27/12/2015
10:02

Líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) disse nesta semana que 2015 foi “um ano de vitórias” legislativas para a gestão de Dilma Rousseff e que, apesar de as previsões apontarem no sentido contrário, a economia vai sair do buraco em 2016.

Guimarães, que reuniu a imprensa para fazer um balanço do ano, foi o responsável por conduzir a combalida base de apoio de Dilma na Câmara, palco de várias derrotas governistas durante todo o ano.

A primeira delas, já no início de fevereiro, foi a vitória em primeiro turno de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Casa. Já a última ocorreu no dia 8, quando em votação secreta a Casa indicou ser majoritariamente favorável à destituição da presidente ao aprovar por 272 votos a 199 uma chapa anti-Dilma para a comissão do impeachment.

“Não estou dizendo que não teve problemas, mas não podemos tapar o sol com a peneira, tudo o que o Levy [ex-ministro da Fazenda] mandou para cá a gente aprovou”, disse Guimarães. Sobre o fato de os projetos terem sido bastante alterados para poderem ser aprovados, afirmou que o governo não pode tudo e que a Câmara “é a Casa do diálogo”.
Apesar de tentar passar uma mensagem de otimismo, o petista reconheceu que o governo estava por um fio na votação da composição da comissão do impeachment ­votação essa que terá que ser refeita por ordem do Supremo Tribunal Federal.
“Nas condições em que estávamos, na beira do abismo, você ainda ter 200 votos [favoráveis a Dilma]?”, afirmou.

AJUSTE

Guimarães também comentou a troca de guarda na economia, com críticas indiretas a Joaquim Levy. Ele disse esperar do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, uma inflexão para aumentar a interferência do Estado na economia como indutor do desenvolvimento.
‘Ajuste por ajuste não mais, ajuste para retomar o crescimento. O Brasil não precisa no momento de mais mercado, mas de mais Estado. Não haverá retomada se ficar só nessa história do ajuste.”
Para o petista, não tem como 2016 ser pior. Ele defende mais crédito pelo governo para a ampliação do investimento.

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Publicado por: Chico Gregorio

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