Canindé Soares
Construída em 1985 pelo então governador José Agripino para ligar as praias urbanas à zona sul de Natal, dando início ao projeto turístico da cidade, a Via Costeira tem sido atualmente palco de debates sobre a regulamentação de zonas especiais de interesse turístico, como também ponto de discussão sobre isenções que incentivem a chegada de novos empresários na área.
O primeiro hotel a se instalar na Via Costeira foi o Natal Mar Hotel, de propriedade do empresário Sami Elali. De lá para cá, outras redes se instalaram e algumas tentaram se instalar sem sucesso. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RN), José Odécio Júnior, a Via Costeira precisa ser “repensada”.
Entre os principais entraves, o presidente da ABIH-RN destaca a insegurança jurídica. “Nos últimos 20 anos, salvo o da BRA, não houve nenhum novo investimento naquela região, o que prejudica a geração de emprego e renda. O último hotel que surgiu foi o Serhs, que só abriu mediante uma ordem judicial, e isso é um absurdo. Natal precisa se desenvolver à exemplo de outras cidades. João Pessoa cresceu muito nos últimos 8 anos e não vou nem citar o Ceará, pois eles já nos ultrapassam em muito”, completou.
“A Via Costeira tem sido muito prejudicada. A atração de investimentos tem sido prejudicada pela falta de uma visão mais moderna. Acho que uma posição ideológica, ao meu ver equivocada, levou a isso. Aquela ‘lei tatu’ é um atraso em relação ao desenvolvimento da Via Costeira. O alargamento da via também foi prejudicado em face de uma visão ambiental que eu também considero equivocada”, destacou Odécio.
Agora RN
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