BRASÍLIA (Reuters) – O PMDB deve atuar alinhado em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff na comissão especial que analisará o pedido impeachment que começará a funcionar na segunda-feira, disse o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
“O PMDB não é um partido golpista. A história do partido é em defesa da democracia, lutou pelas Diretas, pelo estado democrático de direito, essa é a marca do PMDB”, disse o ministro peemedebista à Reuters nesta sexta-feira.
O PMDB tem direito a oito vagas na comissão especial que analisará o pedido de impeachment, maior bancada no colegiado de 65 assentos, juntamente com o PT, que também tem direito a oito deputados.
A declaração do ministro da Saúde foi feita horas depois de ter sido revelado que o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, um dos principais aliados do vice-presidente Michel Temer, pediu demissão do cargo.
A saída de Padilha foi confirmada pela Reuters com duas fontes do partido, que alegaram que o motivo seria problema em uma nomeação para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Padilha estaria insatisfeito com o governo há algum tempo, e a gota d’água para o pedido seria a indicação por Padilha de um nome para a Anac encaminhado ao Senado, que teria sido retirado pelo Palácio do Planalto, segundo uma das fontes do PMDB.
O pedido de demissão também ocorre dois dias após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), correligionário de Padilha no PMDB, ter acatado pedido de abertura de processo de impeachment contra Dilma.
0 Comentários