Primeiro suplente da senadora Fátima Bezerra (PT) e presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), Jean-Paul Prates defende que os empresários potiguares e a direção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no RN (Idema) devem deixar de lado o que ele considerou como “guerra de notinhas” e buscar o entendimento através da abertura do diálogo acerca das questões que envolvem o desenvolvimento do Estado. Na visão de Jean, é preciso que haja sensibilidade de todos os envolvidos. Ele comenta que é preciso, sobretudo, cautela no sentido de não haver afrouxamento na liberação de medidas, para que não aconteçam casos como o acidente ocorrido recentemente em Mariana, no estado de Minas Gerais. “Temos aqui cenários como a cadeia do sal, que já foi ponto de polêmica, temos mais recentemente a questão da carcinicultura, que também tem gerado uma discussão. Então são pontos importantes que merecem a união, a ampliação do debate por parte dos produtores e empresários e daqueles que fazem a fiscalização. O que não se pode é deixar que isso descambe para o lado pessoal”, disse durante o Fórum Estado.

Prates relembra que vivenciou situação semelhante no início do desenvolvimento da cadeia eólica no Rio Grande do Norte, mas que buscou quebrar as barreiras por intermédio do diálogo entre governos, órgãos fiscalizadores e interessados no tema. “Não se pode deixar encruar um mal estar, deixar que se criem inimizades. Os empresários podem ter suas razões, os órgãos fiscalizadores as suas, enfim, é preciso diálogo e a busca por desenvolvimento sustentável”, reforçou o suplente da senadora Fátima.

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