Nos últimos anos, ABC e América constantemente são alvos de ações no Tribunal Regional de Trabalho (TRT). Fato esse que levanta a questão do motivo pelo qual os clubes não conseguem se livrar de tantos processos.
Para explicar essa questão, o Agora RN conversou com o advogado Felipe Augusto, responsável pela defesa de diversos ex-atletas dos clubes potiguares. Segundo ele, o grande problema são as promessas feitas pelos dirigentes. “Na hora de rescindir um contrato, por exemplo, atletas e dirigentes fazem um acordo boca a boca com os atletas. Porém, os dirigentes não cumprem o que foi prometido, aí os jogadores entram na Justiça”.
Augusto ainda afirmou que normalmente a Justiça acaba dando ganho de causa para os atletas. “Os clubes assinam termos de confissão de dívida. Porém, quando vamos colocar na ponta do lápis, a dívida é bem maior. O clube paga R$ 20 mil para um atleta e coloca R$ 2 mil na carteira de trabalho. Deixam de colher várias obrigações trabalhistas”, disse o advogado, que completou. “O América tem conseguido reverter essa situação e existem poucas ações trabalhistas, mas o ABC segue fazendo a mesma coisa”.
Alexandre Pinto, vice-presidente jurídico do ABC, disse acreditar que o maior problema é na hora da negociação contratual, principalmente pelo fato do time disputar a Série B. “Um jogador não quer fazer um contrato curto, para saber se vai dar certo ou não. Ele quer um contrato de um ano. Aí quando ele não vai bem, vem pressão de todo o lado e o clube vai buscar a rescisão. Aí que entram as questões trabalhistas”.
O dirigente finalizou explicando que o Alvinegro conseguiu, nos últimos meses, um acordo para pagar, no máximo, R$ 70 mil por mês em dívidas trabalhistas.
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