21/11/2015
08:38
O cenário das mulheres potiguares vítimas de violência foi o escopo das discussões da audiência pública promovida pelo Senado Federal – por meio da Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher (CMCVM) – ocorrida nesta sexta-feira (20), na Assembleia Legislativa. “Um estado onde foram vitimadas 178,1% mulheres a mais, no período de uma década [dados do Mapa da Violência 2015], precisa urgente de ações que possam mudar esse cenário triste e revoltante”, destacou a senadora Fátima Bezerra, autora da iniciativa junto à CMCVM.
A Audiência foi o espaço para que autoridades e representantes da sociedade ligadas ao tema externassem as principais preocupações e para que fossem sugeridas ações preventivas ou definitivas. O crescimento do percentual de mulheres violentadas, apresentado pelo último Mapa da Violência (período 2003-2013), da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), revelou um dado alarmante para o Brasil. E ainda mais preocupante para o RN.
No país, o incremento no número de vítimas do sexo feminino nos dez anos analisados atingiu 21%. No Rio Grande do Norte, como dito acima, se aproximou de 180%. O senador Garibaldi Filho ressaltou a necessidade de a sociedade como um todo se mobilizar para coibir o problema.
“Este não é um movimento apenas das mulheres, mas da própria sociedade. Todos devem se conscientizar de que é inadmissível o que está acontecendo. Infelizmente nem sempre a lei resolve e esgota a solução desse problema que não deve somente ser combatido, mas deve sim ser varrido da nossa sociedade.
Esta é uma mancha imperdoável”, frisou.
Na quinta-feira, a CMCVM da Câmara e Senado realizou oitivas com mulheres vítimas de violência e alguns familiares. Os relatos serão encaminhados para documentação e análise da Comissão. A senadora Fátima Bezerra considerou “fortes e tristes” os depoimentos. “É preciso um basta. E não pode demorar”, assinalou.
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