Buscar informações sobre o andamento de uma lei, como foi o caso, é prática corrente na relação dos demais poderes com o legislativo.
Ainda assim, a oposição interna no MP que o procurador geral de justiça sofre irá aproveitar o fato, para acioná-lo na corregedoria da instituição. Uma forma de mantê-lo enfraquecido.
Conforme soube o índio Poti, quem vem adorando a situação são os membros do sindicato dos servidores do MP, já que Reis adotou medidas restritivas quanto à possibilidade de aumento salarial e redução da jornada de trabalho para a categoria. Há a crença de que, com a sua contestação, ele fique vulnerável e pleitos trabalhistas sejam aprovados.
Além disso, outro sinal de fumaça dá conta de que o vazamento constrangedor para Rinaldo Reis foi troco por uma operação anterior que pegou gente ligada a outros membros da instituição. A vibração foi grande com direito a sorriso e tudo mais.
É pouco provável que a calmaria venha a se instalar no Ministério Público pelos próximos meses. Lá, procurador é o lobo do procurador. E vice-versa.
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