Com o Bolsa Família sob pressão de cortes, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, defendeu cada centavo dos R$ 28,8 bilhões previstos no Orçamento de 2016 para o programa de transferência de renda, que completa hoje 12 anos.
Qualquer corte no programa, segundo ela, terá impacto no aumento da extrema pobreza. “Essa é a opção do Brasil? Não acredito que o Congresso Nacional fará isso.” Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a ministra disse que o “debate político” está contaminado as políticas públicas e pediu o fim do “disse que disse” sobre fraudes no programa.
Corte ‘sem dó’.
Criado em 2004 pelo governo Lula, como junção de uma série de programas sociais, o Bolsa Família entrou na mira do relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Ele disse à reportagem que não terá “dó” de cortar recursos do programa para compensar a frustração da arrecadação da nova CMPF, que não deve ser aprovada pelo Congresso. Fraudes no programa permitiriam o corte.
“Não está sobrando dinheiro. Os valores presentes no Orçamento do ano que vem são muito exatos. Fizemos a conta na ponta do lápis. Não fizemos uma conta aproximada”, rebateu Tereza.
Segundo a ministra, fiscalizações de órgãos de controle apontam que as fraudes no programa não ultrapassam 1% das 14 milhões de famílias que ganham o benefício.
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