27/10/2015
16:12

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Advogado ficou quatro horas preso por engano (Foto: Divulgação)
Advogado ficou quatro horas preso (Foto: Divulgação)

Um advogado foi vítima de um comentário malicioso de uma juíza dias depois de ficar quatro horas preso por engano. Um mandado de prisão emitido com o nome errado fez com que um advogado de Indaiatuba, no interior de São Paulo, fosse preso no lugar do seu cliente.

O presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), Ricardo Toledo Santos Filho, em entrevista ao portal r7.com, disse que  o documento foi entregue à polícia, que cumpriu a “ordem”. Mas, o defensor, que não quer ter o nome revelado, percebeu que era o cliente que deveria ir para a cadeia e não ele.

“Ele se rebelou, naturalmente. A ordem era indevida, era ilegal. Ele tentou argumentar, pediu para ligarem na vara. A polícia usou de truculência e o levou à delegacia. Lá, ele acionou os colegas que foram sanar esse erro. Ele ficou quatro horas preso enquanto isso”, comenta.

Santos ainda fala sobre o comentário feito pela juíza da 1ª Vara Cível de Indaiatuba durante uma audiência. “Alguns dias depois, uma autoridade do fórum fez chacota desse fato. Falou, “foi só um advogado preso? Deveria ter sido a classe toda”.

Para o presidente, “isso aí não pode acontecer. O erro está caracterizado. Não aceitamos isso de jeito nenhum. O autor dessa afirmação jocosa, irônica e ofensiva a uma classe vai responder sim pelos danos morais, e na esfera criminal e disciplinar”.

Por meio da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo, a juíza disse que no mesmo dia em que o advogado foi preso, comunicou o erro à Corregedoria-Geral de Justiça. Um procedimento foi instaurado para apurar o fato. Sobre as supostas declarações, a magistrada nega que tenha feito qualquer comentário ofensivo à categoria.

A OAB-SP apura os fatos. Até o momento, não há explicação para o mandado de prisão emitido em nome do advogado e não do réu. Pessoas que estavam na audiência também estão sendo ouvidas pela comissão da Ordem para comprovar a “piada” da magistrada.

Publicado por: Chico Gregorio

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