A migração estimada pelo governo em virtude dos efeitos da seca no Rio Grande do Norte não deverá ocorrer, se ocorrer, na proporção em que foi estimada no plano emergencial de segurança hídrica.
O documento, que servirá de base para o Estado pleitear recursos em Brasília para obras estruturantes de combate a seca, fala no êxodo de mais de um milhão de pessoas. Para um especialista na matéria, esse cenário é improvável.
“Eu não creio num êxodo de quase um milhão de pessoas. Se 100 mil já é um numero marcante, imagine um milhão. Isso não acontece do dia para a noite. Esses números estão superestimados”, avaliou Elias Nunes, do Departamento de Geografia da UFRN.
As implicações de uma migração em massa, prosseguiu Nunes, seriam catastróficas. “Teríamos o inchaço da máquina urbana. Isso geraria um impacto social enorme. As pessoas viriam em busca do elementar, moradia, comida, crescimento. Como conseguir isso para tanta gente?”, pontuou o geógrafo.
Por Dinarte Assunção
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