15/09/2015
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O Brasil tem uma engenharia institucional muito complexa, onde Junta presidencialismo imperial, de cooptação, herdado dos estados unidos com pluripartidarismo cheio de fragmentação partidária e siglas de alugueis.  Temos um parlamento marcado  por clientelismo, oportunismo e fisiologismo políticos. Qualquer matéria pra ser aprovada precisa ter um agrado. Isso infelizmente tornou-se um método de governo de todos os partidos, inclusive, do PT. O executivo não consegue aprovar uma agenda política capaz de gerar mudanças e desejos sociais. O congresso hoje é extremamente conservador, retrógrado e direitista. A Crise de representação parlamentar aumenta cotidianamente. As vozes das ruas ecoam com a crise do parlamento, ausência de políticas públicas, cortes de direitos,  desemprego e a corrupção sem limites nas diferentes instâncias do Estado Brasileiro. Temos novidade na luta social, nenhum movimento segue cartilha. Alguns são anarquistas. Eles não confiam na classe política atual que dirige o Brasil nas 03 esferas de governo e agem sem tutela. Entendo que temos esgotamento dos ciclos econômicos dos governos lula e Dilma e um esgotamento político do PT. Vivemos uma crise de governabilidade. O PT está mal acompanhando com o PMDB. Um partido de direita, sem direção, aproveitador, construído por oligarquias regionais e chantagistas. O Brasil hoje é refém dos especuladores do mercado financeiro. Este ajuste fiscal tem como maior vertente garantir os interesses dos agiotas financeiros e a conta vai pra costa dos trabalhadores. Depois das opções e traições do PT existe um ressentimento político na população brasileira. Ela entende que fazer política é um negócio sujo pra gente safada, ladrona, pra se dar bem. Entendo ser equivocado esta leitura, porém, é bom lembrar que a política brasileira é patrimonialista, nascidos na casa grande pelas famílias poderosas e iluminados. Pra piorar este quadro tivemos a ditadura militar que endividou o estado brasileiro e proibiu a luta por direito, criminalizando os movimentos e fechando os sindicatos para garantir a acumulação do capital e impedir participação popular nos destino do país. Na ditadura tudo era controlada e os escândalos eram proibidos. Ditadura nunca mais. Neoliberais do PSDB, nem pensar. Modo petista de governar, também não. O Brasil precisa de uma saída pela esquerda, com justiça, ética na política, igualdade, sustentabilidade, democracia e liberdade.

Engº Agrº José Procópio de Lucena

Militante Ecossocialista

Publicado por: Chico Gregorio

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