22/12/2015
17:01

Como dizia o pensador Bertolt Brecht nada deve parecer impossível de mudar. Sempre agi e penso assim. Porém, pra mudar e vencer é preciso lutar e não se render ao sono, ao silêncio e ao medo. Foi assim a luta para quebrar a lógica que alimentava certos agentes  políticos que faziam da Fundação Carlindo Dantas-hospital do Seridó mais que uma casa de saúde, um espaço de reprodução de poder e troca de favores, transformando um direito em moeda eleitoral. Foi preciso luta, indignação e pressão popular das entidades, do conselho municipal de saúde, movimentos sociais e das mulheres, para reverter essa prática danosa a dignidade das crianças e mulheres gestantes de Caicó e região Seridó.

Diante dos fatos e vozes das ruas o ministério publico e a justiça federal não ficou indiferente e decretou em agosto/15 o processo de intervenção na Fundação Hospitalar Carlindo Dantas, mantenedora do Hospital do Seridó e instituiu uma junta interventora para cumprir as determinações da justiça. Diante da correta, sabia e justa manifestação do Ministério Público Estadual-CAOPS SAÚDE, através da promotora Iara Pinheiro, a juíza titular da 9ª Vara Federal, Sophia Nóbrega Câmara Lima, prorrogou por mais 120 dias o processo de intervenção.

Esse fato certamente enche de energia, disposição e unidade na luta de todos aqueles e aquelas que lutam em defesa dos direitos, da justiça e da oportunidade de termos no Seridó UM HOSPITAL DE REFERENCIA REGIONAL materno-infantil para atendimento das gestantes, prestando assistência médico-hospitalar, através de um hospital público estruturado com UTI Neonatal e quadro de pessoal e profissional qualificados, sem politicagem e a serviço de uma saúde pública descente para atender com dignidade as mulheres e crianças de toda a região Seridó.  Isso não é sonho. É uma necessidade e um direito das mulheres e um dever dos governantes.

José Procópio de Lucena
Membro do CMS/Caicó

Publicado por: Chico Gregorio

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