Do Uol – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), protestou nesta quinta-feira (22) contra o que voltou a classificar como vazamentos seletivos de acusações sobre ele e chegou a falar, em tom irônico, numa “operação Lava Cunha”. As declarações foram dadas no programa “Discussão Nacional”, na TV Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), em entrevista ao presidente da Casa, Fernando Capez (PSDB).
“Estou debaixo de uma artilharia. Não tem operação Lava Jato, tem operação Lava Cunha”, reclamou o deputado federal, no mesmo dia em que o STF (Supremo Tribunal Federal) ordenou o bloqueio e o sequestro dos quase R$ 10 milhões depositados em contas na Suíça atribuídas a ele.
Em São Paulo para uma solenidade na Alesp, Cunha também voltou a afirmar que cumprirá seu mandato como presidente da Câmara “até o último dia” e questionou os pedidos pela sua renúncia ao comando da Casa, com menção até a presidente Dilma Rousseff.
“Tenho absolutas convicções de que tenho condições de fazer provas contrárias a todas as acusações”, disse. “Antes de querer falar de mim, cobre também da presidente da República sua renúncia.”
Cunha foi denunciado ao STF sob suspeita de ter recebido US$ 5 milhões em propina ligada ao esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela operação Lava Jato. Na última semana, vieram à tona documentos que comprovariam que o deputado possui contas não declaradas na Suíça. Na semana passada, em nota à imprensa, Cunha reafirmou que não tem contas no exterior e nunca recebeu “vantagem de qualquer natureza”.
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