16/12/2015
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CaicoCaicó, um relato da sua origem

Redator: Pedro George de Brito

Edição Histórica: O Seridoense – Ano XII – CAICÓ –  Dezembro/1993

Assim como muitos municípios do Seridó, Caicó teve sua origem marcada pela pecuária, onde os desbravadores em busca de boa área para criação do gado bovino, acharam aqui, a terra boa para tal feito.

Logo após terem sido requeridas as primeiras datas (terras), migraram para essas terras: portugueses, pernambucanos e paraibanos com a finalidade de situarem aqui os seus rebanhos. Entre os povoadores mais antigos, cita-se os nomes do Cap. Inácio Gomes da Câmara, Manoel de Souza Forte (Fundador de Caicó ) e o tenente Gomes Pereira.

Nos idos de 1748, quando toda região do Seridó, ainda pertencia a freguesia de Piancó/PB, já era conhecido o povoado também denominado Seridó, possivelmente situado onde mais tarde se assentaria a cidade de Caicó, que teve seu alvará de fundação em fins de 1748, onde recebeu como primeiro topônio, “POVOADO SERIDÓ”.

Em 31 de julho de 1788, o povoado recebeu a denominação de VILA NOVA do PRINCIPE em homenagem a Dom João VI, Rei de Portugal.

De 16 de dezembro de  1868 – data da emancipação política – até 01 de fevereiro de 1890, a Vila Nova do Príncipe passou a chamar-se Cidade do Príncipe.

O atual nome da Cidade “Caicó”, surgiu através do Decreto nº 33, de 7 de julho de 1890. O primeiro documento a registrar o nome de Caicó, é o que faz referência a data de terra requerida pelo Cap. Inácio Gomes da Câmara, foi registrado aos 7 de setembro de 1736, do Sítio Caicó, no Riacho Seridó.

Antes de aqui chegarem os primeiros desbravadores, diz-se que a região era habitada pelos índios Caicós da tribo dos Cariris, os quais denominaram a região de CAI-ICO (macaco esfolado – em tupi guarani), devido a vegetação com muitos serrotes.

Com a chegada dos desbravadores acima mencionados, inicia-se a história lendária do povoado, então denominado Seridó, mais conhecida como a “Lenda do Touro Bravio”, que habitava um fechado munfubal e que era tido como um ente sagrado dos índios que ali habitaram.

Reza a Lenda: – Um vaqueiro, certo dia, campeava revendo seu rebanho, deparou-se com um touro bravio em meio a um intricado munfubal, sumindo o touro ele se encontrou perdido sem poder voltar para sua residência e neste momento, fez um voto a Sant’Ana, que se reencontrasse o caminho de casa, ali voltaria e edificaria uma Capela em sua homenagem, o que imediatamente aconteceu e foi reconhecido como milagre do vaqueiro. Logo após, ele voltou ao local e deu início a construção da capela, hoje matriz de Sant’Ana.

Não havendo água disponível no local, o vaqueiro saiu a procura e encontrou um poço no leito do rio Seridó, hoje denominado “Poço de Sant’Ana”, de onde retirou água para construção da referida capela.

Várias são as teorias da fundação de Caicó, dentre muitas cita-se: Dom José Adelino Dantas, ex-bispo de Caicó, atribuiu que a fundação da cidade, bem como, a construção da igreja matriz, coube ao Sr. Manoel Fernandes Jorge.

Atualmente, diz o Pe. Antenor Salvino de Araújo Pároco da Catetral de Sant’Ana, que, Manoel de Souza Forte fundou Caicó e Manoel Fernandes Jorge construiu a matriz de Sant’Ana.

Publicado por: Chico Gregorio

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