O senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, é alvo de mais uma ação por parte do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu nesta semana, ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de mais um inquérito para investigar o Democrata, por peculato qualificado e lavagem de dinheiro. “Se for aceito, será a terceira investigação em curso contra o parlamentar”, informa a Folha de São Paulo.
Ainda de acordo com o jornal, o “pedido é para investigar um possível funcionário fantasma, Victor Neves Wanderley, no gabinete de Agripino no Senado. A partir de 2009, Wanderley foi nomeado ao cargo de assessor parlamentar e, em datas próximas ao dia do pagamento, realizou saques em espécie e depósitos na conta de um primo de Agripino Maia, Raimundo Alves Maia Júnior –as informações foram obtidas por quebra de sigilo bancário”.
De acordo com os registros do Senado, Wanderley ainda atua como assessor parlamentar de Agripino, lotado no “escritório de apoio do senador”. Seu salário-base atual é de R$ 7.415,57, segundo o registro de outubro deste ano. A primeira menção ao funcionário fantasma encontrada pela Folha no “Diário Oficial” é de março de 2009, quando Wanderley foi lotado no gabinete da liderança do Democratas. Ele também atuou no gabinete do senador José Bezerra (DEM-RN), ao menos em 2010.
Procurado pela Folha na manhã desta sexta (18), Agripino disse que não há funcionário fantasma em seu gabinete: “Absolutamente”. “Não, não tenho nenhum conhecimento sobre esse assunto”, afirmou o parlamentar.
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