Por Ayrton Freire
Adversário direto do ABC na luta contra o rebaixamento na Série B, o Macaé-RJ vive a possibilidade de ser penalizado com a perda de pontos na competição nacional. O clube carioca foi intimado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a se pronunciar até a próxima sexta-feira (23) sobre a denúncia apresentada pelo Sindicato dos Atletas de Futebol do Rio de Janeiro (SAFERJ) contra atrasos salarias do seu elenco e que pode beneficiar o Alvinegro potiguar contra o Z4.
Caso a dívida fique comprovada e o time do Rio de Janeiro seja punido com a dedução dos pontos conquistados, as equipes da zona de rebaixamento ganharão fôlego na luta pela permanência. O Macaé é o primeiro time fora do Z4, que é ocupado por Ceará, o próprio ABC, além de Boa Esporte-MG e Mogi Mirim-SP.
A notícia da infração teve origem no dia 6 de outubro. Na denúncia, a SAFERJ revelou ao Supremo que todos os atletas do Alvianil estão com salários atrasados entre dois e seis meses. Na nota, o sindicato ainda pede que o clube comprove a efetuação dos pagamentos e que, caso isso não aconteça, seja punido com a perda de pontos no Campeonato Brasileiro.
A pena para os devedores está prevista no artigo 16 do Regulamento Específico do Campeonato Brasileiro Série B deste ano. Já no primeiro parágrafo consta que “o clube que estiver em atraso com o pagamento de remuneração ficará sujeito à perda de três pontos por partida a ser disputada”.
O Macaé tem até a próxima sexta para se pronunciar. A partir de então, o STJD irá definir um prazo para regularização da situação. Caso o clube não cumpra, será aplicada a sanção que prevê a perda de pontos, conforme aponta o segundo parágrafo do artigo 16.
Débito
Em nota divulgada à imprensa no dia 30 de setembro, o presidente do clube carioca Teodomiro Bittencourt confirmou a existência da dívida. “O Macaé reconhece que está em débito com os atletas e a comissão técnica e o mesmo será quitado com as futuras receitas, seja de patrocinadores e/ou das cotas de televisionamento. Além disso, o clube busca, incansavelmente, alternativas de receita para quitar os débitos”.
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